No sábado fui ao orfanato, passei a tarde toda junto com Chloe e Chelsea. Nós fizemos as mesmas brincadeiras de sempre, era incrível passar à tarde com elas e quando eu não podia ir, era como se meu dia não estivesse completo.
Cheguei em casa um pouco mais de seis horas da tarde, meus pais estavam deitados no sofá assistindo a um filme.
— Olá papai e mamãe.
— Olá, filha — Os dois disseram juntos e me olharam.
— Como foi lá? — Mamãe perguntou.
— Foi incrível, como sempre. E mais uma vez elas queriam que eu adotasse elas.
— Você sabe que elas são novinhas e ainda corre o risco de algum casal adota-las, não é?
— Sei, mas prefiro não pensar nisso. Hoje elas estavam tristinhas porque uma amiguinha delas foi adotada.
— Espero que você também entenda quando elas forem.
— Eu vou entender, mamãe — Bufei — Apesar de querer elas por perto, eu as amo e sempre vou querer o bem delas. Mas, se ninguém adota-las e eu estiver morando sozinha ou casada, com condições de fazer isso, pode ter certeza que elas irão morar comigo!
— Duvido que seu marido aceite.
— Clara... — Meu pai a repreendeu.
— Aí já é problema dele. Eu vou ele querendo ou não.
Ela negou com a cabeça e eu revirei os olhos. Subi para o meu quarto antes que isso se transformasse em uma briga terrível.
Hoje era o dia que meu pai podia descansar, então eu preferia evitar confusões por causa dele.
Tranquei a porta e me despi. Eu estava exausta, fui até o banheiro e enchi a banheira. Entrei nela e coloquei uma música em meu celular, encostei minha cabeça na borda da banheira e fechei os olhos enquanto cantarolava músicas do Bruno Mars.
— Sentiu saudades? — Olhei assustada para o lado vendo Camila sorrindo divertida.
— O que faz aqui, Cabello?
— Senti sua falta, amor.
— Não me chame de amor — Semicerrei os olhos.
— Você é tão linda brava — Ela mordeu os lábios.
— Sai daqui, Camila — Revirei os olhos.
— Me tire daqui então — Ela arqueou a sobrancelha e eu me levantei irritada, mas me arrependi no momento que seus olhos percorreram todo o meu corpo. Droga, eu esqueci que estava nua.
Puxei minha toalha que estava pendurada e me enrolei nela, quando botei um pé para fora da banheira acabei escorregando e caindo em cima de Camila.
— Está com tanta pressa assim, Lolo?
— Você não tem essa intimidade comigo, Cabello! E eu apenas cai. — Tentei me levantar, mas ela me puxou de volta — Camila, para.
— Parar com o que? — Suas mãos subiram por minha perna, subindo minha toalha também. Aquilo me causou arrepios e quando Camila percebeu, aquele sorriso voltou aos seus lábios.
— É sério, Camila.
— Se você não quer, por que está tão arrepiada? — Ela arqueou a sobrancelha e eu revirei os olhos — Pare de negar que me quer, Lauren.
— Mas eu não... — Camila me beijou. Perdi as forças, e quando dei por mim, ela havia pedido passagem com a língua e eu cedi. Mas se eu não queria, por que estava a beijando?
Ela virou e ficou em cima de mim, abrindo minha toalha, suas mãos passeavam por meu corpo todo e odiava admitir o quão excitada eu estava.
Camila não demorou muito para perceber isso, já que logo estava me penetrando com dois dedos e tudo o que eu sabia fazer era gemer. Abri sua calça e ela puxou a calça junto com a cueca, abri as pernas e ela se posicionou entre elas. Ela me penetrou lentamente, e me beijou novamente, enquanto aumentava os movimentos aos poucos.
Mordi seu lábio e cravei minha unha em sua nuca, o que a fez estocar forte e rápido. Era incrível aquela sensação, era como se eu me sentisse completa e o prazer que percorria meu corpo era anestesiante. Não tinha dor, só tinha prazer, o prazer que Camila me dava.
— Gostosa — Ela sussurrou entre o beijo.
— Cala a boca.
— Lucky for you, that's what I like, that's what I like — Ela cantarolou. Espera, por que ela estava com a voz do Bruno Mars?
Merda.
Abri os olhos assustada, olhei em volta e não tinha nenhum sinal de Camila. Outro sonho, ou seria um pesadelo?
Eu estava enlouquecendo, onde já se viu sonhar com sua chefe que é uma mulher, Lauren? Se meus pais soubessem disso me levaria na hora para a igreja. Dona Clara enlouqueceria!
Sai da banheira e me enrolei na toalha, pelo menos agora eu não cai em cima de Camila. Fui até meu quarto e peguei um vestido confortável, penteei meus cabelos e desci as escadas, mas parei assim que vi Camila sentada no sofá.
— O que faz aqui? — Perguntei, confusa.
— É assim que você cumprimenta sua chefe, filha? — Minha mãe perguntou e eu me segurei para não revirar os olhos.
— No fundo eu sei que ela me adora, sra. Jauregui. — Camila sorriu e me olhou — Eu preciso que você me acompanhe em um jantar.
— O que? — Arregalei os olhos — Não posso, Camila.
— Como não, Lauren? Vou não ia fazer nada mesmo! — Clara falou dando de ombros e eu revirei os olhos.
— Cadê o papai?
— Foi ajudar um amigo dele. O carro parou de pegar.
Droga. Eu precisava do papai aqui para me defender.
— Eu não sei sobre o que é esse jantar.
— É um jantar de negócios. Eu ficaria muito feliz se você fosse.
— Você pode ir, filha. Te deixo voltar até uma hora da manhã.
Camila me olhou segurando o riso e eu me segurei para não mostrar o dedo do meio para ela.
— Então, Lolo, você vai comigo ou não?
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Feelings
FanficLauren Jauregui. Uma garota de olhos verdes, sorriso encantador e inocência quase inacreditável para a idade dela, era o orgulho de seus pais. Frequentava a igreja todos os domingos, era voluntária de um orfanato, uma garota exemplar. Quando complet...