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O wattpad excluiu a história, por isso tem menos visualizações é comentários do que a segunda temporada.

Mas tudo bem, já postei tudo de novo!

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Any Gabrielly.

- Seu café com leite, Senhora Adelaide - Entreguei o copo para a mesma - Obrigada, tenha um bom dia. - Sorri.

- Obrigada, minha querida, igualmente. - Senhora Adelaide sorriu e saiu da cafeteria com dificuldade logo em seguida.

O dia aqui na cafeteria já tinha acabado. Virei a placa da porta para o "fechado" e fui arrumar as últimas coisas para voltar para casa.

- Posso conversar com você, Any? - Andrew, meu chefe, apareceu atrás de mim.

- Claro, eu só estava terminando de fechar o caixa. - Vi que ele estava sério e me preocupei - Aconteceu alguma coisa, Andrew?

- Na verdade, sim. Você sabe que o café está com um movimento muito baixo esses dias, não estamos conseguindo vender todos os alimentos produzidos e nós acabamos saindo no prejuízo.

Isso era verdade. Nesses dias, a única pessoa que vem com frequência aqui é a Senhora Adelaide. Os outros só passam porquê é a única cafeteria da rua.

- E é por isso que eu estou te entregando seu último salário, Any - Me entregou um envelope de papel com dinheiro dentro - Infelizmente eu vou ter que te demitir, vou vender o café e começar a investir em outra coisa. Sinto muito Any, você é ótima, aposto que vai encontrar um emprego logo.

- Eu entendo. - Peguei o envelope de sua mão e guardei em minha bolsa - Obrigada por tudo Andrew, você foi um ótimo chefe - Sai da cafeteria e comecei a caminhar em direção a minha casa, meio triste.

Fiquei triste por ter perdido o emprego, eu realmente gostava de trabalhar aqui e até que ganhava uma quantia boa de dinheiro, que eu precisava muito para realizar meus sonhos futuramente.

Minha mãe trabalha em uma empresa de finanças, ela é separada do meu pai, mas seu salário é ótimo e nunca faltou nada pra mim e pra minha irmã mais nova.

Mas eu estou querendo muito estudar em uma famosa universidade que fica no Brasil, e para me manter lá vai custar bem caro, não quero que minha mãe banque tudo isso, por isso no começo desse ano eu arrumei um emprego na cafeteria que fica no fim da rua e comecei a juntar dinheiro.

Tenho 17 anos e acabei o ensino médio ano passado, pulei o segundo ano por decisão do conselho, disseram que por causa da minha inteligência eu puderia pular um ano.

Eu me acho inteligente, a escola ofereceu várias faculdades da região para mim, muitas com bolsa de 100%, mas eu não aceitei, porque a que eu quero fica no Brasil, e eles não mostraram nenhuma que fica na América do Sul.

Às vezes me chamam de nerd e de certinha, só por eu ter um pouco mais de inteligência do que as outras pessoas, mas eu nem ligo pra isso, me sinto bem por eu ser assim.

Uma parte dos motivos de eu ter escolhido uma universidade do Brasil, foi que meus ancestrais são de lá. Minha mãe nasceu lá, mas veio para Los Angeles quando conheceu meu pai, ela tinha 17 anos. Três anos depois eu nasci.

Meu pai veio de uma família com condições melhores do que a família da minha mãe, quando meus avós morreram em um acidente de carro, deixaram a casa que eu moro atualmente, localizada em uma das melhores regiões de Los Angeles.

Alguns me chamam de metida por morar nessa rua, mal sabem eles que tudo que eu tenho foi herança dos meus avós que eu nem cheguei a conhecer.

Meus pais se separaram ano retrasado, foi doloroso para mim e para Belinha ver eles brigando sempre, então acho que foi a melhor coisa a se fazer.

Faz um ano que nós não nos vemos, ele liga pelo menos uma vez por semana. Ele se casou novamente e agora mora na Austrália com a nova esposa. Ele sempre diz que um dia ele vai me levar lá, mas duvido que isso aconteça.

Minha casa ficava no fim da rua então eu nunca tive a necessidade de aprender a dirigir, eu ia à pé para todo lugar.

No caminho de casa, refleti sobre o que havia acontecido e como eu manteria a calma, ainda teria que contar para minha família.

Na janela de uma das inúmeras mansões daquela rua, duas meninas loiras acenavam para mim, deviam ter 4 ou 5 anos, acenei de volta, sorri e segui meu caminho até minha casa.

Entrei e me sentei no sofá, coloquei minha cabeça entre minhas duas mãos e suspirei forte, não era nada fácil tentar realizar seus sonhos.

Minha mãe desceu as escadas e me viu no sofá.

- Oi filha. - Sentou- se ao meu lado - Aconteceu alguma coisa?

- O café vai fechar, fui demitida. - Ela me abraçou e alisou meus cabelos.

- Não fica assim, você vai encontrar outra coisa logo logo - Beijou minha testa - O jantar está na mesa, fiz strogonoff.

Ao chegar na cozinha, Belinha já estava comendo, sorriu ao me ver.

- Oi. - Beijei sua testa. - Que bom que eu cheguei, você é capaz de acabar com toda a comida - Brinquei e ela revirou os olhos, acabei rindo.

Fiz meu prato e me sentei ao lado da minha irmã, enquanto comia achei uma página que avisava sobre todas as novidades da região.
Vi um anúncio: 

"Contrata-se babá para duas crianças de cinco anos.
Período: De 13:00 às 22:00.
Local: Casa dos Beauchamp's.
Para mais informações entrar em contato com o número xx xxxx-xxxx, grato."

A Babá || Beauany Onde histórias criam vida. Descubra agora