Blank Space [Tom Hiddleston × You]

Decadências

'Tom Hiddleston'

Eu sabia que não estava em casa só pela horrível sensação de mau estar hospitalar que esse lugar me proporcionava. Eu estava acordado faz tempo, mas só consegui abrir os olhos minutos depois. O teto branco, o frio, o silêncio, o cheiro de doenças e morte. Esse é o hospital que eu visitei nos últimos anos depois que eu soube que nada mais tinha sentido. Acelerar o processo da minha morte foi a coisa mais difícil que eu já tentei fazer em toda a minha curta existência.

Flashes das cenas da noite anterior me assombravam.

Virei o rosto por breves instantes vendo a idiota do meu lado. O que essa estúpida fazia aqui? Ela dormia no sofá de visitas. Mas por breves segundos eu me senti seguro, um calorzinho invadiu meu peito.

"Acorda!" – joguei o copo com água que estava ao meu lado.

A garota se acordou com um pulo e me olhou assustada. Foi engraçado, mas não ri.

"Por que fez isso?!" – ela me olhou irritada.

"Tentei te chamar, mas não consegui te fazer acordar. Estou dolorido". – menti. A expressão dela se suavizou.

"Precisava disso? Meu Deus você é horrível". – ela disse vindo até mim. "Como o senhor está?"

"Dolorido, está surda?"

Ela revirou os olhos e eu entrei em colapso mental.

"Quando eu melhorar você vai me pagar. Chame a enfermeira".

Ela parecia irritada. Quando ela saiu me senti cruel demais, mas a vida foi ainda mais dura comigo, o que me deixa menos culpado. Quando a enfermeira entrou, ela segurava uma bandeja com aquela comida nojenta.

"Aqui está..."

"Eu não quero essa comida". – disse me confortando na cama dura.

"Senhor, coma logo".

"Eu não quero nada desse hospital imundo. S/n, me prepara algo, pode ser qualquer coisa, desde que seja vinda das suas mãos".

A enfermeira me olhou com um olhar mortal. Quando minha empregada saiu, pude ser claro com a outra serviçal.

"Não a por que me olhar assim. Pessoas como eu pagam seu salário, enchemos o seu bolso e o do governo. O mínimo que deviam fazer era uma comida decente".

S/n chegou minutos depois com um suco e torradas integrais nojentas. A enfermeira saiu.

"Eu não quero". – disse me cobrindo.

"Mas você vai comer". – ela retirou o lençol que me cobria. "Pelo amor de Deus, pare de ser insuportável! Coma logo e cale a boca!"

O que é isso? Um motim?

"Garota, você não sabe com quem está brincando". – dei um riso fraco sem humor, estava possesso. Essa garota estava me desafiando.

"Estamos fazendo tudo pelo senhor, ninguém merece ser tratado assim. O senhor vai calar a droga da boca e fazer o que os enfermeiros mandarem. É o mínimo que teria que fazer depois de terem salvado sua vida".

Ri.

"Não mandei ninguém me trazer aqui. Não pedi ajuda de vocês".

Uma onda gelada de suco invade meu rosto. Essa vaca não fez isso, ah haha, ela não fez.

"Some daqui sua vadia! Some da minha frente!" – disse me levantando e indo até ela. "Você não trabalha mais para mim".

Segurava seus ombros com força quando a empurrei longe de mim.

"Não encoste em mim!"

Ela me empurrou de volta. Mais uma vez a empurrei em resposta, tão forte que eu fiquei cego de ódio. Me arrependi quando vi que a machuquei. Antes de pedir desculpas ela veio para cima de me dando tapa, me xingando. Muito mais forte que eu. Nunca vi uma mulher ser mais forte que um homem, me deixou um tanto assustado.