Trinta e dois.

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O tempo não amanheceu bom. O céu está nublado e eu acordei com uma sensação estranha. Talvez seja por causa do caso, mas em todos os casos Noah conseguiu convencer ao senhor Collins que ele deveria me acompanhar nessa viagem.
Por isso ele está com a gente nessa Van.

A cidade é afastada, mas é perto da minha cidade natal isso é muita coincidência. 

O detetive e o investigador me contaram em detalhes do que descobriram sobre o paradeiro da bebê.
Disseram que uma criança foi encontrada quase na mesma época que a filha do sr° Collins  abandonada.

Eu fico com pena, ela era só um bebê recém nascido e foi abandonada como se fosse lixo pela própria mãe.
Coitadinha. Espero que ela esteja bem quando a encontramos .

Senhor Collins esta ansioso no banco da frente, eu podia ver o nervosismo em seu rosto.  Ele também deve estar sofrendo procurando a filha.

Será que quando eles se encontrarem, ela vai querer saber do pai biológico? Senhor Collins é um bom homem e qualquer coisa teria muita sorte de ter ele como pai. Eu espero que a filha não fique tá chocada quando descobrir a verdade.

- Docinho. - Noah me chama baixo me tirando dos meus pensamentos. - Quando vamos chegar?

- Em algumas horas. - Respondo. A cidade é distante. E está chovendo por isso temos que ir mais devagar para não causar um acidente. - Por que? Está com fome?

- Não muito, mais meu bumbum está pinicando.

Dou risada vendo ele se mexer do meu lado.

Eu não posso fazer nada, este terá que esperar a gente chegar, ele que quis vir.

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Quase seis da noite paramos no hotel que ficamos hospedados da última vez. Demoramos quase o dia todo para  chegar e nessa horas ninguém irá querer nos atender, vamos ter que espera até amanhã para ver se conseguimos falar com o pessoal da central de pessoas desaparecidas.

- Senhor Collins parece estar bastante chateado. - Noah diz mexendo na mala.

- É óbvio, tudo deu errado, o pneu furou e a chuva não ajudou em nada, devemos torcer para que amanhã esteja fazendo sol. - Respondo sentada na cama checando os meus e-mails. - Ainda mais que é a filha dele, ele está desesperado para saber como ela está. Você não ficaria?

- Claro. - Noah diz deitando na cama e depois me abraça na cintura. - Se fosse nossa filha eu estaria morrendo de preocupação.

- Nossa filha? - Olho para ele estranhando. - Vamos ter uma filha?

Nunca falamos sobre filhos.
Na verdade nunca falamos em nada que envolvesse nosso futuro.

- Uma filha, um filho ou dois, eu não me importo. - Ele sorri e depois beija o meu joelho. - Por tanto que seja nosso.

Mas eu não sorri de volta, eu não quero ter filhos. Nem um, muito menos dois.

Nós dois estamos casados, perante a lei, mas estamos namorando... Né? Quer diz, só dissemos que gostamos um do outro e ficamos juntos. Não ouve pedido de casamento, nem de namoro. Só estamos juntos...

- O que foi? - Noah me pergunta.

- Eu não sei se quero ter filhos. - Respondo e ele levanta se sentando do meu lado. - Você nunca me disse nada.

- Pensei que você soubesse que eu gosto de crianças. - Ele diz simples. - E é natural casal ter filhos, eu não tô dizendo que devemos ter um filho agora... Podemos pensar nisso daqui a alguns anos.

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