O mistério continua

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Se você acha que a vida desse homem não pode piorar, é melhor não ler os próximos capítulos.

A tarde ele acordou. Ele vomitou tudo o que comeu. Ainda bem que foi na privada e não sujou nada. Ele estava ardendo em febre, outra vez, normalmente ele nunca adoecia, mas do nada a cada dia era um problema diferente.

"Tem certeza que não comeu algo diferente enquanto eu estava fora?" – disse ligando para o médico. "Me diz o que você fez quando estava sozinho".

"Macarronada ao molho". – ele diz tomando chá.

Conversei com o médico, e pelos sintomas ele só tinha comido algo provavelmente estragado. Não necessitava visitar o hospital.

"Ele disse que não era nada demais e..."

"Nada demais?!!!" – ele levantou da cama. "Eu estou morrendo. Minha barriga está doendo e eu não aguento mais vomitar! No mínimo eu teria que ser internado!"

Meu Deus, que caía um raio na cabeça desse homem. Amém.

"Para de drama. Todo mundo pode ficar doente da barriga. Tem mais algum sintoma? Dor de cabeça, diarréia?" – ele me olhou de cara fechada.

Ele é tão perfeito que eu não consigo imagina-lo fazendo cocô, imagina tendo diarréia. Mas enfim, fiz o que pude.

"Pode andar um pouco lá fora, tomar sol, respirar ar puro". – puxei a cortina e o quarto se iluminou. Senhor Hiddleston estava parecendo o Edward do crepúsculo. Branco e brilhante. Assim como um vampiro ele se escondeu debaixo dos lençóis. "Vai ver é por isso que está sempre doente. Não sai de casa, não socializa. Parece um adolescente emo".

"Pelo menos eu transei esse ano". – ele disse e eu joguei uma almofada nele.

"Pelo menos eu tenho amigos".

"Quer mesmo jogar sujo?" – ele saiu debaixo dos lençóis.

"Bom, você bem que podia conhecer alguns amigos meus e..."

"Credo, eles devem ser um bando de animais". – ele me corta.

"Dá pra parar? Sempre que eu tento de ajudar você me acerta uma pedrada. Qual seu o problema?"

"Você é o meu problema".

"Eu sou a sua solução". – disse e ele riu.

"Você é hilária". – ele manteve o sorriso. "É por isso que eu gosto de você. É insuportável, mas é engraçada".

"Eu sou insuportável? Eu?" – coloco a mão em meu peito. "Não sou eu que faço exigências ridículas".

"O que você quer dizer com isso?" – ele me encara desconfiado.

"Que o senhor é muito fresco".

"Não sou fresco. Você que é uma estúpida".

"Eu? Pelo amor de Deus, o senhor é tão insuportável que nem a morte te quer! Se continuar assim vai viver pra sempre".

"Ótimo, serei eternamente rico".

"E sozinho".

Ficamos em silêncio por um bom período de tempo.

"Você é mesma irmã de Isabella?" – ele muda de assunto.

"Sim. Como ela era quando trabalhava aqui?"

"Bem melhor do que você. Isabella sabia se comportar, e não era infantil. Era madura".

"E quer dizer que eu sou o contrário".

Ele riu sem humor.

"Eu preferia ela do que você".

Toma, vai de novo ajudar esse cavalo.

"Quer que eu ligue pra ela para você de rastejar ao pés dela como fez comigo?"

Ele quer jogar sujo, então vamos jogar sujo.

"Você é patética". – ele revirou os olhos.

"Senhor Hiddleston. O senhor gosta de mim? Por que as vezes, bem raramente na verdade, o senhor me trata bem. Depois me trata mal outra vez. Eu não entendo".

Ele pareceu pensar.

"Você me lembra muito Isabella. Eu gostava muito dela".

"Mas eu estou falando de mim. O senhor gosta de mim?"

Ele lutou para me olhar.

"Se eu não gostasse, não iria pedir para voltar".

Inteligente.

"Posso perguntar uma coisa, já que estamos tendo a mais longa conversa que já tivemos?" – ele me ignorou. "Por que tem um quarto branco vazio no corredor?"

Ele me olhou. Parecia estar surpreso.

"Some da minha frente".

Ele me colocou para fora.

Blank Space [Tom Hiddleston × You]Onde histórias criam vida. Descubra agora