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Lucien...

  Lucien sempre fora o macho que sabia perfeitamente como encantar e seduzir uma donzela.
  Podendo-se dizer que já fora um libertino em algum momento da vida.
Depois da morte da amante, o macho ficara com muitas fêmeas mas nunca se apaixonava por nenhuma delas.
  Sempre fora um cavalheiro com as damas, fazendo com que cada uma das várias moças se sentissem deveras encantadas com o seu charme.
  Ele prometeu a si mesmo que nunca se apaixonaria perdidamente por uma fêmea. - não depois da morte de Jesminda, a fêmea que roubara seu coração.
Ele só se apaixonaria um dia, se fosse por sua parceira que por sinal, ainda não havia aparecido.
Mas, como o mesmo já disse antes:

"Assim como algumas regras, camas foram feitas para serem quebradas."

Morganna não sabia de quais regras ele estava falando, mas também não se importava. Não naquele momento.
A promessa que Lucien fizera anos antes, estava se quebrando no momento em que ele achou aquela mortal desacordada naquela praia.
O tempo a sua volta parecia que havia parado ou, decerto, havia algo naquela bela moça que fazia seu coração bater mais rápido.
Lucien não sabia o quê, mas também sabia que podia sentir algo pela mesma.
Ela era uma criatura frágil, linda e adorável. E que acabara de roubar seu coração naquele exato momento. Seus cabelos cacheados e castanhos davam um destaque para suas feições; lábios carnudos e beijáveis - pensou Lucien mas logo afastou esse pensamento - nariz arrebitado e bochechas rosadas.
Quando a viu percebeu que era uma das mais belas fêmeas que ele já tinha visto em toda a sua vida. Ficando atrás apenas de Jesminda.
Jesminda tinha sido todo o riso e travessura, muito selvagem e livre para ser contida pela vida no campo em que ela havia nascido. Ela o provocara - o seduzira tão profundamente que ele não queria qualquer coisa menos ela. Ela não o tinha visto como um sétimo filho de um Grão-Senhor mas como um macho. Tinha o amado sem dúvida, sem hesitação. Ela o havia escolhido.
  Lucien jamais esqueceu aquele momento em que ouviu o coração dela parar de bater. Ele se lamentava e se culpava por não ter feito de tudo para protegê-la.
  A outra fêmea que deixou Lucien tão inquieto assim fora Morganna. Eles se provocavam, ela gostava de se gabar por vencer Lucien em qualquer discussão e com ele não era tão diferente assim. Para uns, isso pode parecer infantil mas, para outros é o que chamam de amor.
  Quando ele a viu na areia não negou que ela mexera com ele.

Magra demais.
Não deve ter comido nada nos últimos dias.
Será que ao menos ela consegue ficar de pé?

Os pensamentos fluíam pela mente de Lucien.

Tocá-la, sentir seu cheiro, o gosto...

Os instintos eram como um rio correndo. Mas Lucien fechou as mãos em punho e se levantou.

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Dias atuais...

Os dias começaram a passar, o casamento de Feyre e Tamlin dera errado. Rhysand havia chegado e levado a mesma em meio a cerimônia devido ao acordo que haviam feito em Sob a Montanha.
Tamlin surtou quando soube que Morganna fugira e espalhou sentinelas por toda a corte a sua procura.
Embora não entendesse direito o porquê de Tamlin se preocupar tanto com a moça, sabia que por amizade não seria. Não depois de proibir os dois de terem um relacionamento. Ambos eram adultos e sabiam bem no que estavam se metendo.
Ele não sabia de fato, o porquê do amigo ter reagido daquela maneira pois, não era a primeira vez que Lucien levara uma donzela para a cama - ainda por cima na casa de Tamlin - então, por que a reação?
Ele queria mesmo se casar com Morganna mesmo que não fossem parceiros, algo no fundo de sua alma lhe dizia que ele nunca iria amar outra fêmea da forma que amou as fêmeas que foram tiradas dele.
É claro que aqueles votos naquela caverna significavam alguma coisa, mas se queria mesmo ser o marido do qual Morganna merecia, deveria se casar com ela oficialmente.
Mas ele nem sequer sabia onde ela estava. E os dias começaram a passar, nada tinha mais graça sem ela.
No entanto, algo lhe incomodava fortemente. Ianthe.
Qualquer um percebia a forma como ela olhava para ele. Lucien disseram que não estava interessado em ninguém para afastar a sacerdotisa de si. Porém, ela não deu ouvidos.
E, depois do incidente na sala de jantar Ianthe se mostrou ainda mais confiante de que conseguiria aquele macho nem que fosse a força.
Ele detestava as importunações dela. O feérico não queria nada com ela pois seu coração pertencia a outra.

Lucien não saberia se veria Morganna mais uma vez mas torcia que sim.

Ele desconfiava de que alguma coisa estava errada com Tamlin e seu comportamento depois que Feyre e Anna foram embora. É claro que estava acontecendo algo alí, não só o fato de Ianthe viver o perseguindo.
Ele sentia falta de Morganna, de tocá-la, beijá-la, tudo nela era perfeito. Ela era perfeita para Lucien e ele se esforçava ao máximo para ser perfeito para ela também.
Todos os poucos momentos que passaram juntos como um casal eram especiais para ambos. Enquanto faziam amor, os dois eram apaixonados e selvagens, tinham um fogo ardente que céus... Ela ela tudo para ele, se encaixavam perfeitamente, não só no ato sexual como em sua personalidade, seu jeito de ser...
  Lucien amava Morganna e seria capaz de fazer qualquer coisa pela moça pois ele ardia em paixão e desejo por ela.
 

 

𝑪𝒐𝒓𝒕𝒆 𝒅𝒆 𝑪𝒉𝒂𝒎𝒂𝒔 𝒆 𝑷𝒆𝒔𝒂𝒅𝒆𝒍𝒐𝒔Onde histórias criam vida. Descubra agora