Capítulo quatorze

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_ Está pronta para ir? - Suspirei e concordei, pegando sua mão e a entrelaçando.

Fomos até a lareira do tamanho de uma porta e respirei fundo, tentando não me sentir ansiosa para ver pessoas que me prejudicam nas duas vidas – sim, era confuso.

Pegou um punhado de pó e entramos na lareira, me lembrando daquele dia.

_ Ministério da magia. - Jogou o pó no chão e desaparecemos da mansão Malfoy.

O ministério estava lotado e pessoas e mais pessoas saiam das lareiras, ou de outros lugares.

Porém, até o momento não mudou nada, os pisos negros continuavam exatamente como antes.

As pessoas sorriam por educação, mas reviravam os olhos quando davam as costas e todos estavam com pressa.

Sim, tudo estava igual, porém, quando saímos da lareira e andamos para algum lugar, me fazendo perceber que o ministério era diferente do que conhecia, bom, em partes.

Já que não tinha a estátua do Lorde com os seus inimigos mortos em seus pés ou até mesmo Dementadores sobrevoando o lugar sem a necessidade de sugar a felicidade alheia.

Ou o ministro dando boas-novas sobre o mundo bruxo que só progredia com todas as medidas que focavam não só nos bruxos, mas nos seres das Trevas.

E mesmo tendo vencido a guerra em 1981, uma pequena guerra interminável continuava acontecendo naquele mundo.

Porém, a Lady não sabia sobre isso e sempre pensava que tudo tinha acabado, algo que sabemos que não.

Contudo, esperava que tudo tivesse terminado depois que desapareci, a Lady necessitava de descanso e ela merecia isso, gostava dela.

Suspirei, afastando esses pensamentos quando entramos em uma sala escura e sem móveis, apenas continha uma porta e alguns aurores em torno dessa porta, que logo quando nos viram, ficaram apreensivos e sacaram as varinhas.

_ Senhor Malfoy, o que faz aqui? - Um dos aurores perguntou. _ E ela... - Ficou surpreso e ele não era o único. _ Necromancia? - Semicerrou os olhos. _ Não, o sensor do ministério apitaria, isso, como é possível? - Franziu o cenho.

Apertei a mão do Dragon, que logo entendeu, já que não queria dar explicações a esse bando de gente que só queria contar meias verdades para o resto do mundo.

Mas sem eles, essa porta não abriria e não podíamos dar uma pequena surpresa ao Potter.

Porém, esse auror nunca me tocou – era isso que as memórias me diziam –, mas ele sabia quem eu era e isso só indicava que via meu sofrimento com os próprios olhos, ou escutava de alguém.

_ Mandei uma carta para o novo chefe dos aurores e deve estar em suas mãos agora. - Falou com aquela voz esnobe. _ Então, libere a entrada.

Os aurores se olharam e não deram lugar, isso seria mais difícil que pensei, afinal, a família Malfoy não era como antigamente, que falavam e todos obedeciam.

Então, a única coisa que podíamos fazer era, se sentar e esperar.

Mas aqui não tinha uma cadeira para sentar e não queria sujar o meu vestido me sentando no chão.

E com certeza não daria para transfigurar algo, já que sinto uma pedra de runa em algum lugar por aqui.

_ Vocês realmente não vão nos deixar passar? - Apertaram a varinha e meu noivo simplesmente sorriu, pegando a sua varinha em seguida.

Os aurores nem mesmo viram o feitiço sendo lançado, apenas perceberam que algo aconteceu quando estavam grudados nas paredes negras desse lugar.

... Não tinha uma pedra de runa aqui?

Mon Petit Monde ~Draco Malfoy~Onde histórias criam vida. Descubra agora