oito

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— Argh. — Uraraka saiu do buraco segurando a criança desacordada. Shinsou a puxou para fora. Ela estava coberta de fuligem e poeira. 

Monoma protegia os amigos como um escudo usando a individualidade de Kendo.

— Acho que não vou aguentar por mais tempo. — ele anunciou com esforço em sua voz.

— Está fazendo um ótimo trabalho. — Sero respondeu. — Precisamos nos focar em tirá-los daqui. O problema é que qualquer passo que damos, esse monstro mira rapidamente nossas costas.

— Eu pensei em algo, mas acho que vocês vão achar idiota. — Monoma comentou.

— Fale de uma vez. — Shinsou disse.

Uraraka ordenava as crianças a continuarem dentro do campo de proteção que Monoma fazia com as mãos. Olhou para ele à espera de seu plano.

— Então, minha turma fez aquela peça ano passado... — ele começou.

— Não enrola. — Shinsou o apressou.

— Sabe, aquela trilogia no espaço? Os rebeldes lidam com um droide gigante em um dos filmes. Eles amarram pelas pernas o impedindo de atirar. É um ótimo fil...

— Tá de brincadeira, né? — Shinsou riu de canto. — É uma boa ideia. Sero e eu podemos cuidar disso.

— Temos tudo o que precisamos aqui. — Uraraka respondeu. — Monoma-kun, você e eu precisamos tocar nele. Shinsou-kun e Sero-kun aproveitam e enrolam as fitas nas pernas. — planejou empolgada.

— Excelente ideia. — Sero disse agachado. — Mas, e eles? — os quatro olharam para as crianças. — A chuva de fogos continua. — apontou para cima.

— Talvez ele sinta as vibrações dos nossos movimentos? — Shinsou pensou.

— É possível. — Monoma olhou com atenção. — Vocês perceberam que... os olhos. — ele apontou.

— Ele é cego? — Sero tentou enxergar.

— É difícil de ver na nossa posição. — Shinsou também tentava ver.

— Também não posso flutuar para olhar de perto...

— Se levarmos em consideração o ponto cego, ele tem vantagem nas vibrações. — Sero comentou.

— Isso explica o motivo de atirar em qualquer movimentação que sente. — Uraraka concluiu. — Sendo isso ou não, é a única hipótese que temos por enquanto.

— Uraraka, se você flutuar os garotos enquanto corremos para o lado contrário? — Shinsou pensou. — Ele não sentiria os passos porque as crianças estariam flutuando, não seria arriscado porque nós seremos o alvo.

— Brilhante. — Monoma disse. — Decidam depressa.

— Tudo bem. Sero-kun, prenda-os em suas fitas. Caso algo dê errado, já sabe o que fazer. — Uraraka tocou levemente nos braços dos garotos assustados. — Vai ficar tudo bem. — ela os acalmou.

Ao sinal de Sero, Uraraka flutuou os garotos e os quatro correram o mais rápido possível para se protegerem nas árvores do outro lado. O gigante sentiu os passos e começou a jogar bolas de fogo nos heróis, as crianças foram jogadas na entrada do parque com sucesso. Já havia uma pequena multidão curiosa à espreita.

— Por que vocês estão aqui? Deveriam ficar longe! — o garoto gritou aos prantos.

Midoriya deu a volta completa no parque à procura daquela presença que sentiu mais cedo. Observou as crianças gritarem abaixo dele. Seu celular vibrou novamente.

Perdidos | IzuochaOnde histórias criam vida. Descubra agora