20|Sendo Sua

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Eu quero saber a onde te tocar. Quero saber como te tocar. Quero que você olhe com os olhos brilhando apenas para mim.

Any Gabrielly

A parte mais interessante de estar começando a conhecer e entender Josh, é que absolutamente todos os rótulos vão para o espaço. Ele não é controlador, obssessivo, estressado ou mal humorado.

Bom, na frente dos outros ele pode ser mais sério e fazer aquela cara de chefe-dos-Beuchamps, mas quando estamos só nós dois ele é provavelmente o melhor homem que ja conheci - profissões a parte-.

Estou deitada em seu peito há quase trinta minutos, fazendo círculos imaginários com meu dedo em sua pele quente. Ele não reclama que estamos perdendo tempo precioso, ou que eu estou muito pesada em cima dele.

Só fica lá, respirando contra meu cabelo, calmo e em paz.

Eu levanto um pouco a cabeça para encontrar seu olhar, e me surpreendo ao perceber que ele ja me encarava.

- Oi, Any Gabrielly.

Eu sinto um arrepio ao ouvir meu nome em sua voz, e me pergunto quando vou me acostumar com isso.

Josh sorri lentamente.

- Você gosta.

Eu franzo o cenho, parando de desenhar os círculos.

- Gosto de que?

Ele me abraça e me puxa mais para cima, de forma que minha cabeça descanse em seu ombro ao invés do peito.

-Gosta quando eu digo seu nome. Eu percebi que você gosta.

Eu mordo o lábio inferior, fechando os olhos e o apertando contra mim. Murmuro em concordância, porque ele esta mais que certo.

Ficamos em silêncio por mais alguns segundos, e eu mordo a parte interna da bochecha.

- Você não esta curioso para saber por que eu gosto?

Josh solta uma risada fraca e rouca, e ele se levanta, comigo no colo.

Nos olhamos nos olhos, e eu mal noto quando o suspiro sai de meus lábios. Mas ele nota, e me beija devagar, com paixão.

Ele aproxima a boca do meu ouvido enquanto anda em direção ao banheiro, ainda comigo em seus braços.

- Você ja percebeu que você é uma das únicas pessoas que me chama de "Josh"?

Ele me coloca com cuidado na banheira, que começa a se encher rapidamente.

Ele se ajoelha em minha frente.

- Nomes... Nossos nomes são a única coisa que ninguém nunca vai poder tirar de nós. Eu não deixo ninguém nesse mundo que eu vivo, sujo e podre me chamar pelo meu, do mesmo jeito que não quero que eles a chamem pelo seu.

Eu inclino a cabeça para o lado, me perdendo nos olhos, intensos e lindos.

Me perguntando se no final dos três meses eu vou conseguir voltar a minha vida chata e monótona.

Me perguntando se vou conseguir esquecer ele.

- Mas você... Você me deixa chama-lo assim. Nunca falou nada sobre isso.

Ele assente, parecendo prestar muito mais atenção em minhas pernas do que em nossa conversa.

- Do mesmo jeito que você gosta do som do seu nome em minha voz, eu amo o meu em seus lábios.

Eu sinto minhas bochechas esquentarem, e Josh beija meu joelho, minhas coxas. Tudo muito lento e provocante.

E delicioso.

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