15|Vingança

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Limites não mantêm as outras pessoas do lado de fora, eles te cercam do lado de dentro. Te prendem.

A vida é uma bagunça, e é assim que deveria ser.

Josh Beuchamp

A luz forte do Sol invadiu o quarto e eu apertei mais o corpo quente ao meu lado, não querendo acordar do sonho.

O corpo quente e feminino se aconchegou perfeitamente na curva do meu corpo, como se tivesse sido feito apenas com esse propósito, e eu percebi que aquilo não era uma boa ideia.

Acho que eu não estava sonhando, porque, nos meus sonhos eu podia acordar um corpo feminino específico com beijos, e eu tinha a impressão que tentasse fazer isso, levaria um tapa e seria jogado para fora da cama.

E, se aquilo não era um sonho, eu tinha um problema. Um problema duro e grande que se chamava ereção matinal.

Xinguei mentalmente e, devagar, abri os olhos.

Os cabelos castanhos de Any estavam espalhados pelo ombro e rosto dela, lhe cobrindo os olhos. Seu peito subia e descia em uma cadência suave e estável. Estávamos dormindo de conchinha, e minha mão descansava preguiçosamente na cintura dela, enquanto a outra estava sob seu corpo, a apertando para mais perto de mim.

Sua bunda estava posicionada perfeitamente no único lugar que não poderia estar posicionada, e eu começava a me perguntar se não poderia simplesmente fechar os olhos e fingir que dormia até ela acordar.

Mas então pensei bem, e concluí que aquilo só seria uma hora de tortura a mais para mim.

Inspirei seu cheiro, meu nariz encostado no topo de sua cabeça.

O cheiro de Any era divino.

Tirei meu braço debaixo do seu corpo com cuidado, mas tirar minha mão de sua bunda se provou um desafio e tanto.

Eu estava biologicamente programado para fazer determinada coisa nesse tipo de situação, e meu corpo descordava do meu cérebro quanto a minha escolha de deixar a cama.

Eu suspirei, reuni todas as minhas forças.

Devagar, ja me apreendendo da decisão, retirei minha mão dali e afastei meu corpo do da americana linda em minha cama.

Elas estremeceu, e eu a olhei com ternura. Nossos corpos estavam se aquecendo, então não precisamos dos lençóis, mas a brisa fria da manhã a incomodaria agora que o calor do meu corpo estaria mais lá. não

Puxei o lençol sobre ela e deixei um beijo breve em sua testa, me virando e indo para o chuveiro.

Uma vez que Any estava dormindo, apenas encostei a porta.

Estava acabando meu banho quando uma Any de calcinha e sutiã entrou no banheiro, de costas para mim, e começou a escovar os dentes.

Eu pisquei, perplexo.

- Any?

Ela respondeu com um murmúrio, muito ocupada escovando os dentes.

Acontece que eu estava pelado, e ela estava semi nua, e seu traseiro gigante e perfeitamente redondo virado em minha direção, e eu só tinha certo nível de auto controle, pelo amor de Deus.

Desliguei o chuveiro e enrolei uma toalha envolta da minha cintura, plenamente ciente do quão duro eu estava.

Abri o box e me inclinei sobre Any para pagar a escova e a pasta, e ela se esfregou em mim.

Eu apertei a pasta em minha mão com força, dando um passo para trás e batendo as costas no vidro do box.

Any acabou suas higienes matinais e se abaixou, suas pernas perfeitamente retas e suas costas curvadas. Eu fechei os olhos, engolindo em seco.

𝘽𝙧𝙤𝙠𝙚𝙣 𝙋𝙞𝙚𝙘𝙚𝙨 Onde histórias criam vida. Descubra agora