Capítulo 8: Insolência

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No momento em que sua próxima aula de Defesa chegou, Hermione estava completa, total e mentalmente exausta.

Ela amava o curso, ela realmente amava, mas pensar em começar a se preparar para os exames de final de semestre a esgotou. Faltavam apenas duas semanas para o Halloween, e ela começou a fazer planos de estudo e guias e se preparar para se entregar e abrir mão de todos os fins de semana, sucumbindo totalmente aos livros.

Hermione tinha certeza de que o estresse estava se manifestando em seu rosto. Mostrava-se na ligeira coloração vermelha em seus olhos e nas sombras embaixo deles, aludindo ao tardar das noites e cedo pelas manhãs. Ela suspirou.

Snape entrou rapidamente na sala de aula, dramático como sempre. Suas vestes brilharam atrás dele enquanto ele agitava sua varinha enfeitiçando o giz para começar a escrever uma lista de regras. Ele falou, soando como se ele preferisse estar fazendo ballet com um rebanho de acromântulas do que entregar ao grupo turbulento do sexto ano seu curso.

— Acalmem-se. Estaremos praticando duelos hoje. — Tiros irromperam na sala agora animada. — Agora, eu entendo que nem todo mundo será bem versado na arte, exceto evidentemente pelo Sr. Potter e companhia. — Harry recebeu toda a força do mau-olhado de Snape com isso. Hermione o viu endireitar os ombros e captou o brilho de desafio que cruzou seu rosto. — Mas é por isso que estamos aqui. Estaremos estudando a técnica em uma sala de aula controlada para analisar os problemas e complicações que surgirem. — Seus olhos redondos percorreram a sala, em busca de suas primeiras vítimas. — Finnigan e Zabini, vocês começam. Eu acho que as regras são óbvias. Mas já que, para alguns de vocês, elas não são, — ele gesticulou para o tabuleiro atrás dele, — aqui estão elas. Leiam-as.

Snape teve grande prazer em formar pares com os Sonserinos e Grifinórios. Hermione raramente o vira parecer algo além de estóico, mas o leve aumento do canto de sua boca com os resmungos de seus alunos o denunciava, mesmo que durasse apenas por um momento.

Simas e Blásio duelaram, e tudo acabou rapidamente. Depois disso, Harry e Crabbe se enfrentaram. Harry superou Crabbe em três feitiços, para surpresa de ninguém. Harry parecia satisfeito consigo mesmo, embora todos soubessem que derrotar Vicente Crabbe não era nada para se escrever.

Snape chamou o próximo par. — Sr. Malfoy e... — seus olhos se moveram pela sala, procurando sua próxima vítima. — Senhorita Granger.

Isso a deixou desconfortável, embora fizesse sentido quando você considerou a classificação das classes: ela em primeiro e Malfoy em segundo. Era lógico que ambos tinham considerável experiência em duelos - quer você acreditasse nos boatos sobre ele ou apenas olhasse sua educação - mas isso não significava que ela estava ansiosa por isso. Pavor, pontuado com os sinais reveladores da onda de adrenalina, afundou em seu sangue.

Os dois se levantaram de seus assentos com certa relutância e ficaram no meio da sala de aula, onde as carteiras foram empurradas para o lado da sala para criar espaço.

— Não se preocupe, Malfoy. Vou pegar leve com você. — Ela girou a varinha casualmente entre os dedos enquanto tomava posição.

Seus lábios se torceram em seu típico sorriso arrogante.

— De qualquer jeito, Granger, baixe a guarda. Vai ser divertido vencê-la.

Ela revirou os olhos em sua tentativa fraca de duplo sentido. Eles se curvaram e assim começou.

Hermione ergueu o escudo antes mesmo de eles se curvarem. Foi a primeira regra da Defesa - se você realmente estivesse em um duelo, seu oponente não esperaria por um cronômetro sangrento para começar a tentar acertar um em você. E ela estava certa - Malfoy silenciosamente mandou uma azaração antes que ela se endireitasse.

Contingente | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora