#éelenãoela
Esta história não tem a intenção de generalizar experiências de uma pessoa trans. Cada trans tem suas vivências, cada trans tem seus ideais.
Ser trans é ser plural!
🦋
[JEON JUNGKOOK]
Às oito da noite eu e Jimin saímos da praia. Com as roupas levemente encharcadas ― apesar de termos ficado no mar apenas por um instante ― e duras pela areia que se grudou em cada dobra do tecido.
Não quero nem comentar sobre como eu sinto partes (comprometedoras) do meu corpo cheias de areia. Mas quem liga, não é? Prefiro me ocupar conversando com o hyung.
Aliás, nós pareciamos dois papagaios, a conversa flui de uma maneira tão natural que pouco nos importamos se estávamos sendo altos demais, com nossas risadas escandalosas e trocas estúpidas, cheias de bobeira.
É divertido. Não pareciamos mais dois estranhos.
Prova disso é o conforto que sinto com Jimin ao ponto de dividirmos o fone durante todo o trajeto de ônibus até a sua casa. É uma sensação boa, porém triste.
Triste porque nossa chegada é rápida, a Parada que Jimin descerá ilumina no painel, as portas do ônibus se abrem, pessoas começam a descer, para então outras subirem. Eu teria, por hoje, que me despedir do mais velho.
― Toma ― ele me devolveu o lado do fone sem antes dar uma limpada na barra da camisa. ― Episódio 110, né?
Eu assinto, vendo Jimin se levantar. Durante o trajeto, um dos assuntos que estávamos conversando era: os animes que ainda acompanhamos. Coincidentemente ambos continuamos muito naruteiros e assim que nos demos conta de que hoje era dia de episódio novo, eu ― ligeiro, como sempre ― apertei no aplicativo crackeado de animes e lá estava o último episódio lançado de Boruto. Logo, assistimos atentamente na melhor qualidade (meu 4g que lute!), vez ou outra tecendo algum comentário sobre como a Mirai e Tatsumi são claramente namoradas!
― Sim, hyung ― eu olho a tela do celular vendo em qual minuto havíamos parado. ― Doze minutos e cinco segundos.
― Me manda mensagem pra eu lembrar! ― ele diz, em frente a saída do ônibus.
― Isso é uma desculpa pra continuar conversando comigo? ― risonho, eu o provoco. Jimin, parecendo pescar o meu tom, sorri anuindo enquanto desce as escadinhas.
Eu levanto minha cabeça assim que ouço um "hey!" fora da janela. No momento que encontro o olhar de Jimin, a metros de distância, eu sorrio para si dando um tchauzinho com as mãos.
― Eu ainda quero falar com você, Jungkook! ― ele grita.
― Já falei: É só me mandar mensagem, hyung! ― eu grito de volta antes do ônibus seguir o percurso.
🏳️🌈
[PARK JIMIN]
― Filhote, vai estar ocupado hoje?
Desvio o olhar do notebook, encarando meu pai com apenas a cabeça dentro do meu antigo quarto. Eu sorrio, fechando a tela e deixando em cima da cama. Até então eu estava resolvendo pendências com a equipe do Musical, aparentemente faríamos uma aparição numa rádio popular da cidade na manhã seguinte e eu estava treinando para possíveis perguntas que poderiam surgir. Nada demais, apenas informações mais técnicas.
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I am a BOY ⚧ jikook
FanfictionEla, Jeon Jungyon; Ele, Park Jimin; Inseparáveis melhores amigos que nutriam um sentimento intenso demais um pelo outro. Contudo, Jimin recebeu uma bolsa para estudar numa das maiores universidades de artes cênicas do mundo (Julliard). Como consequê...