18|Só essa noite

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Você deve correr riscos. Beije o cara errado na hora certa. Beije o cara certo na hora errada. Basta viver cada dia como se não houvessem restrições.

Josh Beuchamp

Any passa o dedo por minha extensão dura e coberta, e eu fico a apertando em meus braços.

Inclino a cabeça e roço o nariz na parte exposta de seu pescoço, e ela arqueja.

- Eu quero você. Hoje. - Minha voz sai rouca quando eu digo, e posso sentir a respiração ofegante dela contra minha pele.

- A gente...Josh, você sabe que não podemos.

Eu beijo sua bochecha, seu queixo, seu lábio inferior.

Any engole em seco.

- Sim, cara, sexo vai complicar as coisas. Eu sei que vai. Mas eu não acho que vou aguentar mais dois dias ao seu lado sem estar dentro de você. - Eu me afasto um pouco e encaro os olhos dela, suas pupilas dilatadas.

- Nós tínhamos regras, lembra?

Eu dou um sorriso leve, com o canto dos lábios.

- Você tinha. Nada de eu te dar ordens, nada de te observar dormir, nada de invadir sua privacidade e nada de te olhar como se eu quisesse te fazer minha por inteiro.

Ela prende a respiração e assente, esperando.

- A regra número um pode ser modificada enquanto estivermos nesse resort, ja que no carro, quando você perdeu, me disse que faria o que eu quisesse. - Eu começo a leva-la para um canto mais afastado do salão, ainda dançando. - A regra número dois eu já quebrei, desculpe. Você é adorável dormindo.

Eu pego a mão de Any e a puxo para trás de uma coluna gigante, pressionado seu corpo contra a pedra gelada e colocando cada uma de minhas mãos ao lado de sua cabeça.

Ela inclina a cabeça.

- Acho que estávamos nessa mesma posição no dia em que selamos nosso "contrato". Parece que você gosta de me por contra a parede.

Eu respiro fundo, deixando que seu cheiro se infiltre não apenas em meu corpo, mas em minha mente, meus pensamentos, minha alma.

- Com você existem pouquíssimas coisas que eu não gostaria de fazer, Any. - Ela estremece ao som de seu nome em meus lábios, e uma onda de satisfação me atinge. Anotado. - Agora, sobre suas outras duas regras: eu acredito que esteja lhe dando toda a privacidade que deseja.

Ela assente, sem tirar os olhos de minha boca.

Eu suspiro.

Ela sorri.

Eu encosto nossas testas, fechando os olhos com força.

- Não consigo olhar para você de qualquer outro jeito, querida. Você é a coisinha mais ousada, esperta e linda que eu já vi. Não consigo fingir que não é, que você é só qualquer mulher. Não consigo.

Ela respira fundo.

- Mas sexo muda as coisas.

Eu aperto os olhos, me afastando para poder olhar em seus olhos castanhos

- Só essa noite.

Digo, meus olhos brilhando.

- Só essa noite?

A voz de Any mal passa de um fiapo.

Eu assinto, e minha mão deixa a lateral de sua cabeça e desce por toda a extensão de seu corpo, parando no ponto em que o tecido da fenda do vestido acaba. Sua coxa, nua.

Meus dedos traçam círculos preguiçosos ali, e ela fecha os olhos, ofegante.

- Nós dois queremos isso. E sexo pode complicar as coisas, mas e se for só uma vez? E se for só essa noite?

Any assente, mas não parece ter ouvido uma palavra do que eu disse.

Eu solto uma risadinha e afasto minha mão de sua coxa. Isso chama sua atenção.

- O que me diz?

Ela respira fundo.

- Uma noite. Temos que fazer essa noite inteira ser o suficiente.

Eu umidesso os lábios.

- Isso é um "sim"?

Ela entrelaça os dedos nos meus.

- Isso é um "por que ainda estamos nesse salão"?

___

Eu paro na porta do quarto e me viro para encarar Any.

Suas bochechas estão vermelhas, as pupilas dilatadas, e as coxas apertas uma contra a outra.

Eu respiro fundo.

- Depois que entrarmos nesse quarto, eu não vou conseguir parar, cara. Os últimos dias tem sido um paraíso e um inferno ao mesmo tempo, e tudo o que eu mais quero é você nesse momento. Mas eu não vou fazer nada que você não queira.

Lembranças da nossa conversa sobre seu ex namorado invadem minha mente, e eu aperto a maçaneta com força.

Any coloca sua mão sobre a minha.

- Josh, eu quero isso. Preciso disso, de você. Por favor, só abra a maldita porta.

Eu pisco.

Em dois segundos, pego Any no colo e abro a porta com a mão, a fechando em seguida, enquanto minhas mãos apertam a bunda de Any.

Ela solta um gemido baixo e surpreso, e eu suspiro, indo até a cama com ela.

A deito de costas e me afasto da cama, observando o tecido azul espalhado pelos lençóis.

Eu sorrio.

- Eu quero te fuder enquanto você ainda está nesse vestido.

Ela arregala os olhos, e eu solto uma risadinha rouca, uma calma me invadindo de repente.

- Você toma a pílula? - Pergunto enquanto inclino a cabeça para o lado.

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