Epílogo

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23 de dezembro de 2017:

_ Mamãe! - Correu até mim e me abraçou, me fazendo arfar com a força do seu abraço.

Tinha alguns dias que não o via e já tinha alguns dias que aquela conversa em Azkaban fez que um peso em meu coração sumisse, como se a Leesa desse mundo estivesse deixando a minha vida em paz.

Sei que pode parecer loucura, mas tudo parecia bem e não estava reclamando, apenas que o medo que senti, se foi e tudo na minha cabeça fazia mais sentido.

Até mesmo o Dragon parou de pedir desculpas toda hora ou dizer coisas que me faria ficar com raiva, como daquela vez que ele me perguntou se realmente queria ter um relacionamento com ele.

Contudo, tudo isso passou e a única coisa que resta era falar sobre o bebê que crescia em meu ventre.

_ Ocorreu tudo bem? - Baguncei seus cabelos.

_ Sim. - Olhou para o Draco, que tentava chamar atenção do pequeno. _ Ah, oi, pai. - Sorriu. _ Não tinha te visto.

_ Percebi isso no momento que você passou por mim. - Cruzou os braços, fazendo um biquinho fofo. _ Por que esse garoto está atrás de você?

_ Ah! - Desgrudou-se de mim e deu alguns passos para trás, quase fazendo uns dos alunos colidir com seu corpo.

Mesmo que alguns pais já tenham ido, outros conversavam com os pais ou corriam pela estação.

Porém, nem mesmo estava me incomodando com a falação, apenas queria ver o meu pequeno bem e feliz.

_ Albus pode ir conosco? - Pegou a mão do garoto. _ A família dele não está muito confortável no momento. - Por mim, deixava, mas deveria esperar as palavras do meu marido para que eu pudesse convencê-lo.

Contudo, quem falou primeiro foi o moreno que nos olhava de um jeito tímido, mas com a capacidade de nos convencer.

_ Sei que pode ser inconveniente estar passando alguns dias na mansão Malfoy, ainda mais que meu pai... - Observou-me. _ Fez tanta crueldade sem que eu soubesse, mas prometo que não sou igual ao meu pai e... - Suspirou, apertando a mão do loiro. _ Scorpius é meu único amigo e já avisei minha mãe, e...

_ Você fala muito. - Zombou do seu amigo. _ Papai vai deixar você ficar, não é? - Semicerrou os olhos para o pai, que acabou me olhando.

_ O quê? - Levantei a sobrancelha.

_ Você decide, senhora Malfoy. - Revirei os olhos e apenas tentei ver qualquer raiva nos olhos cinzentos do meu bebê, mas não tinha nada.

Isso me aliviou um pouco, ou talvez ele não tenha percebido ainda, mas apenas acenei, concordando com o garoto ir para a mansão Malfoy, o que fez meu bebê abrir um sorriso tão grande que me fez rir.

_ Você é a melhor, mamãe. - Queria apertar suas bochechas. _ Bom, vamos aparat...

_ Ah, não posso. - Sorri. _ Estou um pouco indisposta, então vamos pela lareira, tudo bem? - Estranhou e olhou para o pai.

_ Não me olhe assim, ela não quer ser examinada. - Arrumou o terno e o relógio. _ Vamos? Seus avós estão esperando. - Estranhou. _ Sua mãe disse que tinha uma notícia para nos dar. - Deu de ombros e pegou as malas dos garotos, as diminuindo.

Entretanto, as corujas foram carregadas e isso ajudaria a não fazer os trouxas estranharem ainda mais sobre os animais exóticos.

_ Ela não está grávida, né? - Quase escorreguei nos meus próprios pés.

_ Não desfiz o feitiço. - Concordei e me olhou. _ Mas posso desfazer, se quiser. - Piscou e apenas fiquei no meio dos meninos, os guiando para sair desse lugar.

Mon Petit Monde ~Draco Malfoy~Onde histórias criam vida. Descubra agora