Capítulo 4: Ir para a matança

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Draco observou enquanto Hermione olhou para ele e empalideceu enquanto processava sua oferta. Ele sentiu as pontas dos dedos dela queimarem a pele de seu pulso brevemente quando ela o agarrou, usando-o como alavanca para se afastar de seu aperto e olhos invulgarmente intrusivos. Ele sabia que seus olhos sempre o revelavam. Ele tinha essencialmente aperfeiçoado sua máscara agora, especialmente com a ajuda de Bela e Snape, mas eles dizem que os olhos são as janelas da alma por uma razão. Era por isso que ele praticava a oclumência tão fervorosamente e obsessivamente, era sua única chance de escondê-la.

Ela zombou.

— Claro que não. Você seria tão sortudo se eu alguma vez me sujasse com gente como você. — ela se afastou dele pelo que parecia ser a milionésima vez esta noite. Ele podia ouvir em sua voz que ela não estava tão enojada quanto suas palavras interpretavam — na verdade, ela parecia intrigada. Eles estavam dançando para frente e para trás e ao redor um do outro por muito mais tempo do que ele queria admitir.

Ele percebeu que ela estava um pouco atordoada. Ele nunca tinha intencionalmente usado toda a força de seu charme com ela antes, e isso a estava confundindo, Draco sabia que ela não esperava.

— Você está certa. — ele provocou, a luxúria revestindo sua voz claramente, — Eu provavelmente seria. É por isso que eles chamam isso de sorte, Granger, você não sabia?

Ela congelou, seu passo vacilou, e então ela continuou andando. Longe dele. Ele decidiu naquele momento que não gostava disso.

— Oh inferno, não, você não vai, Granger. — ele rosnou, agarrando o pulso dela com força enquanto ela se afastava e virava as costas com força para encará-lo. — Você não vai escapar tão facilmente, sua provocadora do caralho. — ele esmagou os lábios nos dela, não dando espaço para ela hesitar ou questionar isso enquanto a puxava cegamente para dentro da sala de aula mais próxima. Ele não poderia dar a mínima para qual era, não importava.

Este não foi um beijo delicado. Não era lento, não era tenro ou macio.

Foi duro, quente, rápido, ardente, intenso. Foi construído com um fogo que queimava apenas com as brasas da pura necessidade, ódio e instinto primitivo. Seus corpos sabiam o que estava por vir — mas ambos estavam escolhendo ignorar quem exatamente estava do outro lado do beijo.

Ele cravou os dedos com força em seus quadris, fazendo-a ofegar. Ele se aproveitou de seu lapso momentâneo para deslizar a língua em sua boca, mordendo o lábio rudemente ao entrar. Levou um momento antes dela retribuir seus avanços com a mesma avidez. Ele moveu os dois pra trás até que ele a pressionou com força contra a parede.

— Você quer isso? — ele murmurou contra os lábios dela, uma oração. — Diga-me que você quer isso.

Em resposta, os dedos de Hermione abruptamente começaram a puxar o nó de sua gravata, arrancando o botão de cima de sua camisa em uma tentativa desesperada de tirá-la dele. Ele retribuiu o favor, exceto que ele estava mais preocupado em puxar a saia dela para cima para prendê-la em sua cintura. Ele correu as pontas dos dedos pelas meias-luas rasas que havia deixado antes, enquanto se aventuravam para baixo, cantarolando de satisfação ao sentir as marcas que havia deixado nela.

Encontrando o que ansiava por baixo da saia, ele riu sombriamente.

— Eu deveria saber. — disse ele, — São sempre as boas meninas que gostam das coisas selvagens. Você gosta quando é agressivo, Granger? Seja honesta, — ele ronronou em seu ouvido, sua mão esquerda subindo para envolver sua garganta enquanto ele continuava a pressionar sua mão direita contra ela, — eu realmente não gosto de mentirosas.

Ela choramingou, sua mão subindo para apertar em torno de seu pulso enquanto ele a acariciava preguiçosamente sobre sua calcinha.

— Eu não sei. — ela gaguejou, engolindo em seco e desviando o olhar dele. — Talvez, mas... eu...eu só fiz... uma vez. — ela juntou o que restava de sua bravura e encontrou seus olhos novamente, o calor subindo para suas bochechas.

Contingente | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora