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Depois do café da manhã antes de Lucien sair para mais uma patrulha, estávamos sozinhos na sala de jantar.
Eu estava sentada encima da mesa enquanto Lucien me beijava ferozmente.
Ele estava entre minhas pernas e minhas unhas arranhavam sua nuca de leve. Sua camisa estava desabotoada até a metade e as mãos dele alternavam entre minhas coxas e minha cintura, onde em ambas ele me puxava para mais próximo de si.
Não conseguimos ficar longe um do outro por muito tempo. Lucien havia prendido o cabelo enquanto deixava beijos no meu pescoço, o que fazia com que eu fizesse alguma ruídos um pouco vulgares.
Nossos lábios se encontraram novamente ansiando um pelo outro, éramos como imãs- no meu caso, literalmente.
Ele afastou minhas pernas e eu levantei a saia do meu vestido facilitando o trabalho de Lucien. Ele se ajoelhou na minha frente, não precisou tirar minha peça íntima, apenas colocou de lado a parte que cobria minha vagina.
Lucien se banqueteou de mim. Sua língua era como um incêndio em meu corpo. Deixei gemidos escaparem enquanto uma das minhas mãos apertavam a madeira da mesa com força e, a outra segurava os cabelos do feérico.
Toda vez que eu tentava fechar as pernas por não aguentar mais o tanto de prazer que Lucien me proporcionava, ele abria elas cada vez mais.
Eu sentia como se a libertação estivesse próxima. Então, quando tive meu segundo orgasmo, Lucien parou e passou o polegar nos seus lábios vindo em minha direção.
O mesmo pôs a mão em meu queixo e selou nossos lábios. Eu ainda estava ofegante devido ao orgasmo e isso o deixava maluco.
Ele puxou meu cabelo com certa força, o que fez com que meu pescoço ficasse ainda mais exposto para o mesmo deixar mariquinhas que iriam ficar alí por um bom tempo.
Nossos lábios se encontravam novamente, como se não conseguissem ficar distantes um do outro. Sua língua fazia carícias na minha e definitivamente ele sabia o que estava fazendo. As mãos dele seguravam o meu rosto, nossos quadris se chocavam vez ou outra.
Seus beijos eram sufocantes, apaixonantes e quentes.

- Alguém por favor sabe onde eles estão? - Uma voz masculina invadiu o local. - Mas que porr...

Tamlin e Ianthe estavam parados na porta da sala. Eu e Lucien nos separamos rapidamente, desci da mesa e ajeitei meus cabelos enquanto o feérico abotoava sua camisa.

- Tam, eu posso explicar... - Lucien tentou falar mas eu impedi.

- Isso não é o que você está pensando. - Na verdade, era sim, mas eu não queria que descobrissem que por trás de um rosto tímido eu era um pouco... Selvagem. - Nós podemos explicar.

- Então acho bom vocês começarem a explicar. - Grunhiu Tamlin.

- Ianthe, por favor saia. - Ordenou o mesmo.

Ela obedeceu e nos deixou a sós.

Meu coração tropeçava nas batidas, não era o que nós tínhamos planejado mas aconteceu.

- Você ficou maluco? Eu disse para você que não queria os dois juntos. - Tamlin se dirigiu a Lucien.

- O que? - Minhas pernas falharam.

Tamlin achava que eu era boa de mais para Lucien. Que eu merecia algo melhor, mas na verdade, não. Eu precisava de Lucien e não da opinião de Tamlin sobre nós dois. Mas não tenho coragem de falar isso.

- Você tem patrulha. - Avisou Tamlin para Lucien. - E você já para o meu escritório. - Ele se dirigiu a mim.

Apenas assenti e segui para o seu escritório enquanto via Tamlin dizer coisas imundas sobre Lucien.

Nós não poderíamos ficarmos juntos.

Lucien seguiu pelo corredor onde eu estava e me abraçou. As mãos passeando pelas minhas costas, me tranquilizando enquanto lágrimas caíam dos meus olhos.

- Eu vou dar um jeito. - Disparou Lucien. - Eu prometo que vamos ficar juntos.

Ele pôs as mãos em meu rosto, os polegares enxugando as minha lágrimas. Logo minhas mãos seguravam os seus pulsos.
Lucien selou nossos lábios em um beijo rápido antes que Tamlin chegasse e visse a cena.
Ele se dirigiu até a porta e sumiu por ela.

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- Vocês transaram? Grunhiu Tamlin.

Eu permaneci em silêncio, deixando minhas lágrimas caírem.

- Pelo caldeirão Morganna! Sabia que com um descuido você estaria grávida? - Minhas mãos tremeram.

- Mas eu não estou. - Respondi.

- Eu não permito. Enquanto os dois morarem embaixo do meu teto e na minha corte, não. - Assumiu ele.

Por que você não quer que eu seja feliz? Eu queria perguntar. Por que depois de tudo que Lucien fez por você, você não quer a felicidade dele? Mas ao invés disso eu apenas fiquei calada.

Então entrei na mente de Tamlin.

- Não quero aquela menina com Lucien. - Disparou Ianthe. - Se você quer que sua corte permaneça estável, não deixe que os dois fiquem juntos em hipótese alguma.

- Como quiser. - Assentiu Tamlin.

Era tudo um combinado, tudo um esquema. A corte em troca da minha felicidade. Porque todo mundo sempre faz isso. Sempre.
Eu saí do escritório de Tamlin correndo. Cheguei até o jardim e gritei. Gritei por mim, por Lucien, por todo mundo que eu já tinha perdido. O tempo começou a fechar, o céu ficando escuro cada vez mais. O vento estava forte e vindo de todas as direções.

Eu iniciei um ciclone.

Mas não quis parar. Ele me trocou por uma corte. Então eu iria o trocar por uma corte também. A terra abaixo de mim começou a tremer, escuridão saía de mim enquanto meus pés se distanciavam do chão.

Fogo. Fogo saía de minhas mãos.

Eu posso fazer chover fogo se eu quiser, posso destruir sua corte inteira.

No mar, em um navio, a âncora escora o navio para que ele fique parado, sob controle. Mas comigo, não existe âncora, ninguém me escora se Tamlin não deixar.
Lucien é a minha âncora, mas Tamlin cortou a corda e o barco está sendo levado pelo vento, indo para um lugar sem rumo.

O vento que eu causei derrubou uma árvore que fez um barulho estrondoso.

Eu estava sem controle, cansada, mas eu não conseguia parar. A sensação era de liberdade, como se eu pudesse fazer tudo aquilo que eu nunca pude fazer.

E então uma explosão emergiu de mim e eu caí no chão, apagada.

𝑪𝒐𝒓𝒕𝒆 𝒅𝒆 𝑪𝒉𝒂𝒎𝒂𝒔 𝒆 𝑷𝒆𝒔𝒂𝒅𝒆𝒍𝒐𝒔Onde histórias criam vida. Descubra agora