31|Estratégia

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Josh Beuchamp

Diga que Você me quer longe, fora de sua vida. Mas você precisa, precisa de mim o tempo todo.

+×+

Chegamos na clínica veterinária da cidade mais próxima, e eu carreguei o cachorro para dentro, com uma Any preocupada atrás de mim.

Eu nunca imaginei que ela tinha um amor tão grande com os animais, então comecei a pensar quantas coisas sobre ela eu não sabia.

A moça na recepção olhou para o cachorro gigantesco e abriu um sorrisinho.

- Olá. O senhor e seu amiguinho são novos por aqui.

Eu assenti, ignorando o tom de flerte em sua voz.

- Eu...Eu o atropelei sem querer há uns trinta minutos. Quero saber se ele está bem.

A loira inclinou a cabeça, fazendo um biquinho.

- Tão atencioso. Tudo bem, vou falar para o doutor que é urgente. O senhor espera aqui com ele, ou quer me acompanhar?

Eu fechei a cara e fui até onde Any estava, nos encarando séria.

- Obrigado, vou esperar aqui com minha mulher, se você não se importar.

A loira ficou claramente surpresa e desapontada, mas se virou e foi chamar o veterinário. Eu olhei para a americana ao meu lado, apreensiva e hesitante.

- Por que a gente sempre tem que fingir que é casado para o resto do mundo? Nas festas da máfia, para a Alice e o Ben, aqui.

Eu sorri, dando uma cotovelada de leve nela.

- Gosto de usar qualquer oportunidade para te chamar de "minha", desculpe.

Any segurou o sorriso que ameaçava surgir em seu rosto, e baixou o olhar para o cachorro.

- Qual vai ser o nome dele?

Eu suspirei.

- Não vamos dar um nome para ele.

Ela me encarou, apertando os olhos, e eu lembrei do dia em que ela entrou no meu escritório como um furacão, comandando tudo como se fosse dela.

- E por que não?

- Porque se dermos um nome, vamos nos apegar. Então ele fica sem nome.

Ela fez uma careta, e encarou o cachorro nos olhos.

- Você é um meninão bonito. O que acha de Scooby?

Eu franzi o cenho.

- Ele não vai se chamar Scooby. Que clichê.

Any ergueu as sobrancelhas e cruzou os braços.

- Ah, é? Então qual vai ser o nome dele?

Eu pensei por um momento.

- Zeus! Ele é grande e forte como um deus, então vai ser Zeus.

Ela negou com a cabeça.

- Todo cachorro grande se chama Zeus, ou Thor, ou Rex. Não.

Eu respirei fundo, invocando paciência dos céus.

- Por que você retruca tudo o que eu digo?

Ela abriu um sorrisinho maléfico.

- Primeiro: você nem ao menos queria que dessemos um nome à ele, então por que pode escolher? E segundo: você me retrucou primeiro.

Eu abri a boca, pronto para discutir, mas a moça chamou minha atenção.

𝘽𝙧𝙤𝙠𝙚𝙣 𝙋𝙞𝙚𝙘𝙚𝙨 Onde histórias criam vida. Descubra agora