XVII

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Desesperada, era assim que Nobara havia ficado quando ela se levantou assustada por conta de um barulho alto de água que a acordou.

As vezes a mulher dormia em um quarto separado na casa de sua Senhora, geralmente isso acontecia quando elas viravam a noite conversando.

Nobara havia pensado que havia sonhado, mas por algum motivo o pesar em seu peito dizia o contrário, e após ouvir risadas femininas ela teve certeza.

A serva levanta procurando sua Senhora em seu quarto, e após não acha-la instintivamente ela vai até a sacada do quarto da mesma, e o que ela viu olhando por ela apertou seu coração.

A primeira coisa que Nobara fez foi pegar o manto do colchão e correr para o pátio do fundo, e então ela cobriu o corpo de S/n enquanto a abraçava fortemente.

S/n havia sido tirada de seu colchão para ser afogada no lago de sua própria casa. E Nobara não pensou em fazer outra coisa além de esquentar o corpo da mulher em sua frente.

Então ela agradeceu com todas as forças quando Nanami apareceu e tomou rédea da situação. A mulher tinha virado a noite preocupada com sua Senhora, mas pela manhã ela adormeceu de cansaço ao lado de S/n.

A ruiva abriu os olhos pesadamente e aos poucos ela se senta na cama.

Percebendo que já era manhã, a mesma então olha para o lado, vendo Nobara com seu tronco apoiado na cama, enquanto se encontrava sentada em uma cadeira ao lado da mesma.

S/n estende a mão, acariciando de leve os cabelos da menina, que aos poucos suavizava sua expressão. Suspirando S/n se afasta, descendo assim o olhar e a mão para seu ventre.

Ela acaricia a barriga levemente grande, ela suspira aliviada, parece que o bebê estava bem, e como se pra confirmar o que ela pensava, ela sente um pequeno chutinho em seu ventre fazendo ela soltar um sorriso ladino.

A mulher não podia negar que recentemente os chutinhos passaram a aliviar seu estresse, e por algum motivo seu coração se aquecia quando ela sentia a vida que gerava dentro de si.

Ela então, com cuidado desce da cama e tenta acordar Nobara para que a mesma se deitasse nela, ainda sonolenta a morena concorda com o pedido de S/n.

E mesmo que muito provavelmente ela não tenha entendido nem uma só palavra proferida pela mesma, obedeceu, e após se aconchegar na cama caiu novamente em um sono profundo.

S/n então se dirige ao seu banheiro, a água estava gelada, mas ela precisava do choque térmico para acordar.

O vestido que ela usava era como os seus outros recentes, mais largo que o habitual, as outras Concubinas já haviam percebido seu ventre que agora se encontrava cheio de vida, e talvez era por isso que a jogaram no lago, dependendo da situação poderia ocorrer um aborto espontâneo.

E após prender seu cabelo, ela lança um último olhar para Nobara em meio aos seus lençóis e então se retira de seu aposento.

S/n caminha pelo pátio, e embora tenha quase morrido na noite anterior, naquele momento ela se sentia ótima, talvez a doce melodia da raiva a ajudava a se sentir bem.

Estava mais do que na hora dela deixar de receber das outras Concubinas, agora era a sua vez de presentea-las, mas antes, ela precisaria ter certeza de não ser castigada por seus atos.

𝑪𝒐𝒏𝒄𝒖𝒃𝒊𝒏𝒂 𝑾𝒆𝒊, 𝑆𝑢𝑘𝑢𝑛𝑎 𝑅𝑦𝑜𝑚𝑒𝑛 | 𝑌𝑢𝑢𝑗𝑖 𝐼𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟𝑖Onde histórias criam vida. Descubra agora