11-A convenção de Chicago

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Grant Park ,Chicago.
Agosto de 1968

—Gente??—Ryan não enxergava nada a sua frente, nem sequer escutava

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—Gente??—Ryan não enxergava nada a sua frente, nem sequer escutava.

Depois que seu ouvido se acostumou com a "viagem", ele finalmente pode escutar.

Gritos aterrorizantes, barulhos de tiros, socos, cassetetes batendo em algo macio...Ryan ouvia enquanto caminhava sem rumo, apenas enxergando vultos que passavam por ele correndo.

De repente, uma onda de adrenalina invadiu seu corpo. Seus olhos ardiam como nunca, assim como sua garganta e pulmões.

Ele colocou as mãos sobre os olhos e curvou para a frente, urrando de dor extrema. Sentiu alguém lhe carregar com dificuldade. Quando ele parou  de inalar aquela fumaça branca, a dor em seus pulmões pararam um pouco.

—Coloque isto—ele reconheceu a voz de Jack, que lhe entregou algo em suas mãos.—vai parar temporariamente a dor nos olhos.

Ryan sentia a toalha molhada em suas mãos e logo se prontificou a colocá-la nos olhos, como uma venda e percebeu que Jack estava certo, a dor parou por alguns minutos.

—Droga, precisamos tirar nossas roupas.—falou Jack ao lado de Ryan, já tirando sua jaqueta de couro preferida.

—Como assim?—perguntou o rapaz sentado no chão, com dificuldade de respirar.

—A névoa é gás lacrimogêneo. Ele adere às roupas, ao corpo...Ah lembra de não esfregar os olhos e nem a pele, precisamos...

Um baque interrompeu a fala de Jack. Um policial havia se atirado em cima dele e os dois brigavam com socos, até que o policial sacou rapidamente seu cassetete e começou a espancá-lo.

Ryan só conseguia ouvir as pancadas então começou a tatear cegamente o chão, quando sentiu alguma coisa gosmenta e líquida.

—Você também está preso rapaz.—Falou o policial.

Ryan sentiu algo metálico em seu pulso. Antes que pudesse reagir, ele foi arrastado junto com algo que ele julgava ser o corpo de Jack desacordado.

—Eles precisam de cuidados médicos.—Ryan ouviu uma voz feminina.

—Eles vão apodrecer na cadeia, bando de baderneiros.—falou o homem quase cuspindo as palavras de nojo.

—Mas antes que isso ocorra, preciso fazer meu trabalho. Coloque eles ali.

O homem revirou os olhos e soltou o corpo de Jack no asfalto.

A paramédica, com muito esforço, conseguiu colocar Jack na maca e guiou Ryan pra se sentar ao lado dele.

—Tome isto.—ela entregou algo que Ryan bebeu de bom grado, aliviando consideravelmente a dor interna.

Ela tirou a toalha/venda dele e colocou soro fisiológico abundantemente em seus olhos. Depois de um tempo, Ryan voltou a enxergar normalmente.

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