Trinta.

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Qual a probabilidade de eu ter batido na minha sogra no meio do mercado?

Por que essas coisas tem que acontecer logo comigo?

Noah se aproxima de mim me olhando confuso e eu não sei o que fazer, por que de todas as pessoas essa mulher tem que ser a mãe do Noah?

- Você é o marido da senhora Sylla ou o filho da senhora Urrea? - O policial Pergunta ao meu marido.

- Os dois. - Noah diz. - O que está acontecendo?

- Espera... Vocês são parentes? - O policial revesa o olhar entre a mulher do meu lado e eu. Como explicar essa situação?

Noah me olha zangado, por que ele está zangado comigo? Não fui eu que comecei toda essa bagunça.

- Desculpe, senhor polícial. - Noah diz ao homem. - Prometo resolver essa situação.

- Então vão desistir do processo? - O cara de farda me olha e eu concordo e a mãe do Noah faz a mesma coisa. - Okay, só precisam assinar esses papéis e podem ir.

Me aproximo da mesa e coloco a minha assinatura.

Depois de tudo não demos uma só palavras, eu não consegui nem encarar a mãe do Noah, apesar de eu estar certa, não parece que as coisas vão terminar bem para mim.

Abraços os meus braços e espero os dois um pouco mais afastada.

Eu ainda não consigo acreditar na minha falta de sorte. Como uma coisa dessa pode acontecer comigo?  De todas as pessoas do mundo porque logo a mãe dele?

O universo deve mesmo me odiar.

- Vamos. - Noah me chama e eu o acompanho para fora da delegacia.

Quando chegamos perto do carro havia um homem encostado nele, provavelmente é o pai do Noah.

- Querida, você está bem? - Ele pergunta a mulher e a abraça. Que fofo.

- Alguém pode me explicar o que aconteceu? - Noah pergunta irritado. Mas eu não falo nada.  E parece que a senhora Urrea também não. - Ninguém vai me explicar por que eu tive que vir buscar a minha esposa e a minha mãe em uma delegacia?

Ele está realmente bravo, se o assunto não fosse tão sério eu iria ir da cara dele.

Mas como eu sou uma adulta civilizada e madura eu não faço.

- Ela que puxou o meu cabelo primeiro. - Digo.

- O quê? - A Mulher me olha chocada. - Você que roubou os meus morangos.

- Eu não roubei nada. - Me defendo. - Eu peguei os morangos primeiro, você que começou a brigar.

- Por que eu tinha visto os morangos primeiro. - Ela diz.

Essa mulher é louca.

- Já chega! - Noah grita. - Vamos para casa.

Então ele entra no carro e eu o sigo passando a mão no meu couro cabeludo dolorido. Para uma velha ela tem uma força impressionante.

Seguimos o caminho todo em silêncio.
Quando chegamos em casa eu subi para a meu quarto. O jantar de hoje já foi todo arruinado mesmo.

Tomei um banho e vesti o meu pijama, eu estou tão irritada com isso.  Tenho certeza que perdi metade do meu cabelo naquele mercado. Me jogo na cama e fico encarando o teto.

Como vai ser a nossa relação agora? Eu queria ter uma relação boa com a mãe do Noah, por que desta vez eu realmente quero ter uma relação de verdade com alguém.

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