06 - Festa

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Antoinette Topaz point of view

Eu realmente queria saber quem verdadeiramente era Cheryl Blossom. Ela mostrava o quanto era diferente das pessoas que era acostumada a viver e isso estava me deixando confusa.

Entramos na festa e logo somos recebidos por seu pai.

– Olá, minha menina! – seu pai a abraça.

– Oi, pai! –ela sorri.

– Como vai, Antoinette? – pergunta quando se desvencilha de Cheryl.

– Bem e o senhor?

– Só Clifford. Já disse que não sou velho! – resmunga me fazendo rir, assim como Cheryl.

– Desculpe! – sorrio.

– Não vai nos apresentar, papai? – ouço uma voz feminina e vejo Cheryl revirar os olhos.

Como gosto quando faz isso!

Duas mulheres param ao lado de Clifford. Uma delas, sela os lábios no mesmo, que presumo ser sua esposa. A outra, parecia ter a mesma idade de Cheryl.

– Esse é a nova segurança de Cheryl, Antoinette Topaz. – aceno com a cabeça.

Olho para Cheryl e vejo o quanto ela estava desconfortável com a presença das duas.

– Essa é Carmen, minha esposa. – aponta para a mulher mais velha. – E essa, minha filha, Scarlett.

– Prazer! – sorrio.

– O prazer é nosso, Toni! – Scarlett sorri sugestivamente.

Cheryl suspira e tento segurar o riso.

– Já volto, meninas! – Clifford diz e todas assentem. – Toni. – acena e sai.

– Não sei como consegue ficar com Cheryl. Ela tem uma vida tão entediante, por Deus! – Carmen ri irônica e percebo ruiva se encolher.

– Sim, mamãe! Seria uma boa ideia se tornar a minha segurança. Seria bem mais... Interessante. – acaricia meu braço. – Tenho certeza que Cherylzinha não irá se importar, não é, querida? – a encara.

– Obrigada, senhorita! – me afasto de seu toque. – Mas estou satisfeito com o meu posto. Marjorie é uma ótima companhia.

Cheryl sorri de lado e abaixa a cabeça. Scarlett revira os olhos e dá de ombros.

– Se mudar de ideia! – sorri. – Vamos, mamãe?

– Claro, minha linda! – Até mais, Toni! – dou um sorriso sem mostrar os dentes. – Cheryl.

Elas duas saem e vejo a ruiva suspirar pesadamente.

– Sou uma boa companhia, Topaz? – ela sorri lindamente.

– Às vezes! – dou de ombros e ela ri.

– Boba!

Vejo seu olhar percorrer por toda festa. Como se procurasse por alguém.

– Procurando alguém?

– Bom, sim! – ela sorri. – Minerva disse que estaria aqui, mas ainda não a encontrei.

Suspiro e a ajudo a encontrá-lo.

– Ela está bem ali! – aponto para a mesa onde Minerva está rodeado de pessoas.

– Obrigada! – ela sorri. – Bom, ela me parece ocupada. – ela sorri fraco.

Assinto.

– Pode aproveitar a festa, Toni! – sorri. – Eu vou ficar bem aqui. – se senta. – Vou esperar por ela.

Assinto relutante e ando até uma mesa de bebidas.

Me encosto na parede e observo Cheryl longe.

--×--

Já haviam se passado 2 horas de festa e eu ainda permanecia no mesmo lugar. A observando.

Se passaram duas horas e Minerva ainda não havia lhe dado a mínima atenção, e isso me deixou furiosa. Apenas a cumprimentou com dois míseros beijos na bochecha e fez um sinal para que ela esperasse.

Ela não percebia a mulher que tinha?

Ela estava sentada no mesmo lugar. Passava suas mãos pelos seus braços, como se estivesse com frio. Mas eu sabia o que ela estava sentindo. Ela amava aquela babaca.

Me aproximo.

– Cheryl? – ela me olha e sorri fraco. – Ela...

– É, eu sei! – mexe em seus cabelos e olha para baixo. – Ela está um pouco... Ocupada. – olha mais uma vez para Minerva que conversava animadamente com duas mulheres.

Ela se levanta e pega sua bolsa.

– Onde você vai? – pergunto e ela suspira.

– Só me tira daqui! – ela pega em minha mão e me puxa apressadamente para fora.

Entramos no carro e eu dou partida no mesmo.

– Você está bem? – pergunto.

– Sim, apenas com muita fome. – rimos.

– Eu também!

– Que tal uma pizza? – pergunta.

– Eu acho ótimo! – ela sorri.

– Então acelere!

--×--

Me sento em uma das banquetas, enquanto a vejo cortar os pedaços da pizza. Ela estava apenas com uma blusa enorme, que ia até metade de suas coxas. O cabelo preso em um coque mal feito e seu rosto livre de maquiagem. Mas mesmo assim, ela continuava linda.

– Nada de pratos ou talheres? – debocho quando a vejo pegar um pedaço de pizza com a mão.

Revira os olhos.

– Não seja tão fresca, Toni! – ela ri.

A acompanho e pego um pedaço de pizza também com a mão.

– Que delícia! – ela diz de boca cheia, me fazendo rir.

– Que feio, Blossom! – faço uma careta.

– O quê? – limpa a boca com a mão, me fazendo rir ainda mais.

– Com toda certeza você não é sinônimo de boas maneiras. – rio e ela me mostra o dedo do meio, sem deixar de rir também.

Paro e admiro seu rosto.

Como ela conseguia ser assim, cativante, com o seu jeito de agir e linda, sem qualquer vestígio de maquiagem ou roupas caras?

Ela para e me pega a encarando. Inclina a cabeça para o lado e sorri.

– O que foi? – pergunta quase num sussurro.

Encaro seus lábios avermelhados e convidativos. Sou tirado de meus devaneios por batidas na porta.

– É-é melhor eu ir! – me levanto. – Deve ser Sweet pea. – ela assente e me acompanha até a porta.

– Obrigada por hoje! – ela sorri e beija minha bochecha.

Fecho os olhos com o contato de seus lábios contra a minha pele.

É um simples contato, Toni, não seja idiota!

Me despeço dela e de Sweet pea e entro no elevador. Repiro fundo.

O que estava acontecendo comigo?

Balanço a cabeça negativamente.

Nada melhor do que uma boa transa para esquecer, Cheryl Blossom.

Meu porto seguro - ChoniOnde histórias criam vida. Descubra agora