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Josh Beauchamp.

Any era uma garota insuportável, e isso ninguém pode negar.

Ela apareceu na boate do nada, só pra me irritar e ainda resolveu bater em Jane, mas não posso reclamar, pois isso melhorou minha noite cem por cento.

Gabrielly não sabia aonde estava se metendo, não sabia que aqui é aonde os caras mais tarados de Los Angeles ficam.

E aquela roupa só piorou as coisas. Aquele vestidinho preto justo estava me deixando louco, mas também estava deixando outros caras loucos. E isso me irritou profundamente.

Entrei dentro do carro e disse que Any podia ir na frente comigo, ela estranhou, mas entrou, até eu estranhei.

Na verdade eu estou estranhando tudo que eu faço quando estou com Any ao meu lado. Mesmo eu negando para todos, até para mim mesmo, eu e Any viramos amigos. Amigos que se beijam.

Sei que estou extremamente errado por ser tão possessivo quando se trata da minha babá, mas eu me sinto na necessidade de ser assim. Só de imaginar Any com outro, isso revira meu estômago, mesmo eu não sentido nada por ela.

Tudo que eu disse pra ela sobre Noah é verdade. Urrea ilude as meninas, diferente de mim que mando a real. Mas depois de nós já termos discutido, percebi em seu olhar que dessa vez ele não queria fazer isso, e que realmente ele estava gostando de Any, isso me deu nos nervos, e foi mais um motivo pra mim quebrar seu nariz.

Deixei os meninos cada um em sua casa e fui em direção a minha rua que era a mesma de Any. Parei com o carro em frente a sua casa, mas Any não desceu do carro, só ficou me olhando.

- Que foi?

- Você é um cara legal Josh - Sorriu - Seria mais legal ainda se deixasse esse orgulho de lado.

- Acho melhor você esquecer isso Any, eu não quero ninguém lutando por mim - Brinquei com seus cachos - Não vale a pena.

- É claro que vale - Ficou séria - Nunca diga que você não vale a pena, Josh - Acariciou minha mão que estava no seu cabelo - Você vale batalhas épicas. Guerras inteiras.

- Obrigada por sempre estar do meu lado.

- Eu não queria estar em outro lugar.

Agora é real, eu viro um completo molenga quando estou perto de Any. Ela tem esse poder sobre mim, de desabafar, de me fazer feliz, e só ela me entende.

E é por isso que eu me sinto na obrigação de proteger ela, de ser possessivo quando se trata de Any Gabrielly. Ela não merece qualquer um, ela merece o melhor, sei que não chego nem perto de ser "o melhor", mas acho que "o melhor" não existe, então vai ser eu mesmo. Não quero nenhum homem se aproximando dela para não machucá-la.

É horrível admitir isso, porque nunca achei que Josh Beauchamp iria sentir uma necessidade do tipo. Mas eu quero tirar a virgindade de Any. Não só por uma transa, mas eu quero me certificar que tudo seja perfeito pra ela, do jeito dela e de como ela gostaria que fosse.

Eu já tirei a virgindade de algumas garota, mas eu nem me importei tanto. Com Any é diferente, ela merece algo perfeito.

O lado ruim é que ela me disse que se eu fizesse isso, talvez ela começaria a criar sentimentos por mim, eu não gostaria disso, não mesmo, não queria ninguém apaixonada por mim.

Mas se isso for preciso para ser o primeiro na vida de Any, eu vou arriscar.

- Vem cá - A puxei pela cintura e ela sentou em meu colo com uma perna em cada lado do meu corpo.

Com uma mão segurei sua nuca e trouxe sua boca até a minha. Começamos um beijo lento que foi se acelerando aos poucos. Sem querer Any foi um pouco pra trás e buzinou com as suas costas, ela se assustou e parou o beijo, fazendo eu rir.

- Deixa eu entrar antes que minha mãe saia - Abriu a porta e saiu do carro, abaixando a saia do seu vestido que tinha subido um pouco.

Sai logo atrás dela e Any sorriu ao ver que eu a acompanharia até a porta de sua casa.

- Não acho que você seja uma pessoa ruim, Josh.

- É tudo uma questão de opinião.

E isso mostra o quanto Any Gabrielly é... Maravilhosa. É tão atenta a mim, ao meu humor, minhas dores. Nunca estive ao lado de alguém que me entendesse tão bem.

Fechei a porta do carro e fomos até a sua varanda, paramos um de frente para o outro, eu sério e Any com um sorrisinho.

- Gabrielly, me escuta - Cheguei mais perto dela - Nunca mais apareça naquele lugar, por favor.

- Tá - Deu pouco caso - Tchau Beauchamp - Ela iria entrar em casa, mas eu a puxei.

- Nem um beijinho de boa noite, princesa?

Any me deu um selinho rápido e se afastou, mas eu a puxei novamente para mim e aí sim começamos um beijo de verdade. Uma mão minha foi para sua cintura e a outra para seus cabelos. Aquilo era um beijo intenso, um beijo intenso de verdade.

Como era possível que um beijo superasse todos os outros que eu tive? Aquilo era de tirar o fôlego. Aquilo tinha sido mais. Tinha sido melhor. Aquilo era... Any Gabrielly.

Mesmo com ambos sem fôlego, o beijo ainda estava rolando, até sermos atrapalhados por uma limpada de garganta de propósito.

Olhamos pro lado e a mãe da Any estava parada na porta, de braços cruzados e nos observando sorrindo.

- Oi mãe - Gabrielly falou totalmente sem jeito.

- Olá, Any Gabrielly - Voltou seu olhar pra mim - Amigo novo?

- Esse é Josh, mãe - Me apresentou olhando para o chão, mesmo com a cabeça baixa deu pra perceber que ela estava super vermelha e mechendo em seus cachos, ela faz isso quando está com vergonha. Contive a risada.

- Prazer - Estendi minha mão para a mãe de Any apertar, e assim ela fez.

- Josh? Josh Beauchamp? - Assenti - Oh, mande um abraço para seus pais.

- Mando sim.

- Vou deixar vocês a sós, mas não demore muito para entrar filha, aqui está frio.

Ela entrou de volta para a casa e logo que a porta se fechou eu comecei a gargalhar da cara de Any, que ainda estava parecendo um pimentão.

- Pare de rir - Ela me deu um tapa no braço - Isso foi extremamente vergonhoso.

- Eu achei engraçado.

- Minha mãe viu nós dois nos beijando, tem noção disso?

- Tenho, e ela parece não ter se importado tanto.

- É porque não é você que vai ter que escutar os sermões depois.

- Pare de reclamar, sua mãe é legal.

- Acho melhor eu entrar logo, antes que as coisas piorem.

- Tchau então - Dei um selinho rápido em Any e esperei ela entrar em casa para mim poder sair com o carro.

Cheguei em casa e fui direto para o meu quarto dormir, esse dia foi estressante, mas foi ótimo. Any melhorou minha noite só com a sua presença. E o tapa que ela deu em Jane nunca vai sair da minha mente.

A Babá || Beauany Onde histórias criam vida. Descubra agora