13|Limites

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Se por te beijar tivesse que ir depois para o inferno, eu faria isso. Assim poderia me gabar aos demônios de ter estado no paraíso sem nunca entrar.

-William Shakespeare

Josh Beuchamp

Eu estava perdendo o controle. Tinha plena consciência disso, de verdade. O problema é que Any andava na minha frente balançando aquele traseiro delecioso, e eu me peguei torcendo para o tecido do xale levantar algumas vezes. E ela também sorria o tempo todo. O. Tempo. Todo. Nenhum homem são resistiria a uma tentação dessas, e eu era um homem são. Muito são.

Depois de andar com Any por todo o resort, e assistir a todos os homens olharem para ela, e ter vontade de quebrar as mãos de todos eles também, nós finalmente escolhemos um lugar para passar a tarde.

A piscina reservada. Que Deus me ajude.

Eu me deitei em uma das cadeiras confortáveis, flexionei os braços e observei minha suposta noiva.

Ela tirava o xale preto com a graça e elegância de uma modelo, e o cabelo caía em suas costas em uma cascata linda de fios ondulados. Sua cintura fina e o quadril grande faziam seu corpo ter a silhueta perfeita.

De repente, ao mesmo tempo que ela se virou, senti meu pau apertar. Ah não, não agora.

Me sentei depressa e ela esticou o canto dos lábios.

- Eai, amor, o que achou do biquíni? - Eu podia ouvir o flerte em sua voz quando ela perguntou e deu uma voltinha. Suas coxas estavam na altura do meu rosto, assim como sua...

Eu fechei os olhos, sentindo minha respiração acelerar.

Os dedos finos de Any tocaram meu rosto com delicadeza e o levantaram.

- Abra os olhos, Josh. - Sua voz soou baixa, mas firme.

Eu engoli em seco e abri, meus olhos encontrando a íris castanha e intensa dela. Assisiti a ela passar o polegar pelo meu maxilar, meu queixo e então meus lábios. Minha respiração falhou e eu coloquei minha mão sobre a sua.

- Any...- Era para soar como uma ordem, mas eu começava a perceber que não conseguia fazer nada soar como uma ordem quando estava perto dessa mulher.

Ela tirou a mão do meu rosto.

- Limites no jantar, certo?

Eu assenti, sem ser capaz de desviar os olhos dos dela. Any suspirou e deu um meio sorriso.

- O que foi? - Eu murmurei enquanto ajeitava discretamente a bermuda.

Ela sorriu ainda mais.

- Por que você me apresenta para todos os seus amigos como Gabrielly, mas sempre me chama de Any?

Eu revirei os olhos.

- Eles não são meus amigos, cara. - Ela ergueu as sobrancelhas, esperando uma resposta, e eu passei a mão por meu cabelo, bufando. - Se eu te apresentar como Any, eles vão te chamar assim, e eu não quero.

Ela franziu o cenho, achando graça.

- Você não quer que eles me chamem pelo meu primeiro nome?

Eu pisquei e me levantei, a supreendendo.

Any abriu a boca para dizer alguma coisa, mas eu inclinei meu rosto na direção do dela e nenhum som saiu de lá.

Nossos lábios estavam a centímetros um do outro e eu devia ser um santo, porque qualquer outro homem a teria beijado. Se não antes, naquele momento.

𝘽𝙧𝙤𝙠𝙚𝙣 𝙋𝙞𝙚𝙘𝙚𝙨 Onde histórias criam vida. Descubra agora