Capítulo II - O fatia-dróides

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Nove Meses Antes da Ordem 66

O general Kohr-Ann se encontrava no meio do deserto, nenhuma outra forma de vida poderia ser vista numa primeira olhada, mas ele sabia que seus soldados estavam todos escondidos no cânion atrás dele, apenas esperando seu sinal. Foi quando ele avistou, vindo bem de longe, um enorme exército de máquinas, sem vida e sem propósito além da própria programação. O único objetivo delas era espalhar o terror pela galáxia, e o dele era proteger os cidadãos desses seres desalmados. Preparado para o que viria em seguida, ele vendou seus olhos.

O primeiro tiro das máquinas foi disparado por um canhão na direção do general, mas atingiu o chão, espalhando poeira e areia em volta dele. Nada poderia derrubá-lo ou abalar sua fé, pois a Força o protegeria, ele era um Jedi. Seu sabre de luz foi tirado da bainha, ligado, e sua lâmina verde iluminou a nuvem de poeira. Esse era o sinal que seus soldados estavam esperando.

Centenas de soldados clones saíram de trás do cânion, avançando para a batalha, e de uma hora para outra o deserto pacífico foi transformado em uma zona de guerra. Os dróides também avançaram, logo os dois exércitos se encontraram, e Kohr-Ann fatiou todos os inimigos que viu pela frente, com elegância e poder, sem relutância nem misericórdia. Máquinas não mereciam receber tais condolências.

Limpando o caminho, ele prosseguia com seus aliados a caminho da base inimiga sem muitas dificuldades, até que chegaram no enorme estabelecimento cercado de dróides destroyers. Aqueles sim geraram dificuldade para Kohr-Ann e seus soldados, que tiveram que procurar proteção atrás dos destroços de um tanque da República.

— O QUE DEVEMOS FAZER, GENERAL!? — Gritou seu capitão, em meio aos sons ensurdecedores da batalha. — NÃO PODEMOS AVANÇAR COM ESSES DESTROYERS NO CAMINHO!

— MANDE TRAZEREM OUTRO TANQUE PARA CÁ, O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL!

— NÃO PODEMOS, OS CANHÕES DELES O DESTRUIRÃO, COMO ACONTECEU COM ESSE A NOSSA FRENTE!

Kohr-Ann tirou a venda, analisou a situação, observou os canhões (eram dois, um em cada ponta do portão da base) e teve uma ideia. Olhou para os soldados a seu lado e gritou: — TRAGAM ESSE TANQUE PARA CÁ IMEDIATAMENTE, E ME DEEM COBERTURA! 

Ele então correu para a frente dos destroyers, desviando os tiros com seu sabre de luz, e seus soldados conseguiram distraí-los por alguns segundos para que o general fizesse o que tinha em mente. Ele estendeu suas mãos e usou seu poder da Força para girar os canhões, fazendo com que atirassem um no outro. Um grito vindo do fundo de sua alma foi ouvido, expressando tamanho esforço que a situação exigia, até que os canhões finalmente foram destruídos. Os destroyers começaram a atirar nele, que conseguia desviar os tiros, mas estava cansado demais e foi atingido no ombro. Antes que algo pior acontecesse, o tanque finalmente apareceu e os destroyers foram transformados em sucata. A área estava limpa de inimigos, e os clones correram na direção do general para checar seu estado.

— Estou bem, não se preocupem — Ele disse. — A batalha ainda não acabou, meus amigos, estamos quase lá! Pela República!

— Pela República! — Responderam seus soldados.

O tanque derrubou o portão, e assim as forças da República avançaram. O lugar parecia calmo, era uma espécie de monastério, evacuado por seu povo antes das forças separatistas invadirem e transformarem em uma base militar. Era o dever de Kohr-Ann, como guardião da paz, devolver aquele lugar para o povo. Enquanto varriam a área, um dróide apareceu de supresa e atirou na direção deles, acertando um soldado clone no peito, que gritou de dor. Depois disso, o dróide saiu correndo.

Star Wars: Honra e DesonraOnde histórias criam vida. Descubra agora