Capítulo Cinco: Maldito Clube

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— Eu acho que a Love tá armando para ficar no mesmo quarto que o Bright. — Nani sussurra perto do ouvido da Tu e ele acaba ouvindo.

— Não mesmo, ela só o acha gato, aliás, quem não acha? Mas ela não é louca, a Film chega a ser mais assustadora que ela com raiva.

Nani parece pensar sobre o assunto e começa a rir concordando com Tontawan. Win olha em direção a Bright que parece alheio a tudo, cantarolando alguma música que está ouvindo nos fones.

— Olha só para ele, enquanto os amigos tentam fazer algo ele não está nem mesmo ouvindo. — Os amigos de Win param de rir e encaram ele por algum tempo.

— Primo, você pega no pé do Bright por tudo, não é?

— Ele reclama quando tocamos o nome dele, mas sempre que pode está falando nele.

— Não comecem vocês dois, parece que a Love encerrou a discussão, vamos ouvir o resto da divisão, por favor, estou cansado.

Love continuou separando os nomes e finalmente falou o de Win, que estava feliz pelo nome do Nani ainda não ter sido chamado, ou seja, tinha chances de eles ficarem no mesmo quarto. Mas de novo parece que nada estava ao favor dele, lembrou amargamente que minutos antes estava rindo da pobre pessoa que dividiria o quarto com o Bright e no final a pessoa era ele.

Deus realmente não tem Win como seu favorito, após esse pensamento deprimente ele caminha em direção onde a Love antes havia apontado. O quarto era bem espaçoso, mesmo aparentando ser minúsculo do lado de fora. Ele escolheu a cama perto da janela e colocou sua mochila em cima de uma cadeira de balanço próxima da cama.

— Eu quero saber o que fiz de errado, na minha outra vida, para eu ser tão azarado desse jeito.

Como se já não bastasse o bendito problema da possível tempestade, Win conseguiria aguentar Bright esse final de semana? Ensaiar para a peça que já é daqui alguns dias? Sem falar que ele vai tirar fotos também dos bastidores, tanto aqui como na faculdade. Se Win soubesse que o clube de teatro seria tão estressante ele teria entrado no clube de música, mesmo não sabendo nenhum acorde ou no clube de líderes de torcida, mesmo sem ter um pingo de coordenação motora.

— Maldito clube de teatro!  — Win pragueja e pega sua câmera, que estava perfeitamente embalada na sua mochila e decide que quanto antes ele começar, mais rápido ele irá terminar. Pelo menos a parte das fotos.

— Aonde você vai? — Pergunta uma voz de repente e mesmo assustado, Win se vira para encarar quem tinha falado aquilo. — Bright, há quanto tempo você está aqui?

—  Bem… — ele passa as mãos pelos cabelos e dá um meio sorriso. — Eu entrei há alguns minutos, você parecia estar pensando alto. Não quis atrapalhar. 

— Você não me atrapalhou, pelo contrário, você me assustou.

— Desculpe se isso foi estranho.

— Hum. — Win sai do quarto deixando Bright sozinho e caminha em direção a alguns membros do clube. Ele precisa focar sua mente em outra coisa e não em como devia estar parecendo um idiota, falando sozinho na frente de Bright.

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