Capítulo 5 - montanha

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O próximo dia é aula de táticas de combate para Marlon. Os três levantam cedo, Gael faz exercícios físicos antes de tomar seu banho matinal, o clima entre os três ainda está tenso, Gael e Dario não estão se quer olhando nos olhos. Marlon e Gael estão, coincidentemente, na mesma turma nesta disciplina.

—Bom dia a todos – uma professora entra na sala. Todos os alunos na sala são especialistas, exceto por Marlon. – Sou a professora Mariana e eu vou dar aula de táticas de combate.

—Uma professora mulher para táticas de combate? – um dos alunos questiona, os outros começam a rir baixinho.

—Algum problema? – Mariana cruza os braços, imponente.

—Não, problema nenhum – o aluno responde com deboche em sua voz.

—Quer arrumar um? – responde de cara fechada.

—Não... – O aluno fica sério.

—Então fica quieto – a professora estreita os olhos. – Táticas de combate é a teoria da luta, irão aprender a estudar seus adversários, o campo de batalha e como explorar as fraquezas do seu adversário – Mariana escreve no quadro enquanto fala. – Ao fim de cada área haverá uma prova prática. A primeira área que iremos estudar será o estudo do adversário, alguém tem alguma ideia do que isso significa.

—Encontrar pontos fracos – Gael fala em voz alta.

—Elabora isso aí – Mariana complementa.

—Todo mundo tem uma fraqueza, tipo em combates, eu costumo atacar as pernas pra debilitar o movimento adversário – Gael exemplifica.

—Isso aí, algo mais? – Mariana encara a turma.

—Padrões de luta? – Marlon tenta falar, extremamente nervoso, sua voz quase falha.

—Isso ai – Mariana acena com a cabeça. – A primeira aula será sobre isso, padrões de luta. – Mariana escreve esse tópico no quadro. – Quem sabe me explicar o que é isso?

—Notar se o seu adversário frequentemente faz as mesmas ações ou responde os ataques da mesma forma – uma aluna fala, só há duas alunas na turma.

—Isso aí garota, eita turma boa – Mariana parece contente.

—Não deixe uma maçã estragada mudar a imagem da turma – a aluna replica, debochando do aluno que afrontou a professora.

—Fala isso agora, mas fica quietinha quando tava dando pro time de Quibola – o aluno replica.

—Silêncio! – Mariana exclama, uma pequena onda arcana explode de seu corpo. – Não irei tolerar tamanho desrespeito em minha aula mocinho, se retire imediatamente – aponta para a porta.

—Não ligo... – O aluno empurra a mesa com raiva.

—Alguém quer seguir ele? – Mariana cruza os braços.

—Bora Carlos – o aluno chama outro, que se levanta também. Ambos deixam a sala.

—Ótimo – Mariana senta em sua mesa. – Vamos prosseguir. – Mariana se recompõe. – Existem algumas formas de notar padrões de luta, entender isso também os ajuda a evitar que vocês façam isso – Mariana começa a falar. – Imaginem uma situação onde o mago A conjura uma onda arcana, o mago B então conjura uma lança arcana através da onda, fazendo com que a onda do mago A seja dissipada.

Todos da turma estão em completo silêncio, prestando atenção na elucidação da professora.

—Então o mago A conjura uma onda arcana novamente, mas agora ele tem uma carta na manga... – Mariana sorri. – O mago A, esperando que o mago B conjure uma lança arcana novamente, decide completar seu ataque com uma sucessão de bolas arcanas. – Mariana conjura uma onda arcana estática em sua frente e algumas esferas arcanas logo atrás. – Dito e feito, o mago B conjura uma lança arcana novamente . – Ela conjura uma lança no lado oposto da onda arcana. – A lança se dissipa na onda, porém as esferas acertam o mago B – ela desfaz os objetos arcanos que havia conjurado. – Essa é a ideia mais básica de leitura de padrão.

Arcanologia: Domínio NonelementarOnde histórias criam vida. Descubra agora