J.L
Eu simplesmente não sabia o que fazer. Roseanne estava á minutos atrás tendo uma crise de choro e a única coisa que eu sabia fazer era olhar, porquê não sei aconselhar ninguém e muito menos entendi merda nenhuma do que Pierre disse a ela.
Já estamos quase chegando na minha casa e graças aos céus ela pegou no sono, seus olhos e seu nariz têm um tom avermelhado por conta do choro mas acredito que logo mais essa vermelhidão passará.
Eu nem ao menos sei onde o motorista está agora porque fiquei tão desesperado com o estado de Rosé que nem tive tempo para lembrar dele, mas de qualquer forma, ele terá que dar um jeito de chegar até aqui sozinho.
Encarei a estrada de terra em minha frente e senti meu sangue ferver, a única coisa que eu quero agora é pôr minhas mãos em Pierre e mostrá-lo que eu estou no poder. Poder de riqueza, poder de mandado e poder de mata-lo!
Ver Roseanne o humilhando daquela forma foi maravilhoso, afinal, eu não sei como ela descobriu aquilo sobre a família de Pierre já que ninguém a contou nada. Mas vê-la chorando, desesperada e se abraçando como se quisesse se proteger do mundo inteiro foi demais para mim, eu sei que sou, na maior das hipóteses, o causador do maior sofrimento dela, mas porra, eu não gostei de ver ele falando qualquer merda que fosse para ela e depois vê-la desabar.
Estacionei meu carro na frente da minha mansão e quando saí abri a porta do assento de Rosé, a pegando no colo e entrando com ela.
Subi as escadas e depois de abrir a porta do quarto a coloquei na cama, fechando a porta e indo até meu escritório.
Quando abri a porta do meu escritório, a primeira visão que tive foi do corpo alto e magro de Jin, um dos meus amigos e sócios mais confiável e próximo. Ele segurava um copo de whisky na mão e estava de costas para mim, observando toda a redondeza pela grande janela de vidro.
- Porque fez aquilo com ela? - Perguntou com sua voz rouca, me fazendo ter certeza de que ele está puto.
- Ela mereceu, pela família que teve. - Respondi, já me servindo com uma dose generosa de vodka.
- Ela não tem culpa da família que teve. - Rebateu.
Fiquei em silêncio e me sentei em minha poltrona, tomei uma dose do meu drink, colocando o copo quase vazio na mesa e girando uma caneta qualquer em meus dedos.
- Você sabe, nós não trabalhamos desse jeito, mata-los já foi o suficiente. - Falou se virando para me encarar. - Eu vi o modo que você a carregou para dentro, acha mesmo que ela vai te perdoar assim tão fácil?
- Não quero o perdão dela. - Esclareci.
- Você ainda não percebeu, mas quer. Você está se apaixonando Jimin e não tem como negar. - Balancei a cabeça negando e ele se aproximou, colocando o dedo na minha cara. - Se você a machucar de novo, tirarei seu cargo de chefe dessa merda.
- Você não pode fazer isso. - Ri sarcástico.
- Machuque-a novamente e você verá. - Me desafiou.
O encarei, com raiva.
- E porque diabos você está fazendo isso agora? Você nunca se importou com quem eu machuquei ou deixei de machucar. Isso é um problema meu! - Ele trincou os dentes.
- Você não vê a merda que está fazendo Jimin? Você a colocou deitada no quarto, não em qualquer quarto, foi na porra do seu quarto. - Bateu na mesa. - Eu não vou deixar você destruí-la, porquê não é isso que você quer fazer, você só quer mostrar a si mesmo que não se importa.
- Isso não é verdade. - Falei.
- Eu sou o seu amigo. Acha que estaria dizendo isso da boca pra fora? Deixe de agir como um moleque Jimin, ou então eu tirarei tudo de você, isso inclui a Roseanne também. - Fechei minhas mãos em punhos. - Eu fiquei sabendo do barraco que aconteceu na festa do Pierre, do jeito que você agiu com ele, acha que isso teria acontecido se você estivesse com qualquer outra mulher? - Ele tomou toda a sua dose e me encarou de novo. - Pense nisso, e também nas consequências que virão se continuar agindo assim. Esse foi o meu primeiro e último aviso. - Deu meia volta e saiu.
Encarei a caneta em meus dedos e franzi o cenho.
Ele não seria capaz de fazer isso, seria?
Porra, eu sinto sim uma atração física por ela, e isso pode ser notável, mas não é como se eu fosse um dos homens mais apaixonados do mundo, eu a espanquei, quase a matei, não existe possibilidades de que eu sequer esteja apaixonado. Eu gosto de ódio, raiva, desprezo e não amor.
Eu não posso estar amando Roseanne, ela é filha de traidores, uma mulher totalmente sem nenhum significado para mim.
Jin só pode estar maluco. Quem ele pensa que é pra me ameaçar desse jeito e ainda mais por conta de uma garota igual a ela?
Bebi o restante da minha dose e me levantei da poltrona, saindo do escritório e indo para o quarto em seguida.
Encarei Roseanne que continuava dormindo, o rosto ainda um pouco vermelho e uma expressão calma.
Me xinquei mentalmente, quando pensei no quanto ela fica bonita dormindo e como eu poderia ficar facilmente observando-a dormir por horas.
Que merda, isso não é possível!
Eu sou Jimin Lee, eu não amo ninguém, em hipótese nenhuma.
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Beautiful But Wild | Jirosé
FanficRoseanne Park é uma menina quebrada, que não conseguia expressar seus sentimentos a algum tempo, devido ao trauma que sofreu quando criança ao ver toda a sua família ser morta diante de seus olhos. Jimin Lee é um homem amendotrador, que gosta de ver...