Nove.

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O ônibus para na estação e eu desço.
Estico o meu corpo meio incomodado, esse ônibus é desconfortável.  Pego o meu celular pronto para ligar para minha amável noiva. Mas escuto alguém me chamar.

Me viro em direção a voz e me deparo com uma Mary sorridente.

Por que ela está aqui?

- Oi, cunhadinho. - Ela diz me abraçando. - Como vai?

- Bem. - Digo sem graça.  - Que surpresa.

- Diarra não pôde vir, então eu vim. - Ela sorri. - Minha vó também chegou hoje, ela está como meu pai, vamos até eles.

A acompanho sem reclamar.

Ela e a irmã são tão diferentes. As duas são lindas mas Mary ficou com toda a simpatia.
Confesso que estou curioso para saber com quem elas se parecem.

Diarra não me falou sobre o pai, e a mãe... Só quando estava bêbada.

Nos aproximamos de um homem e uma senhora.

O homem é forte e um corpo grande. Ele deve ser o pai delas.

Já a senhora idosa está em uma cadeira de rodas, reparo que como a Diarra disse, ela não tem uma perna. Coitada.

- Pessoal, esse é o Noah. - Mary diz me apresentando. -  Noah esse é o meu pai, e minha vó.

- Prazer em conhecê-lo Noah, só ouvi falar de você nas últimas semanas. - O homem diz em um tom de brincadeira e eu dou um sorriso segurando sua mão. - Estava curioso sobre o homem que deixou a minha filha apaixonada.

Apaixonada? Eu deixo Diarra com muitos os sentimentos mas apaixonada já é demais.

- Eu também. - Respondo sorrindo. - Diarra me falou muito de vocês, de todos. Estava ansioso para conhecer a família. - Me abaixo encarando a senhora na cadeira de rodas. - Ouvi falar da senhora também,  Diarra sempre fala com carinho da vó.

- Pode me chamar de vó, como todos. - Ela dá um sorriso. - Você é lindo, combinada com minha linda Diarra.  Você trata ela bem?

É... Mais ou menos.

- Com certeza. - Minto.

- Isso é tudo o que importa. - Ela diz. - Minha Diarra é tão doce espero que ela seja feliz nesse casamento.
Vamos Mary, estou cansada.

- Claro vovó. - Mary diz e vem empurrar a carreia.

- Nossa casa não fica tão longe. - O pai delas me fala. - Tenho certeza que está com saudade da sua namorada.

- Nós nunca ficamos tanto tempo longe. - Digo.

Não é mentira. Diarra vai todo dia no meu café. Não que isso seja uma coisa boa. Preferia que ela não fosse lá.

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- É o carro da Di. - Mary diz assim que para o carro em uma das casa. O carro da Diarra está vindo atrás.

Descemos todos juntos e eu ajudo com a senhora pegando a cadeira de rodas no porta malas.

- Obrigada Noah. - A senhorinha me agradece e eu dou um sorriso. Eu gosto dos idosos e ela parece ser tão carinhosa. Assim com o pai e a Mary... Diarra definitivamente não puxou a eles.

O carro da Diarra para e duas senhoras mais novas saem e depois um homem.

Diarra esta sentada no banco do motorista.
Ela demora um pouco para abrir a porta. Parece que está com problema.

Dou um passo em seu direção mas o homem loiro foi mais rápido. Diarra dá um a mão a ele e ele a ajuda a levantar. Ele puxa e Diarra perde o equilíbrio.

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