Cinco.

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Sabe quando seu pai promete te dá alguma coisa no final do dia que você queria muito, e você não via a hora de o tempo passar depressa para receber o presente?

Pois é como eu estou. Ansiosa para que o Noah chegasse na minha casa e me dissesse de uma vez por todas o que se passa na mente dele.

Afinal, ele não disse claramente que aceitava. Mas ele deu a entender, eu não sou louca.

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Noah Pov.

Paro em frente a casa da Diarra, tentando me convencer a não da a meia volta e ir embora.

Por um lado eu tenho pena dela, coitada, nenhum homem se apaixonaria por ela, não com essa personalidade.

Mas eu também tenho pena de mim, como vou aguentar ela por um ano inteiro? Nem nos meus piores pesadelos imaginaria isso. Na verdade eu acho que os pesadelos são bem melhores do que essa minha realidade.

Mas eu não posso voltar a trás, mesmo  odiando muito ela. Eu já fingir ser o namorado dela na frente da irmã, que é bem intrometida, não seria tão ruim e deixar ela sozinha. Mesmo que ela mereça isso..

Respiro fundo e aperto o interfone.

A porta abre, como se ela estivesse me esperando em frente a porta.
Provavelmente estava pela cara ela. Ela é mesmo desesperada.

- Boa noite. - Digo.

- Entre. - Ela me dá espaço. Poderia ter respondido o meu boa noite.

Entramos e eu deixo minha mala do lado da porta.

A casa está todo iluminada por luzes brilhantes, imagina a conta de energia que vem no final do mês?

- Você aceita mesmo? - Diarra me pergunta com a voz autoritária.

- Se eu não aceitasse, não estaria aqui. - Respondo. Já que ela não quer ser educada, eu também não vou ser.

Vejo ela revirar os olhos e passar por mim pisando firme. 
Reparo a roupa dela, é uma roupa casual. Normalmente ela veste vestidos sociais ou ternos Quando aparece no café. Mas hoje ela está de shorts e uma camisa florida, cabelos soltos e sem maquiagem. Parece até mais humana.

- Vou te mostrar a casa. - Ela diz me olhando seria.

- Certo. - Respondo acompanhado ela. Apesar de que eu já vi alguns cômodos, como a cozinha, e o quarto dela. Mas ela me mostrou a casa toda, que é maior do que eu imaginava.

Eu fiquei em silêncio durante o pequeno tour, só respondia o nescessário. Eu estou desconfortável.

Mesmo aceitando, não dá para negar o quanto nós dois não somos compatíveis e parece que a qualquer hora uma bomba vai explodir.

Voltamos a sala eu me sentei em um dos sofás. Diarra sentou no chão, com papel e caneta que ela tinha pegado no escritório.

- Eu acho melhor estabelecermos regras para o convívio.  - Ela diz.

- Você já gosta de contratos não é? Nunca assistiu filmes? Sempre alguém descobre o contrato e isso nunca acaba bem. -Respondo.

- Eu sou advogada e sei muito tem que palavras podem ser mudadas, mas o que é escrito no papel permanece. - Ela me olha. - E você está assistindo filmes de mais, quem se importa se nosso casamento é de contrato ou não? A não ser que você tenha uma ex maluca que não te superou.

- Não tenho. - Respondo.

- Melhor ainda. - Ela diz. - Primeira regra. Não entrar no quarto um do outro. É isso que você quer, não é? - Ele me olha e eu concordo.  - O que mais?

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