04 - caixinha de supresas

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Antoinette Topaz point of view

Saio do motel o mais rápido possível, antes que a loira que dormi noite passada acordasse.

Antes de sair deixo tudo pago.

Eu estava atrasado para o trabalho. E só de pensar em ver Cheryl revirando os olhos por isso, um sorriso divertido nascia em meus lábios.

Depois de passar em meu apartamento e tomar um bom banho, saio apressado até o prédio de Cheryl.

Ajeito minha roupa enquanto o elevador sobe. Quando as portas do mesmo abre, a vejo numa conversa aparentemente animada com Sweet pea. Me aproximo.

– Bom dia! – cumprimento. – Marjorie. – sorrio e ela revira os olhos. – Sweet pea. – ele acena com a cabeça.

– Está atrasada! – ela resmunga.

– Bom, pode ir, Sweet pea! – ele assente e se despede, saindo em direção ao elevador.

Olho para Cheryl que estava encostada na soleira da porta e noto que estava arrumada. Vestia um vestido vermelho de alcinhas leve, que vinha até o meio de suas coxas. Franzo o cenho.

– Vai sair? – questiono. – Que eu saiba hoje é sábado, então... Nada de faculdade. – provoco.

Ela revira os olhos mais uma vez.

Merecia umas boas palmadas por isso!

Balanço a cabeça negativamente e afasto esses pensamentos.

– Vou ao shopping! – ela olha no relógio de pulso. – Quer dizer, eu já deveria ter ido, se não fosse uma certa segurança idiota. – ela dá de ombros e anda até o elevador, mas antes tranca a porta do apartamento.

A sigo.

– Se referindo à mim, Marjorie? – debocho.

Entramos no elevador.

– Só trabalho com fatos e o fato é, com toda certeza, que você é uma idiota. – dá de ombros e digita algo no celular.

Reviro os olhos dessa vez.

Ela tinha o prazer de me desafiar.

--×--

Estaciono em uma das vagas do estacionamento do shopping e desço do carro para abrir a porta de Cheryl, mas ela logo estava fora dele. Bufo.

A encaro por alguns instantes e percebo que eu nunca poderia negar o quanto Cheryl era bonita.

Ela desamassa o vestido e me pega a encarando. Cruza os braços debaixo dos seios e franze o cenho.

– O que foi?

– Nada! – franzo o cenho. – Vamos? – ela me encara por alguns segundos, mas logo assente e sai andando à minha frente.

Reviro os olhos. Não devia ter aceito esse trabalho. Desde o começo eu sabia que vigiar mais uma garota mimada daria em inúmeras idas e vindas em lojas, shoppings e boutiques. E com toda certeza, com Cheryl não era diferente.

A sigo e ela anda em passos decididos até uma loja de brinquedos infantis.

Franzo o cenho.

Entro juntamente com ela e me pergunto o que ela estava fazendo em uma loja de brinquedos.

Ela pega alguns brinquedos e sorri com cada um que coloca em uma cestinha.

– Não sabia que tinha fetiche por brinquedos infantis. – provoco e sorrio.

Meu porto seguro - ChoniOnde histórias criam vida. Descubra agora