POV's Jaeger
Por tudo que há de mais sagrado, concluí o ensino médio, e já faziam alguns dias desde então. Eren agora conseguia passar mais tempo em casa, então agora podíamos revezar os dias de ir nas sessões de radio com meu pai, e quem sabe na quimio. Eu pegaria o resultado hoje da Asas da liberdade, então dali já saberíamos o que fazer com nossa rotina dependendo do resultado.
Eren quem estava entrando no site da instituição, eu estava nervosa demais para fazer aquilo sozinha. Eu andava de um lado para o outro no meu quarto enquanto ele entrava no site pelo celular. Eu sentia um frio na barriga só de pensar que eu estava a poucos segundos de descobrir minha resposta.
— Abriu! — Ele comentou animado e pareceu procurar mais coisas. Eu apenas encarava o rosto do moreno esperando uma reação, até que ela veio. — Você passou! Emi você conseguiu!
Ele abriu um sorriso enorme e me agarrou pela cintura me tirando do chão enquanto me rodava. Eu acabei deixando o choro tomar conta de mim, era um choro de puro alívio, aquilo era um passo enorme para nossa família.
— E-Eu nem acredito! — Coloquei minhas mãos no rosto e me permiti chorar como uma verdadeira criança. Um peso enorme havia saído dos meus ombros, eu não pensei que me sentiria tão aliviada passando.
Meu irmão me abraçava sem parar, e eu me sentia totalmente apoiada naquele momento. Tentei conter o meu choro e fui com Eren até o quarto do papai para contar a ele a novidade. Talvez ele não ficasse tão animado com o fato de eu ter que ir morar em outra cidade, mas eu sabia que ele estaria orgulhoso de mim.
— Papai, pai! Emi passou na instituição. — Eren falou me balançando pelos ombros. Sorri sem jeito para meu pai que sorriu enquanto seus olhos ganharam um brilho devido a lágrimas que se acumularam ali.
— Minha filha, que orgulho de você. Sabia que conseguiria. — Ele abriu os braços para que eu pudesse o abraçar, e assim o fiz sentindo um afago em minha cabeça.
— Agora eu vou poder cuidar de vocês como sempre cuidaram de mim. — Falei ao me afastar e Eren nos puxou para um abraço em conjunto.(...)
Com a minha aprovação, tivemos que correr atrás de alguns documentos para levar a instituição, e confesso que não esperava ter tanta burocracia, mas eu não poderia reclamar. Tive que ir de ônibus até a cidade só para passar alguns documentos, e eu ainda tinha que pegar uma lista de materiais, além da apresentação do campus que eles faziam individualmente com os alunos.
Confesso que eu estava parecendo uma caipira no lugar, era tudo muito grande e muito digital, por assim se dizer. A mulher me explicava o que cada lugar ela, mas eu já não sabia o que era metade. Olhando ao redor de forma distraída, eu acabei esbarrando com alguém, e eu fui ao chão, caindo de bunda. Uma mão me foi oferecida, e então eu pude ver um rapaz de olhos castanhos e cabelos da mesma cor, que estava levemente corado, contrastando duas sardas.
— Me desculpe, eu estava distraído. — Ele falou após me ajudar a me levantar. Sorri fraco e neguei com a cabeça numa expressão divertida.
— Tudo bem, eu também estava. E não é a primeira vez que conheço alguém desse jeito. — Falei divertida, me recordando de como conheci Armin. Eu tinha que parar de pensar nele.
— Oh.. sou Marco Bodt. — Ele coçou a nuca sem jeito. Ele era fofo, devo admitir, apesar de ser um rapaz grande e forte, ele era meio atrapalhado.
— Sou Emi Jaeger. — Sorri fraco. Não pudemos conversar mais já que estávamos indo em direções opostas e fui obrigada a acompanhar minha "guia" sem poder me despedir do garoto.
Depois da caminhada infinita naquele lugar enorme eu precisava parar para comer alguma coisa, e não, não havia uma lanchonete, havia um shopping dentro daquele lugar. Eu realmente era uma caipira muito feliz naquele momento. Aquele lugar era incrível, e eu retiro minha comparação com Azkaban, talvez o que fosse fazer aquele lugar ser horrível fosse os filhos de papai.
— Jaeger?! — Ouvi meu sobrenome ser chamado e olhei para trás vendo Marco. Sorri fraco vendo ele se aproximar.
— Me chame de Emi. Não se preocupe com formalidades. — Falei divertida e ele sorriu sem jeito.
— Oh.. achei que vocês prefeririam esse tipo de tratamento. — Ele pareceu pensar em voz alta e eu o encarei confusa. Ele achava que eu era filha de algum colaborador?!
— Céus, eu sou bolsista Marco. Não acredito que me confundiu com esses.. enfim. Vamos comer juntos já que estamos aqui, você veio para comer, ou só veio atrás de mim para saber se uso prada ou a bolsinha da feira?! — Falei num tom de escárnio. Marco soltou uma curta risada e negou com a cabeça.
— É, vim comer também. Acho que merecemos uma comida boa já que chegamos aqui. — Ele nos guiou até um restaurante de comida Tailandesa, eu tinha certeza que ele, assim como eu, nunca tinha provado aquela culinária.
Marco acabou se soltando um pouco mais, e eu percebi que ele não tinha nada de atrapalhado e era bastante decidido. Ele também era bolsista, ele não estava na instituição atrás dos benefícios, algo que eu estava atrás, devo confessar, ele estava lá simplesmente por achar que assim poderia fazer um bem maior. Eren se daria muito bem com ele.
— É muito nobre da sua parte fazer isso por sua família. Não fez só pelos benefícios, isso é válido. — Ele sorriu abertamente. — Bom, eu estou bem satisfeito em conhecer alguém que não está aqui porque os pais obrigaram ou porque os pais querem continuar ganhando sentados.
— Entendo seu sentimento. Eu imaginei esse lugar como um pesadelo, e o que o vai o tornar isso, vão ser os idiotas que vão aparecer aqui. Aposto que vão nos olhar torto, mas merecemos estar aqui mais que eles. Demos sangue suor e lágrimas para conseguia, eles só foram cuspidos por uma vagina de ouro. — Falei começando a sentir uma certa raiva me consumir. Era mais que óbvio que eu não gostava de ricos, talvez ainda tivesse um ou dois que fossem suportáveis, mas eu não coloco minha mão no fogo por esses convencidos.
— Alguém odeia os privilégios. Não dá para julgar, a maioria dos ricos, aliás, filhos dos ricos são mesmo um porre. — Ele comentou divertido. Neguei com a cabeça incrédula pelo fato de puxarem tanto saco para esses idiotas.
— Espero conseguir ao menos socar um deles, prometi isso ao meu irmão. — Ao falar de Eren me lembrei do horário e percebi que já estava entardecendo, eu precisava voltar para casa. — Marco, eu vou ter que ir, preciso voltar para minha cidade ainda, foi bom conhecer você, e obrigada pela comida, foi uma boa escolha.
— Me passe seu número, É possível a gente nem se esbarrar mais de tão grande que esse lugar é. — Ele pediu antes que eu saísse dali. Peguei da minha bolsa o valor da minha parte e deixei sobre a mesa, graças a divindade ele não havia insistido em pagar.
— Eu garanto que consigo esbarra em você outra vez, e se não acontecer eu vou te achar, os Jaeger sempre conseguem o que querem, até mais. — Sai com um sorriso no rosto e corri em uma parte do caminho para chegar até o ponto de ônibus que havia na porta da instituição.
Eu estava satisfeita com o lugar, e estava animada graças a conversa com Marco. Esperava sinceramente que ele fizesse parte da minha turma, ou então que nos encontrássemos mais vezes, ele me lembrava um pouco meu irmão, então aquilo já me passou uma segurança, haviam pessoas humildes assim como eu e isso até compensa os filhinhos de papai que teriam ali.Oi meus amores. Tô aqui de novo, já já teremos o Jean com a gente, o que podemos esperar da amizade dela com o Marco?
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Monster Among Men - Shingenki no Kyojin
FanfictionEmi Jaeger quer com todos os seus esforços ajudar o pai e o irmão que sempre fizeram de tudo para criá-la. Com o pai doente e o irmão trabalhando além do necessário, ela acha uma saída estudando, para participar de um projeto numa instituição, que o...