Amante - Sariette.

Capítulo 18 - "Surpresa!"

capítulo reescrito.
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Flashback.

Três anos atrás.

Rio de janeiro - Igreja Nossa Senhora das Graças - 22h21 da noite.

- O seu sorriso me faz feliz. A forma como você me abraça me transmite toda a segurança do mundo. Eu não consigo mais me ver sem você, sem o seu amor... Você é a pessoa mais importante do mundo para mim e quero estar ao seu lado até o último dia da minha vida! Prometo amá-la e respeitá-la. Para sempre, minha esposa.

- Juliette Freire Feitosa.

- Por meio desta aliança de compromisso, quero dizer que nosso futuro está apenas começando. Obrigado por tudo que você fez por mim. Ver você sorrindo é uma das coisas que me traz uma felicidade eterna e me inspira a buscar um dia melhor, tudo se transforma. Um sentimento, dois corações, uma união repleta de carinho. É maravilhoso ter você ao meu lado!

Fim do flashback.

Juras que um dia foram ditas e hoje não fazem o menor sentido para mim. As palavras que outrora prometiam amor eterno, agora não passam de meras lembranças vazias. Já não consigo compreender como pude acreditar em juras que não foram cumpridas. Mas, contudo, o tempo passou e revelou a verdade que estava escondida por trás das promessas feitas.

Tudo se dissipou como fumaça ao vento, deixando apenas um rastro de desilusão. Hoje, as palavras que antes me abraçavam, são apenas fantasias distantes, incapazes de trazer qualquer consolo que seja. Aprender a desvendar as máscaras que escondem as verdadeiras intenções dele tem sido uma lição difícil, mas até necessária. Agora, olhando para trás, percebo o quanto fui ingênua em acreditar em promessas vazias. E por mais doloroso que seja admitir, algumas palavras simplesmente não envelhecem bem. Nossas promessas não envelheceram bem.

Eu me deito na cama e abraço meu travesseiro. Não quero continuar aqui. Não quero continuar com ele. Sinto-me sufocada e desgastada. Cada noite que passo deitada ao seu lado faz a vontade de escapar e deixar tudo para trás se intensifica. Acho que cheguei ao limite de tolerância. E se para ser feliz signifique deixar tudo para trás, talvez eu esteja disposta a fazer isso. Eu não estarei sozinha.

Me vejo em uma encruzilhada onde tenho que escolher entre minha própria sanidade e a prisão emocional. E a sensação de ser livre esmurra meus pensamentos.

Eu pego meu celular e disco o número já decorado de Sarah. Ela não me atende de primeira, mas no terceiro toque da segunda ligação, eu ouço sua voz e quando vejo o seu rosto, sinto muitas coisas dentro do meu peito se acalmarem.

- Você já chegou? - Pergunto.

- Acabei de chegar. - Deixa o aparelho em seu colo. - Estou dirigindo para o hotel. Você precisa de alguma coisa?

Ouço o barulho do portão da minha casa bater. Logo, o carro sai. Ele não está mais aqui.

- Nós brigamos. Eu vou pedir o divórcio.

Um minuto de silêncio.

Ela olha para um ponto fixo.

- Tem certeza? Você já ficou em dúvida uma vez.

- Não posso continuar assim, Sarah. Ele me trata como se a culpa do nosso casamento ser desse jeito fosse minha. Eu não quero isso.

- Se você estiver bem com essa decisão, então vá em frente. Sabe que eu vou estar aqui, não é?