Capítulo 25 - O parto!

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― Andreaaaah! ― Miranda falou nervosa enquanto segurava a mão de seu amor.

O parto era o momento mais temido por Andrea e Miranda. Não por estarem tensas pelos bebês. Era Miranda a preocupação. Era seu amor estar preparada para mais uma vez colocar duas crianças no mundo. 

Não poderia ser parto humanizado. Era uma cesariana por conta do parto duplo. Porém, a data estava marcada para uma semana depois dali. Os bebês discordaram. Bebês sempre discordam de nossas escolhas. 

Miranda sentia o calor daquele momento. A emoção de estar gestando mais dois bebês. E tudo que seu corpo demonstrava era afeto mesmo com toda aquela dor. 

Miranda era mãe, mulher e anjo. A escolha de ter novos filhos a tornava tão mãe quanto seu primeiro parto ou a adoção de Aninha. Maternidade, escolha e dedicação. Mães se fazem e são ao longo da vida de um filho a melhor parte.

― Estou aqui, querida.― Andrea disse com seu jeito doce apertando a mão a seu amor no centro cirúrgico. 

Estavam emocionadas e quando a médica entrou com mais dois assistentes e um outro médico foi possível entender que ter gêmeos era uma outra dimensão.

― Eu quero que me prometa que se algo acontecer, vai cuidar das meninas.― Miranda pediu com o coração cheio de amor e medo. 

Dizem que quando uma mãe vai ter um filho, se ela tem outros em casa sua preocupação redobra porque além de querer que seus filhos nasçam bem se preocupa com aqueles que já existem. Mães nem sempre conseguem descansar como gostariam.

― Querida, eu não vou prometer algo assim, você vai ficar bem e vamos cuidar dessa nossa manada juntas.― beijou a mão de seu amor e depois deu espaço para os médicos. 

Sangue, cortes, injeções, tudo ali diante de uma Andrea que odiava hospitais, mas era uma mulher e mãe presente. Suspirou soprando a franja para cima e sentindo a vida escorrer por seu corpo com o frio na barriga. 

Demorou cerca de vinte minutos para o primeiro bebê ser visto por ela. E em seguida o outro surgiu chorando e reclamando do mundo. Andrea não conteve suas lágrimas e Miranda também não. Colados ao rosto da mãe com todo amor apenas para sentirem que eram amados e em seguida levados para os preparativos pós cirúrgicos. 

Andrea limpava as lágrimas diante da imagem de sua esposa que girou a cabeça para olhar no profundo de seus olhos. Eram mães de novo. Mães de dois lindos meninos que elas mudaram de nomes diversas vezes, e por fim teriam que escolher. 

Os médicos pediram a Andrea que deixasse a sala e ela o fez me confiança percebendo que estava tudo em ordem. Foi ao berçário e lá ficou com aquele sorriso bobo que toda mãe tem quando vê seus filhos. 

As enfermeiras tinham sido avisadas de sua condição especial de intersexualidade e que precisava verificar os bebês no ato do nascimento. Estavam bem e as enfermeiras trouxeram os dois até o vidro para que uma Andrea emocionada pudesse ver seus filhos. 

 

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O infinitivo - Intersexual MirandyOnde histórias criam vida. Descubra agora