Capítulo 3: Intoxicado

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Draco rapidamente voltou do campo de quadribol para o castelo. Ele caminhou até onde havia saído bem a tempo de se ver desaparecer. Ele pegou sua bolsa de onde a havia deixado sobre a mesa e se dirigiu para sua primeira aula do dia.

Defesa Contra as Artes das Trevas era quase inútil para ele agora. Não havia, em essência, nenhuma razão real para que ele precisasse participar dela — a não ser para manter as aparências, ele supôs. Não era necessário dar às pessoas mais motivos para especular do que o necessário. Havia uma guerra se formando, todos podiam sentir o cheiro. A diferença era que já havia chegado para ele. Estava morando em sua casa, bem debaixo de seu nariz. A próxima parada foi sob sua pele, em sua cabeça.

Então, novamente, quem pode dizer que já não estava lá? Draco não tinha certeza se saberia se estivesse.

Eles estavam aprendendo sobre as Imperdoáveis hoje. Ele se mexeu na cadeira, tentando esconder o desconforto que sentiu ao evitar os olhos do professor. Por mais que tentasse ignorar o fato de que havia uma segunda parte em sua tarefa, isso o assombrava. Ele preferia não pensar sobre isso até que não tivesse escolha a não ser fazê-lo.

— Finnigan, isso vai custar dez pontos da Grifinória se você não se sentar. — Snape ameaçou enquanto olhava para o grifinório. — Agora.

— Hoje iremos discutir a Maldição Imperius. Presumo que todos vocês já saibam o que é agora, então vamos pular as formalidades. Vamos discutir como resistir. — disse ele, captando a atenção dos alunos mais rápido do que o normal, e isso já dizia alguma coisa.

— É quase impossível resistir à Maldição Imperius, mas isso requer uma quantidade quase intransportável de vontade e caráter. Quando você está sob ela, você está apenas vagamente ciente do que está acontecendo ao seu redor. É comparável a estar sob hipnose, e é muito difícil de segurar. — Snape continuou.

— Como todos sabemos, — ele começou, ficando um pouco mais sinistro do que o normal. — tempos sombrios estão sobre nós, e não precisamos nos preocupar com bicho-papões ou hinkpunks durante tempos como esses. Estou bem ciente de que a educação de vocês no ano passado foi... muito menos do que adequada, então estaremos tentando recuperar o tempo perdido. Lembrem-se de que esta é a única Imperdoável a que você tem a capacidade de resistir. Se você algum dia estiver sob seus efeitos, você pelo menos tem uma lasca de esperança. — Ele falou lentamente, olhando para seus alunos extasiados.

Os olhos de Snape pousaram em Malfoy.

— A menos que você não tenha caráter ou vontade de viver.

-o0o-

Ele sentiu o peso do vira-tempo repousando pesadamente em seu bolso enquanto se dirigia para sua próxima aula, parando na cozinha para um lanche rápido. Ele se perguntou se deveria encontrar Granger agora ou esperar até mais tarde, quando ela inevitavelmente estivesse destruindo o castelo inteiro procurando pelo objeto. Isto é, se ela já não estava, o que ele duvidada. O engraçado era que ninguém saberia o que ela estava procurando, já que ela não poderia dizer a eles.

Após uma pausa pra considerar, Draco decidiu firmemente pelo último. Ele sempre amou vê-la exausta, aquele exterior perfeito rachado apenas o suficiente para que todos vissem o quão fodida ela realmente estava por baixo. Ele odiava seu complexo de deus mais do que qualquer pessoa.

Nas horas que se seguiram, mais algumas aulas inúteis e arrastadas, Draco dirigiu-se ao escritório dos Monitores para verificar a programação. Eles mudavam com tanta frequência que ele normalmente não tinha ideia até o dia de com ele estava fazendo as rondas.

Ele congelou, olhando para o pergaminho pregado na parede que estava o provocando. Merda, ele simplesmente não podia escapar dela, não é? Ele baixou a cabeça entre as mãos, gemendo baixinho de irritação.

Contingente | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora