Monster Among Men - Shingenki no Kyojin

XVIII

POV's Jaeger

Nossas provas já estavam no fim e a semana acabou sendo mais tranquila para mim, já meus amigos, estavam levemente assustados com os assuntos tratados na prova, eu não precisava mais estudar o tempo inteiro e finalmente poderia sair para beber alguma cerveja com eles, o que acabou sendo um convite feito por mim para o fim do dia, eu só esperava que ninguém acabasse torcendo o tornozelo.

Estávamos entre o intervalo das aulas, a próxima seria do Professor Erwin, ele era bem parecido com Levi, os dois eram de longe os mais rígidos e exigentes, e as provas deles não eram nada fáceis, e eram provavelmente as únicas que eu tinha dúvida se fui bem ou não, eles conseguiam confundir bastante as respostas colocando elas bastante parecidas, eles não estão para brincadeira.

— Se a Emi ficou em dúvida quanto às alternativas, quem somos nós para não ficar?! — Connie comentou apontando para mim e eu neguei com a cabeça sorrindo envergonhada. Eles me colocavam em um pedestal quando se tratava de notas ou inteligência, eu ficava sem jeito, Marco também era um dos melhores alunos.

— Bom, agora não adianta chorar pelo leite derramado, vamos falar sobre o que interessa. Nossa amiga certinha nos convidou para beber hoje, escolheu uma baita sexta para encher a cara, não foi Emi, o que está planejando?! — Jean comentou com um sorriso divertido nos lábios. O encarei com a mesma expressão e neguei com a cabeça tentando não deixar que nossos amigos notassem nada entre essa troca de olhares, mas eles já eram tão acostumados com nossas provocações que eu duvido que enxerguem além disso.

Desde o dia em que fui em casa e tive aquela conversa com Jean, nada aconteceu entre a gente, continuava tudo normal, mas eu notava que ele me provocava mais que o corriqueiro. E certamente aquilo me atingiu de alguma forma, mas me faltava atitude para chegar nele e dizer algo, e ele parecia um tanto impaciente já que vira e mexe me encarava com aquela expressão infernalmente sem vergonha, esse Jean não presta.

— Talvez eu esteja precisando de um incentivo do álcool. — Falei devolvendo a provocação e encarei o acastanhado de forma divertida.

— Céus, vão para um quarto. — Connie falou um pouco alto e levou um tapa em sua cabeça vindo da morena que se sentava ao meu lado.

— Idiota, não se meta na provocação deles, eu adoro quando eles fazem isso! — Ela começou a estapear o careca e eu acabei rindo com aquilo. Sasha tinha bons olhos, e notava a maioria dos momentos em que Jean me provocava, já que ela o conhecia o suficiente para entender a situação, mas ela nunca comentou nada comigo ou me perguntou sobre alguma coisa, talvez ela já tivesse se acostumado e encarava como uma brincadeira minha e dele.

O sinal para voltarmos a sala foi dado e bufei frustrada com aquilo. Nas aulas não sentávamos todos juntos, até porque seria uma péssima ideia, e ainda bem que todos reconheciam, vez ou outra eu me sentava com Sasha ou Connie, mas só quando eram aulas que eles achavam chatas demais e me pediam para explicar de um jeito que eles entendiam, eu me sentia bem em ajudar eles. Um por um fomos nos separando, e eu fiquei para trás para pagar a rodada de refrigerante que tomamos. Antes de entrar na sala fui impedida por um braço na altura do meu rosto colocada na parede ao meu lado e ao me virar para o dono dela me deparei com Jean.

— O que foi?! — Perguntei confusa. Ele nunca, nunca havia me colocado contra a parede, no sentido literal e o não literal, e céus, aquilo me fez deixar a criatividade falar mais alto então apenas me mantive encostada na parede com os braços cruzados esperando uma explicação para aquilo.

— Você faz de propósito, não é? Fica me provocando e me faz esperar o dia em que vai decidir me beijar! — Ele me encarou de cima e eu acabei me sentindo totalmente inferior a ele daquela forma.

— Não sabia que estava desesperado, mas estávamos em semana de prova, eu preferia revisar tudo do que começar com isso, e você também nunca tomou frente, então não me culpe. — Falei entrando na sala e ele continuou atrás de mim. Eu não sabia se ele estava brincando comigo ou se realmente estava tão ansioso com aquilo. Eu já estava normal com aquela ideia, só faltava acontecer realmente.

— Não queria te pressionar, e também não sabia se iria desistir, mas isso virou uma brincadeira de quem provoca mais, e com certeza a Sasha já notou. Disse alguma coisa a ela? — Ele se sentou ao meu lado e aproximou a cadeira. O encarei incrédula e neguei com a cabeça.

— Eu não disse nada a ela, até porque temos essa ideia só na teoria e não fizemos nada ainda, e é você quem está deixando as coisas estranhas agora. Eu realmente só não beijei você porque estava mais preocupada com as provas, mas você parece um tanto ansioso com isso. — Falei colocando meu indicador em seu nariz. Sorri divertida e ele me encarou com os olhos cerrados.

— Sabe, vou te contar algo sobre os homens no geral, e posso falar por todos. Visuais, homens são visuais. Imagem conta bastante as vezes, e desde aquele dia eu percebi uma mania que tem de ficar mordendo a boca, e também você parece obcecado com aqueles creme labiais de sabor de fruta, e eu nem preciso te beijar para confirmar isso, mas essas coisas são um gatilho desde aquela conversa, talvez por isso eu esteja tão tentado, você acaba provocando sem perceber, e nem falo da nossa constante implicação um com o outro, princesa. — Ele colocou o indicador em meu nariz e fez o mesmo que eu sorrindo fraco. Ele se afastou depois dessa pequena revelação, e confesso que eu me senti poderosa por fazer tudo aquilo sem querer.

— Me desculpe, senhor visual. Vamos acabar com essa conversa agora porque não posso mudar nada no meio de cem pessoas, tente não cair de bêbado a noite, e depois conversamos, agora vê se arruma uma boa desculpa por ter se sentado ao meu lado para dizer aos meninos! — Finalizei aquela conversa dando um tapa na testa dele, e mordi a boca inconscientemente. Ele passou a língua no interior da bochecha e eu neguei com a cabeça ainda sem acreditar no que ele me falou. Por fora eu sorria convencida, mas por dentro eu estava me sentindo em pânico por vê-lo daquela forma, eu não esperava causar esse tipo de coisa em ninguém.

— Não estou pedindo nada, não vou pedir que me beije, faça isso quando te der vontade, mas só quero que preste mais atenção quanto ao que você faz, pelo menos perto de mim. — Ele me deu um tapa na testa e eu o encarei negando com a cabeça. Por mais chato que ele fosse e implicante, ele fazia de tudo para não fazer algo que me incomodasse, ele tomava cuidado com aquelas coisas e aquilo me fazia realmente achar uma boa ideia ficar com ele.

querem uma dica? Essas saídas para beber sempre acabam com eles bem juntinhos hehe.

essa tensão entre eles me mata, mas e aí, de quem vai ser a atitude do beijo? Time Kirsten ou Time Yeager. Façam suas apostas.