Capítulo 14: Indignação

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Apertem os cintos, esse capítulo é uma montanha-russa.

Aproveitem.


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Narcissa Malfoy olhou para ele, na esperança de que ele entendesse o que estava perguntando.

— Por favor. — ela perguntou. — Eu sei que há algo que você pode fazer por ele. Eu odeio pedir isso a você Severus, mas você deve entender que farei qualquer coisa para salvá-lo do futuro sombrio que o aguarda. — Ela se esforçou ao máximo para lutar contra a onda de emoção que a invadiu quando disse: — Ele é apenas um menino.

Afastando-se de onde estava olhando pela janela e examinando seu olhar suplicante, ele respondeu.

— Você deve saber que já estou fazendo tudo o que posso, Narcissa. Eu também não desejo que ele falhe.

— Então você precisa me ensinar. — ela implorou. — Você deve. Eu preciso que você me diga o que fazer. — ela estava torcendo as mãos enquanto caminhava em direção a ele. — Eu sei que você não pode comprometer seu status na hierarquia dele, mas se eu perder Draco, não tenho mais nada. Eu preciso que você me ensine como preparar isso.

Ele ergueu uma sobrancelha curiosa.

— Você deseja aprender como preparar...? — Snape parou.

— Shh! — ela gaguejou um sussurro, olhando ao redor da sala. — Você não pode dizer isso. Ele não deve saber deste... plano de contingência, se você quiser. — Ela suspirou, fechando os olhos. — Eu sei que isso é pedir muito, mas você sabe que eu nem consideraria se houvesse outra maneira.

— Eu entendo. Eu fiz o voto, eu sabia que poderia chegar a esse ponto. — ele acenou com a cabeça, arrastando o dedo ao redor da borda do copo. — Como está a sua Oclumência?

— Impenetrável. Há anos sou um oclumente habilidosa, Severus. Eu aprendi com você. — Narcissa quase parecia insultada quando ergueu uma sobrancelha para ele. — Ele não saberá nada que eu não desejo que ele saiba.

Snape acenou com a cabeça uma vez.

— Bom. — disse ele. — Desde que você possa manter as coisas assim, eu a ajudarei. — Ele se voltou para a janela. — Mas ninguém pode saber sobre isso, especialmente Draco. Estou cedendo à sua teoria, Narcissa, embora acredite que você estará incorreta no final. — Ele tomou um gole de seu Uísque de Fogo, pensativo. — No entanto, acredito que você seja capaz, por isso vou ajudar.

— Obrigada, Severus. — Narcissa sussurrou, suas palavras soando como uma oração silenciosa. — Se tudo correr conforme o planejado, vai mudar tudo.

— Se você estiver certo. — Snape murmurou. — Então sim, suponho que sim.

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Vagando pelo corredor a caminho do Salão Principal para encontrar Theo e Blásio, Draco passou por um grupo de garotos da Grifinória. Planejando totalmente desligá-los — porque, na verdade, não havia nada que um Grifinório pudesse dizer para prender seu interesse — mas ele pensou ter ouvido algo saindo de uma de suas bocas irritantes.

— Não posso acreditar que você realmente transou com ela. — disse um deles. — A princesa da Grifinória. — ele riu. — Eu realmente nunca teria pensado.

Draco quase parou no meio do caminho antes de perceber que seria muito óbvio, então ele diminuiu os passos enquanto discretamente inclinava a cabeça para ouvir mais.

— Como ela foi? — o menino perguntou. — Estive imaginando como ela seria na cama desde o maldito Baile de Inverno, dois anos atrás. — disse ele, dando um soco no braço do malfeitor. Draco esticou um pouco o pescoço para ver quem era.

Contingente | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora