Capítulo oito

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25 de outubro de 2017:

Olhei para os livros que o papai havia acabado de trazer da mansão Avery, aqueles livros diziam sobre o sangue amaldiçoado da Leesa e sobre o vira-tempo em suas costas.

Mas não dizia sobre o juramento, da cobra em suas costas ou como acabar com aquele juramento sem prejudicar aquela coisinha diabólica.

Algumas coisas eram tão absurdas que tive que fechar o livro e respirar para pôr os pensamentos em ordem.

_ Então a Leesa não é filha do Asmus, acho que o Macmillan acertou em dizer que ela não era neta dele.

_ Leesa o odeia, então era melhor não ter nenhum parentesco com ele. - Peguei o copo e o pequeno tintilar do gelo me fez suspirar.

_ Você já está ficando velho, não para de suspirar. - Falou a pessoa com 65 anos.

_ Sabe, mais um pouco você terá a idade daquele homem, espero que não vire aquele ser horrendo com a face ofídica.

_ Sua tia gostava. - Nojo. _ O que você vai fazer? Já tem ideia de como vai tirar ela de lá?

Peguei na gaveta o mapa do ministério e apontei para os lugares que dava para entrar sem ser notado.

_ Desde que a Granger virou a ministra, a segurança no ministério tripli...

_ Weasley, agora ela é um deles. - Revirei os olhos. _ Mas você está certo, na minha época era muito mais fácil entrar naquele lugar.

Sempre foi mais fácil para ele, ainda mais que aquele homem tinha vários seguidores no meio daquelas pessoas.

Todos podiam invadir o ministério, era o lugar mais fácil de fazer isso, até que os Grifinórios mudaram tudo, até as alas.

_ O que acha de entrar pelos bueiros? - Fez careta. _ O que você quer que eu faça? Invada pela porta da frente e diga: oi, só estou aqui para salvar a mulher que amo.

_ Draco, você percebeu justo hoje? - Ele continuava o mesmo. _ Acho...

Antes que pudesse dar sua opinião, a porta do escritório foi aberta com tamanha brutalidade que pensei que acabaria no chão, ou pior, a quebrando.

Pensei que estivéssemos sendo invadidos e isso seria uma piada de muito mal gosto daqueles três, entretanto, era apenas o meu filho instável que vinha em minha direção.

As perguntas que minha língua queria soltar devido a horrível segurança de Hogwarts ou como Minerva ainda não me contatou, morreram em minha boca.

Levantei-me, vendo seus olhos avermelhados devido ao choro que estava contendo.

Scorpius chorava quando não estava bem, mas sempre chorava nos braços de sua tia, ou de sua mãe.

Ele sempre suportou as lágrimas em minha presença, porque pensava que não poderia colocar suas mágoas em cima das minhas responsabilidades.

Era exatamente isso que pensava quando estava triste ao seu lado, não poderia colocar tudo em cima desses ombros minúsculos que poderiam me ultrapassar em poucos anos.

Aproximei-me dele, tentando saber se poderia apenas abraçá-lo para tentar acalentar o coração da minha pequena constelação.

Queria aliviar o que ele estava sentindo, mesmo não sendo tão bom quanto Astoria ou a Leesa, ele era o meu bem mais precioso nessa vida e não queria vê-lo assim.

Porém, não deixou, ele me empurrou, mas segurei sua mão que estava no meu peito e a sinto tremer, sua pele estava tão fria quanto gelo...

Coloquei a mão em sua testa e a sinto quente, estava com febre.

Mon Petit Monde ~Draco Malfoy~Onde histórias criam vida. Descubra agora