Capítulo 30 - Coincidência... Ou não.

6.5K 517 2.1K
                                    

capítulo reescrito.
_______________________________________________________

- Não! Você enlouqueceu? - questiono, desacreditada. - Você não sabe quem está por trás disso!

- Jura, Juliette? Você não faz nem ideia? - Sinto o tom irônico em sua voz.

- É, talvez eu saiba sim. Mas isso não significa que você consiga enfrentá-lo sozinha! Se eu, que convivi com ele há mais de dez anos, não sei do que ele é capaz, imagina você que o conheceu há pouco tempo.

- Eu não vou ficar de braços cruzados enquanto ele continua me roubando!

- Meninas, chega! - Thais diz.

- Para de atrapalhar! - Arthur reclama. - Continuem.

- Desculpa, mas eu não consigo ficar aqui parada sabendo que um sem noção está por aí me roubando. - Pega a chave de seu carro. - Eu não aguento mais essa situação. Não aguento mais esse cara se metendo na minha vida. Nas nossas vidas.

- Eu entendo sua frustração, mas acho que você precisa de um plano mais elaborado para lidar com ele. - Diz, Thais. - Talvez seja melhor buscar ajuda da polícia ou de um advogado.

As duas me encaram.

- Nem pensar!

- Ok, ligue para os meus advogados em Minas e os mande para cá.

- Sarah, eu entendo sua angústia, mas acredito que agir de forma impulsiva pode te colocar em ainda mais perigo. Você precisa pensar em uma estratégia mais segura!

- Doutora. - Segura meus ombros. - Eu não posso mais viver assim. Ele não pode achar que irá me intimidar com isso. Eu não vou deixar que um cara, um maluco, tire tudo o que eu trabalhei duro para conquistar.

- Eu entendo sua determinação, mas não quero que você se machuque. Vamos pensar em uma coisa mais detalhada, com ações planejadas e sei lá, um suporte adequado.

- Sim, senhorita esperta, você está certa. - Arthur exclama. - Mas, você conhece o seu ex-marido. Você sabe como ele é. Ele não vai sossegar enquanto não conseguir arrancar tudo de vocês.

- Nós vamos ou não vamos? - Thais questiona.

- Não!

- Sim! - Sarah responde por cima. - Você pode ficar se quiser, mas é a minha integridade que está em jogo. É a minha segurança, a sua e da Jade. Você decide.

Eu observo os três me encararem, ansiosos. Eu olho para cada um deles, sentindo o peso da decisão sobre meus ombros. Por um momento, pondero.

Respiro fundo:

- Eu odeio vocês! - Pego a chave da mão de Sarah.

- Eu vou com ela e vocês dois vão juntos. - A loira diz para seu irmão.

- Eu irei com a Thais. - Respondo. - Podem ir juntos.

Assim que a porta do elevador se abre, caminhamos em direção aos respectivos carros.

- Obrigada por isso. - A menor agradece.

- Você fica me devendo uma.

Thais segue o carro de Sarah pelas ruas movimentadas do Rio. Uma certa adrenalina corre pelas minhas veias quando ela acelera para acompanhar o outro veículo. Ela mantém os olhos fixos nos carros à sua frente, garantindo que não perca a loira de vista.

Finalmente, depois de uma série de curvas e adiante, Sarah para o carro em frente a um galpão velho e claramente abandonado.

Eu entrelaço minha mão trêmula com a mão da minha namorada, a fim de amenizar o medo.

Amante - Sariette. Onde histórias criam vida. Descubra agora