Capítulo Quinze: Ontem Ou Hoje?

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Win queria entender por que seu celular não parava de vibrar no seu bolso, aproveitou então o intervalo do ensaio e foi lá para fora caminhar. Então Win pegou o celular e viu que estava lotado de notificação no Instagram, ele já estava acostumado a isso pelas marcações nas fotos que ele costuma tirar dos amigos, mas fazia horas que ele postou algo então achou melhor verificar.

Para a surpresa de Win, era nada mais nada menos que uma foto dele com o Bright revisando o roteiro. A foto não tinha nada demais, mas ele entendeu em instantes o porquê dos comentários. Ele não conversava com o Bright nos ensaios, ou em qualquer lugar, então do nada eles interagiam e Win respondia sem o típico cinismo e sarcasmo.

E também tinha o comentário do Bright que o fez rir, mas ele não sabe o porquê.

— Achei você. — Bright falou atrás dele e Win se virou e viu que ele estava sorrindo.  — Por que você saiu? Está tudo bem?

— Sim.

— Tem certeza?

— Sim.

— É sobre a foto? 

— Hum, bem… O seu comentário…. O que significa?

— Ah, aquilo? Simples eclipses são um pouco raros, mas acontecem, acho que o fato de você não disfarçar que me odeia chocou a todos quando viram nós dois juntos em perfeita paz e harmonia.

— Eu já disse que eu não te odeio… Eu só não gosto muito de você. Hum, bem e depois de ontem você até que é legal.

— Você me acha legal?

— Um pouco, talvez?

— Um pouco quanto?

— Você é uns 5% legal e isso comparado ao 0% que você tinha antes é muito.

Bright sorri para Win e passa as mãos nos cabelos dele. O Win de antes com toda a certeza se afastaria dessa ação e o chutaria. Bem, mas o Win de agora gostou de sentir o toque quente do garoto em seus cabelos outra vez.

— Win! — Grita uma voz bastante familiar para os ouvidos, era a Love e pelo tom dela. Ele estava com problemas.

— Eu tenho que ir. 

— Mas já?

— Já, você não ouviu a Love gritando?

— Não? — Ele continua a mexer no cabelo de Win.

— Bem, ela está e se eu não voltar logo, minha sentença de morte está selada. 

— Oh, não queremos que você morra tão jovem, não é? Você pode ir agora. — Ele tira a mão dos cabelos de Win.

— Eu vou porque a Love está me chamando e não porque você mandou eu ir agora.

— Eu sei, Win.

— Mas antes… Por que você estava mexendo no meu cabelo?

— Achei que você estava preocupado com a sua sentença de morte, a sua dita carrasca Love está esperando.

— Bem, ela pode esperar um pouco… Eu te fiz uma pergunta, e então?

— Ontem ou hoje?

— Ontem ou hoje o que, idiota?

— Sobre o porquê de eu mexer nos seus cabelos, você quer saber sobre ontem ou hoje? — A pergunta de Bright deixou Win um pouco nervoso. Ontem ele lembra que pediu para ele não parar de mexer, porque assim ele não se sentia sozinho, mas Bright já estava mexendo antes. 

— Sobre os dois.

— Ontem eu mexi sem pensar, achei que você precisava se acalmar e eu achei que… — A frase morre em seus lábios.

— Achou o quê?

— Eu achei que você precisava de carinho e o seu cabelo é macio.

Win tenta fingir que essa frase não o abalou tanto. Mas duvida que tenha conseguido enganar o garoto em sua frente. Ao ouvir as palavras de Bright ele sentiu como se vespas tivessem picado a sua barriga.

— E hoje, Bright?

— Bem, você disse que eu era legal, foi fofo.

— Win, eu juro por Deus, se você não aparecer eu te mato! — Grita ela de algum lugar próximo.

— Acho que agora é um adeus. — Win balança a cabeça concordando com Bright e depois se vira em direção de onde a voz da Love vinha.

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