Capítulo 5

1.9K 170 115
                                    

Sai da empresa desesperada, eu era realmente muito burra. Primeiro, simplesmente ignorei todas as informações que constavam no formulário, e que eu me lembre bem, havia pelo menos uns três lembretes dizendo o quanto era importante checar e-mails. Principalmente se você se tornasse um dos escolhidos.

Olhei em volta pensando no que eu deveria fazer. Ally estava trabalhando ainda, então eu não poderia contar com ela para comprar uma roupa descente para que eu usasse no outro dia. Eu estava realmente desesperada.

Peguei meu celular e abri os contatos, passei número por número, tentando achar alguém que pudesse me salvar dessa enrascada que eu mesma me meti. Margot Robbie. Claro! Margot estudava moda, ela com certeza poderia me ajudar.

Disquei seu número e após chamar quatro vezes ela atendeu.

— Alô? Laur?

— Margot! — Sorri — Como você está?

— Estou muito bem e surpresa por sua ligação. Como você está? Faz tempo que não nos vemos!

— Sim! Muito tempo! Eu estou bem, mas preciso de sua ajuda.

— Diga.

— Comecei a trabalhar com os Cabello's. Entretanto, não faço idéia do que fazer em relação às roupas. Levei uma bronca da dona da empresa hoje, preciso muito de sua ajuda. Urgente!

— Você está com sorte, Laur. Eu estou livre hoje. Vamos ao shopping e eu te ajudo a escolher as melhores roupas.

— Obrigada, Margot. Você não sabe o quanto eu estou desesperada!

— Nos vemos no shopping após o almoço, lá para às 1:30. Pode ser?

— Claro! Obrigada. Beijos.

— Beijos.

Desliguei o telefone dando graças a Deus, eu não saberia o que fazer se Margot não pudesse me ajudar.

Decidi ir embora para minha casa, porque ainda faltava muito para as 1:30.

*****

— Margot! — Eu disse assim que me aproximei da loira alta que eu não via há uns três meses.

— Laur! — Ela sorriu e me abraçou forte.

— Saudades! — Eu disse e ela assentiu com a cabeça enquanto ainda me abraçava. Nos desvencilhamos do abraço e ela me puxou até a primeira loja. Ela estava empolgada o que me fez perceber que não importava o tempo que passava, Margot sempre seria a mesma adolescente de 15 anos que eu conheci no colégio, e isso me deixava realmente feliz. Seria uma pena se ela mudasse.

Entramos na primeira loja e Margot começou a me dar dicas.

— Nada de jeans. Tem algumas empresas que até aceitam, mas pelo que eu estou vendo não é o caso dos Cabello's.

— Com certeza não é o caso dos Cabello's. — Eu disse e Margot riu. Se ela soubesse o desespero que eu passei, com certeza não estaria rindo agora.

Ela e uma vendedora me mostraram diversos conjuntos, vestidos e sapatos. Comprei a maioria das roupas que ela me mostrou, teria uma semana pela frente então precisava de muitas roupas. Sem contar que precisava de outras para as outras semanas. A última vez que havia comprado tantas coisas, foi quando fiz quinze anos e minha mãe me encheu de presentes.

Margot me deu muitas dicas para a próxima vez que eu fosse comprar roupas e também me disse que eu podia fazer muitas combinações com as roupas que eu havia comprado.

Agradeci a Deus por ter ela em minha vida, eu estaria realmente ferrada se não fosse por ela.

Já eram mais de seis horas quando fomos embora, Margot me deu carona até minha casa. Quando entrei mamãe estava sentada no sofá assistindo algum filme.

FeelingsOnde histórias criam vida. Descubra agora