Nono

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Sakura sentia-se bem melhor no dia seguinte. A náusea havia passado e a febre, apesar de resistir, estava baixa. Dormiu a maior parte do dia e, quando acordou, Naruto a lhe fez uma canja de galinha, o que a fez torcer o nariz.

- Isso é comida de inválido. Quando vou conseguir comer algo como gelatina ou bananas amassadas?

Naruto estremeceu com a ideia.

- Detesto gelatina, por enquanto é isso que vai comer, querida.

- Está bem. - concordou Sakura, facilmente, estampando um sorriso luminoso na face pálida. - Esquecerei a gelatina se me deixar tomar um banho e lavar os cabelos.

Naruto começou a protestar, mas ela já adivinhara sua resposta e a luz pareceu se apagar de seu rosto. Ele deixou escapar um suspiro resignado, percebendo que Sakura estava muito fraca para tomar banho sozinha, mas podia entender como se sentia.

- Eu a ajudarei depois que terminar de tomar a canja - concedeu Naruto. No mesmo instante o sorriso retornou ao rosto de Sakura.

Se Naruto esperara qualquer sinal de vergonha pelas coisas que ela dissera, ficou desapontado. Pensara que Sakura talvez não se lembrasse daquela noite claramente, porque estava com febre e desorientada, mas desejava que ela se recordasse.

- Lembra-se o que conversou comigo na noite passada? - Murmurou ele, para se certificar.

Pela primeira vez em dias a face de Sakura corou, mas ela desviou o olhar. Recostou-se aos travesseiros e o encarou.

- Sim, lembro.

- Ótimo - foi tudo que Naruto disse, antes de encher uma banheira com água quente, carregá-la até o banheiro e, com muito cuidado, imergi-la na água. Recostando-se à parede, observou-a se ensaboar, pronto para retirá-la de lá caso mostrasse qualquer sinal de que iria desmaiar.

Sakura terminou o banho sem nenhum incidente e ergueu os braços para que ele a ajudasse.

- Terminei. - A naturalidade com que ela esticou os braços em sua direção somada ao modo como o movimento ergueu os seios fartos roubaram o ar de Naruto. Retirando- a da água, colocou-a de pé em frente a ele e a enrolou em uma enorme toalha felpuda.

- Agora meus cabelos - pediu Sakura, determinada. Em seguida, inclinou-se sobre a banheira e ele lhe lavou os cabelos. Fazia tanto tempo que era difícil desembaraçá-los. Naruto resolveu o problema retirando as roupas e entrando no chuveiro com ela.

- Deveríamos ter lavado seus cabelos primeiro - resmungou ele.

- Desculpe, mas não pensei nisso - disse Sakura, parecendo tão frágil, parada em frente a ele que Naruto não resistiu e a abraçou, encostando-a ao corpo nu. Os braços delicados se fecharam em torno de sua cintura e um suspiro de contentamento escapou dos lábios dela.

- Estou feliz que tenha voltado para casa.

- Hmmm... acho que merece uma palmada por não ter me chamado assim que ficou doente. - protestou Naruto. - Por que não me telefonou?

- Achei que não gostaria de ser perturbado enquanto estava trabalhando. Sabia que não era nada grave, embora Saori estivesse convencida disso.

Naruto hesitou por instantes. Em seguida, ergueu-a até que ela ficasse nas pontas dos pés para lhe tomar os lábios com impetuosidade, com a água escorrendo pelos rostos de ambos.

- É mais importante para mim do que o trabalho - murmurou ele. - É minha esposa e a quero saudável. Se não me chamar da próxima vez que precisar de mim, vou lhe dar mesmo umas palmadas.

- Estou tremendo de medo - provocou Sakura, fazendo-o lançar um olhar significativo a seus pés descalços.

- Estou vendo.

Eternal LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora