41

2.7K 226 201
                                    


Eu não estava acreditando no que estava acontecendo.

Eu não sabia como reagir, eu simplesmente não tive mais controle do meu corpo, Herny segurava minha cintura trazendo para mais perto de si apertando, minhas mãos foram para sua nuca. Sua outra mão estava no meu pescoço e seu polegar estava em minha bochecha perto do meu ouvido. Eu apenas retribui o beijo.

Separamos nossos lábios devagar e eu olhei para ele, o barulho das bolas sendo jogadas, ou algumas pessoas rindo alto e falando, parecia não existir naquele momento. E seus lábios rosados formaram um sorriso, no qual eu me perdi. De novo.

— por você, eu roubaria os anéis de saturno. — disse ele me fazendo congelar

Meu coração batia descontroladamente enquanto eu o encarava sem palavras. ele disse que por mim, pegaria os anéis de saturno. Ele...

Ele está falando que me ama?

Encarava Henry com meus olhos atentos, eles não piscavam. Eu estava tão em choque, que não conseguir falar nada. Como se todas as palavras do mundo tivesse sumido. Henry me encarava atentamente, como se me admirasse. e eu pude observa cada traço do seu rosto. E logo depois, ele sorriu.

— que Saturno me explique como seu sorriso me tira de orbita. — falei tão baixo que fiquei com medo dele não ter ouvido, mas me certifiquei quando ele abriu mais um sorriso encantador.

E foi ali, naquele momento, que eu tive toda a certeza do mundo, de que eu estava apaixonada por Henry.

— espero que a sua vó não me mate por isso. — falou rindo sem graça

Encarei seu rosto de novo, e sentir a vergonha me tomar. Me fazendo olhar para baixo. Enquanto Henry continuava a minha frente, coloquei uma mecha atrás da orelha encarando o chão e sinto sua mão levantar o meu rosto me fazendo encara-lo

— eu realmente gosto de você, Anna. — sua voz me fez encara-lo

— eu...— e novamente, eu estava sem palavras.

— eu não sei dizer o que aconteceu comigo naquela biblioteca, quando eu te vi. Tinha tantas pessoas lá, mas meus olhos ficaram-se em você. Em meio toda aquela multidão, você brilhou. Era tão nítido saber que você era nova na biblioteca, até que depois, você ficou me observando. — riu me fazendo ficar mais sem graça — e em um piscar de olhos, éramos amigos. Eu sei que talvez esteja cedo demais, para a gente que se conheceu á um mês. Mas...— ele deu uma pausa. — é que quando eu estou com você, parece que nada mais importa. Você chegou derrepente e seu sorriso já é o meu favorito.

Eu já não sabia mais o que falar, ou o que fazer. Vê Henry ali na minha frente demonstrando todo o seu sentimento por mim, me fazia sentir a garota mais feliz do mundo.

— tudo bem se não sentir o mesmo —  ele continuou — mas, por favor. Me dá uma chance, só uma. Pra eu te amostrar que eu posso te conquistar — ele encarou no fundo dos meus olhos

— não precisa. — nego com a cabeça fazendo ele me olhar confuso

— porquê? Não quer nem ao menos tentar?... — ele falou meio inseguro mas eu o interrompo

— eu também gosto de você. Henry. — dei um passo a sua frente segurando seu rosto com as minhas mãos e o vejo prender a respiração desacreditado

— sério?? Não está brincando comigo? — ele me encarava esperançoso o que me fez sorri

— não, estou falando mais do que sério. — afirmei — e você? Gosta mesmo de mim? — perguntei

— não tem como não gostar de você, Anna. Você é incrívelmente incrivel. — respondeu com um sorriso — eu nunca brincadeira com isso. — avisou

Soltei um sorriso daqueles que faz o meus olhinhos se fecharem e abracei Henry que retribuiu o abraço de imediato.

Eu estava apaixonada.

[...]

Estávamos voltando para casa, já estava á noite, passamos praticamente a tarde toda no gamestation. Herny ligou o rádio e estava tocando uma música aleatória, na qual fez eu cantarolar o caminho todo. Estávamos perto de casa.

— ah, chegamos. — avisou desligando o carro

Dei uma rápida olhada pela janela e me virei para ele que sorria para mim, retribui o seu sorriso.

— bom, eu vou indo. — digo e o vejo concordar com a cabeça —  obrigada por hoje, foi incrível. — sorri.

— Não precisa agradecer — riu — boa noite, fica bem ok? — o mesmo pincelou seu dedo indicador na ponta do meu nariz me fazendo rir assentindo com a cabeça

Abri a porta do carro saindo, e assim que me viro dando alguns passos em direção a minha casa, esculto Henry me chamar me fazendo virar e vê que ele estava vindo em minha direção.

— como vamos ficar? — perguntou um pouco inseguro

— como assim? — perguntei confusa

— Anna, eu realmente quero algo com você. — afirmou — sabe? Eu quero, por exemplo, conhecer seus pais. — explicou — mas também não vou falar com a sua avó agora, e nem com seus pais. Porque, se conhecemos a um mês, mais o menos. Então..

— poderíamos nos conhecer melhor. — sugiro e o vejo sorrir concordando

— o que quiser. — sorriu segurando meu rosto encarando meus olhos — obrigado, obrigado por sentir o mesmo. — sussurou antes de depositar um beijo na minha bochecha

Eu me sentia a pessoa mais feliz desse mundo! Pelo simples fato, dele querer algo sério comigo. Eu já gostei de um garoto, mas, ele viajou e acabou que perdermos o contato.

— agora vai, está tarde. — sorriu — te vejo amanhã, certo?

— certo, beijos. Boa noite. — em um ato rápido, depósito um beijo em sua bochecha e logo saio dali indo em direção a minha casa

E antes que eu entre nela, me viro vendo Henry parado no mesmo lugar me encarando com um sorriso no rosto. E logo ele fala um pouco alto para eu conseguir ouvir:

— vou ficar por perto! — riu balançando um dos seus pés

— como assim? — pergunto um pouco alto

— não posso te perde, não quando eu nem te tenho ainda. — completou me fazendo abrir um sorriso e entrar dentro de casa fechando a Porta logo em seguida.

~•~•~•~•~•~•~•~•~
Continua...

o garoto da bibliotecaOnde histórias criam vida. Descubra agora