Chapitre 05

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Acordei assustada, e ainda sem abrir os olhos pedi mentalmente para que tudo isso não passasse de um pesadelo.

Mas acabei abrindo-os e soltei um grito sem som algum, quando senti mãos fortes se chocarem contra meu estômago.

A dor era insuportável.

Baixei a cabeça respirando fundo, na intenção que a dor cessasse.

Sem sucesso!

- Eu tenho uma surpresinha para você Rosé. - Arfei quando ouvi aquela voz. - Caso decida ser boazinha, posso mudar de idéia, mas até lá você terá muitas suspresas.

- Você vai me p-pagar. - O encarei com raiva. - Desgraçados. Todos vocês. São uns desgraçados. - Gritei.

- Roseanne, por favor não se altere. Está pronta para a surpresa? - O olhei com lágrimas nos olhos. - Vou considerar isso como um sim. - Riu de lado. - London por favor, faça as honras.

O segurança extremamente alto e musculoso se aproximou, sussurrou um "sinto muito" tão baixo que quase não consegui ouvir, logo depois mais um soco foi dado em minha barriga, me fazendo soltar um gemido baixo de dor.

A dor era horrível, mas ainda assim não me permiti gritar e muito menos chorar. Meu corpo está exausto, e agora eu tenho a certeza absoluta de que meus órgãos estão danificados.

Logo depois o tal do London soltou meus pulsos e eu fui diretamente ao chão, gemendo baixinho com a dor.

O segurança me puxou sem cuidado algum pelo braço e saiu me arrastando até um banheiro. Isso demorou uma eternidade, já que eu mal conseguia andar. O filho da mãe nos seguia o caminho inteiro apenas observando o meu sofrimento.

O banheiro era extremamente branco e não muito espaçoso. Olhei ao redor para conhecer mais o ambiente e vi uma banheira, estava cheia e a água esborrotava descontroladamente.

- Sr. Jimin, posso me retirar? - Perguntou o segurança ainda me segurando. Algo me diz que ele não gosta de torturar as pessoas.

Então quer dizer que o nome do loirinho na verdade é Jimin. Um nome nada convicto.

- Eu já disse para não falar meu nome na frente de prisioneiros London. - Rosnou e ele apenas baixou a cabeça. - Enfim, já pode sair sim. Os planos que tenho para agora não o incluí.

London assentiu e me soltou. Me fazendo cair no chão de novo. Não me lembro quando foi a última vez que fiz uma refeição e os machucados não estavam ajudando.

Ele saiu do banheiro me deixando sozinha com o tal Jimin.

- É tão bom te ver assim Roseanne, cada dia mais fraca e vulnerável. Você não sabe como eu fico só de imaginar você sofrendo em minhas mãos.

Ok, reste calme Roseanne, tu es humiliée, mais ça va revenir.
(Ok, mantenha-se calma Roseanne, você está sendo humilhada, mas isso terá volta.)

Ele se aproximou, segurou meus cabelos e me levantou. Gemi com a dor do meu couro cabeludo ao ser puxado.

- Acho que você não conseguirá se livrar de mim como tanto deseja. Olhe só como está agora. Tão fraca. Suja. Humilhada. - Falou rindo. - Oh Roseanne se soubesse dos planos que tenho para você não estaria tão confiante em si mesma.

Por mais que eu quisesse, eu não conseguia falar nada. Não havia um fio sequer de voz em minha garganta. Todos os meus movimentos tinham se esgotado.

Eu estava esgotada.

Ele me puxou pelo cabelo até ficar de frente na banheira e eu já sabia o que ele iria fazer. O olhei com os olhos um pouco arregalados, ele apenas sorriu e empurrou minha cabeça na banheira.

Ar.

Eu precisava respirar. Acabei balançando minha cabeça quando ela ainda estava afundada na banheira. Estava quase desmaiando quando ele puxou meus cabelos de novo, para fora da banheira.

Puxei todo o ar que consegui, respirando pesado.

- Eu deveria mata-la assim Rosé?

Perguntou afundando minha cabeça novamente.

- Acho que não. Seria muita sorte para você. Quero te ver sofrer um pouco mais.

Disse quando puxou minha cabeça fora da banheira.

- Eu sei que você não pretende me matar tão cedo, Jimin. - Dei ênfase em seu nome e sorri. - O máximo que conseguirá com isso é me ver desmaiada.

Disse assim que recuperei minha voz.

- Você está certa Rosé. Eu quero te ver morrer de um jeitinho lento e torturante, não apenas afogada. Seria bom demais para você.

Abri minha boca na intenção de rebater e lhe dar uma boa resposta, mas quando fiz isso ele afundou minha cabeça novamente, me fazendo engolir uma quantidade muito grande de água.

Meus olhos estavam se fechando lentamente, e o ar se fazia cada vez menos presente. Estava esperando ele me puxar de volta, mas ele não o fez.

Isso iria ter volta!

A escuridão me tomou pela terceira vez e eu apaguei.

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