Capítulo 06 - Provocações.

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capítulo reescrito.
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Eu dou risada.

- Não. Você está brincando, né?

Ela ri, negando.

- Sarah, se você é irresponsável, eu não sou. Nós precisamos voltar porque eu preciso trabalhar. E... Na verdade, eu nem deveria estar aqui.

- Eu não sou irresponsável.

Responde como se tivesse ofendida, mas ri novamente.

- Você pode parar de dar chiliques?

- Eu não estou entendendo o porquê de estar rindo se isso não tem graça.

- É claro que tem graça. Você desesperada por um motivo bobo é hilário. - Deixa sua taça na mesa de centro. - Posso explicar sem você me atrapalhar?

Eu cruzo meus braços, e então ela continua.

- Você mesma disse que tínhamos que resolver um problema em Minas. Estamos aqui para isso. Não se esqueça que ainda é a minha secretária.

- Você não me deixa esquecer disso nunca.

- Deus! Você sabe aproveitar alguma coisa sem reclamar? Fica um milhão de vezes batendo na mesma tecla.

- Deve ser porque você sempre age como uma criança, não é? Quantos anos você disse que tinha mesmo? 32? Uau. Não parece. Realmente não parece.

- Se você quiser subir e me ignorar, vai. Eu realmente não quero te ouvir gritando comigo na minha própria casa como se fosse a dona da razão.

Eu rio.

- E talvez seja isso mesmo que eu faça.

Coloco fortemente a taça de cristal na mesa, ergo a barra de meu vestido e subo a escada principal da sala, indo para a esquerda.

- Os quartos ficam à direita. - Ela grita.

Ignoro suas palavras, mas vou para a direita até um corredor. Escolho qualquer uma das cinco portas e entro, batendo-a.

Eu me sinto cansada dessa dinâmica de discussões, porém é difícil manter a minha postura diante das suas constantes provocações. Sento-me na beira da cama, respirando fundo para tentar acalmar minha mente, praticamente jogando meu celular perto do travesseiro.

- Você não vai conseguir fugir de mim dentro da minha própria casa.

Ouço sua voz, mas mantenho meus olhos fechados.

- Eu não estou fugindo. E eu não deveria estar aqui.

- Eu sei. Você já disse isso.

Ela se aproxima e se senta na cama, mais precisamente ao meu lado. Sinto Sarah se aproximar cada vez mais. Sua respiração calma começa a ficar mais próxima do meu ouvido, junto com seu hálito quente, carregado pelo cheiro do vinho que tomamos na sala.

- Para com isso. - Me levanto.

- Ah, Juliette.

Deita na cama, frustrada.

- Eu já te deixei bem claro que eu sou casada.

- E eu já deixei bem claro que o seu esposo não é um problema para mim.

- Claro que não é. As consequências não irão acontecer com você, não é!?

- E por que você não se permite viver essas emoções? Vai me dizer que nunca beijou nenhuma mulher na sua vida?

Amante - Sariette. Onde histórias criam vida. Descubra agora