13.

2.6K 320 228
                                    

- Meteors -
Capítulo treze

Kirishima se perguntava se aquilo era realmente uma boa ideia. Bom, era fato que ele tinha uma carinho pelo vizinho loiro, mas como não sabia se ele sentia o mesmo, o deixava angustiado.

Ele pegou um conjunto de lençóis e subiu até o terraço onde viu bakugou ajudando o resto do grupo a arrumar o cantinho deles. O plano deles era assistir a chuva de meteoros na praia, mas logo mudaram de ideia quando Kaminari deu a ideia de irem ver de cima do terraço do prédio.

Eijiro deixou os lençóis no chão perto da porta e se aproximou do amigo

— Bakugou, eu posso falar com você um pouquinho? — O ruivo chamou e o outro concordou com a cabeça e foi até o vizinho

— O que foi? Aconteceu alguma coisa?

— Não! É que eu queria perguntar se você não quer ficar um pouquinho na praia comigo antes da chuva e pá

Katsuki ergueu uma sombrancelha, mas concordou em ir com ele.

Os dois desceram as escadas e ficaram em frente ao portão de entrada da praia, esperando que o porteiro abrisse a porta para eles.

— Deixa o sapato aqui na porta, eu queria caminhar um pouquinho, se não tiver problema — O outro se abaixou para tirar a Crocs e Bakugou logo tirou os chinelos, o deixando ao lado dos de Kirishima

Ambos passaram pelo calçadão que ia até metade da área da praia do condomínio começaram a caminhar em silêncio

O escuro da noite, a única luz era a da lua cheia refletindo no mar. Ejirou parou em frente a ele, o observando como se fosse a oitava maravilha do mundo.

Katsuki o observava. O cabelo ruivo solto balançando por conta do vento junto com seu blusão. Cada simples momento juntos era perfeito

Ejirou Kirishima era perfeito.

O ruivo se aproximou do mar e colocou os pés na água. Ele permaneceu em silêncio por um ou dois minutos até que disse algo

— Você já foi no mar a noite?

— Nunca, pelo menos que eu me lembre

— A água é quente. Vem, vou te mostrar — Ele foi até o ruivo e encostou os pés na água. Era realmente quente

Ambos ficaram lá, em silêncio, um ao lado do outro até que Ejirou começou a andar mais pra dentro do mar, fazendo a água chegar na barriga

— Ejirou, sai daí! Eu não sei nadar viu!

— Se diverte um pouco Katsuki! Venha pra cá!

Com receio, o loiro obedeceu Ejirou. Ao chegar perto dele, o ruivo começou a jogar água no amigo enquanto ria

O outro fez o mesmo, e quando menos esperavam, os dois estavam fazendo uma guerra de água. Estava tudo bem até que Kirishima escorregou e caiu dentro da água, se levantando totalmente encharcado.

Eles riram e foram um pouco mais pra perto da beira da praia, onde se sentaram na areia enquanto a água ainda molhava seus corpos.

— A gente poderia fazer isso mais vezes... Sabe, não só quando o pessoal vem pra cá, poderíamos ficar juntos mais vezes

— Eu fico com você quando você quiser. Eu moro na sua frente, é só você me chamar que eu vou sem pensar duas vezes

Kirishima sorriu para o vizinho que sorriu de volta. De repente kirishima puxou o amigo pela blusa e apontou pro céu

— Katsuki, Katsuki veja!

— Ver o quê?

— Eu acho que a chuva começou! Fica olhando!

E foi em um instante, vários pontinhos que brilhavam como estrelas começaram a correr pelo céu escuro da noite. Era como mágica

Bakugou olhou para o garoto ao seu lado, sorrindo para o céu, com um sorriso no rosto. Logo ele olhou para o amigo que tinha os olhos vidrados nele. Ejirou então percebeu como estavam próximos um do outro, mas para ele, ainda era longe.

Então, o loiro se aproximou mais e mais do amigo, que não exitou em nenhum momento. Um podia ouvir a respiração do outro, o coração batendo rápido e as borboletas no estômago, estava tudo perfeito

E foi nesse momento que eles uniram seus lábios. O toque do outro fez a pele de Kirishima arrepiar. Katsuki tocou no rosto do colega e implorou que aquilo não seja somente um sonho, e se fosse, ele queria que nunca acabasse.

Quando enfim se separaram, o mais novo enfiou o rosto no pescoço do loiro que sorriu e acariciou os cabelos ruivos de Kirishima

A oitava maravilha do mundo para Eijirou poderia ser o mar, mas para Katsuki, o próprio Ejirou era a oitava maravilha do mundo.

Meteors - Kiribaku Onde histórias criam vida. Descubra agora