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A noite brilhava lá fora, as serventes andavam animadas de lá para cá, conversando e rindo animadas enquanto terminavam de se preparar para o banquete.

Já Nobara se encontrava nos aposentos de S/n, preparando o cabelo de sua Senhora, ela estava animada por poder transitar entre os estrangeiros.

Nobara havia pedido para fazerem um vestido escuro para S/n. O tecido negro que favorecia seus seios e destacavam sua cintura possuía arabescos vermelhos espalhados por ele, dando um realce para seus cabelos e sua boca agora do mesmo tom.

Nobara sabia que as outras Concubinas optariam por cores claras que demostravam pureza e fragilidade. Mas ela queria que sua Senhora chamasse atenção, e nada mais que um belo preto em meio ao branco para fazer isso.

E S/n sempre teve preferência nas cores escuras, mas para passar desapercebida entre as outras Concubinas, ela costumava usar os mesmos tons dos delas, mas sua servente nunca saberia disso.

Nobara não entendeu por que S/n havia lhe dado tanta liberdade na hora de arruma-la, sempre desejou poder enfeitá-la como uma boneca, e finalmente estava tendo sua chance.

Já a mente de S/n vagava pelos últimos dois meses, as leves naúseas e pequenos enjôos que ela deixou passar crendo que se devia a algo que havia ingerido, não se pareciam tão insignificantes agora.

Mas grávida, era impossível, ela havia passado todo o tempo tomando Arnica, não podia estar grávida, o chá era basicamente um rémedio que impedia que aquilo acontecesse, ela só poderia estar grávida se fosse a própria deusa da fertilidade, algo que ela não era.

Aquilo era impossível!

Improvável!

A menos que o que ela estivesse tomando não era Arnica!

Não era...

Arnica...

-Nobara!? -S/n chama, ouvindo um "Sim" provindo da morena- Qual era o chá que você me deva para tomar!? -ela pergunta gentilmente.

S/n observa através do espelho o sorriso de Nobara se desfazer e sua feição ser tomada pelo desespero.

Ela suspira.

-Por favor! Por favor me perdoe minha Senhora! -ela diz apressada, se embaralhando nas palavras. Nobara continua falando, a culpa por te-la enganado finalmente estrapolou- No dia em questão eu fui pega, me levaram até Vossa Majestade e no lugar de castigar a Senhora e a mim, eles apenas pediram para que eu trocasse o chá da Senhora! -ela diz apressada- Por favor minha Senhora, eu peço perdão! -culpa estampava o rosto de Nobara, S/n suspira novamente, não há nada que ela pudesse fazer, Nobara recebeu ordens de um superior, e se fosse ela no lugar da menina, teria feito o mesmo.

S/n se vira na direção de Nobara, ela então sorri gentilmente enquanto acariciava os cabelos da menina, a qual lhe olha surpresa.

-Então vamos esquecer isso ok!? -S/n sorri amplamente acariciando o rosto da morena. Nobara sorri como resposta- Espera um pouco... 

S/n se vira na direção da gaveta da sua penteadeira, então retira dali um belo colar com uma pedra alaranjada, ela então se vira para a morena passando o cordão em seu pescoço e o deixando ali como um presente.

Nobara olha para o pingente e acaricia a pedra que lembravam o tom de seus olhos. Ela então abre um sorriso enorme e agradece.

-Então agora que estamos prontas.. Vamos!? -S/n se levanta, estendendo o braço para Nobara, a qual alegremente entrelaça seu braço no dela e sai do quarto sorrindo enquanto seguiam para o salão.

𝑪𝒐𝒏𝒄𝒖𝒃𝒊𝒏𝒂 𝑾𝒆𝒊, 𝑆𝑢𝑘𝑢𝑛𝑎 𝑅𝑦𝑜𝑚𝑒𝑛 | 𝑌𝑢𝑢𝑗𝑖 𝐼𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟𝑖Onde histórias criam vida. Descubra agora