o garoto da biblioteca

43

— houve alguma coisa? — perguntei assim que desci mais um degrau

— É que...— ele coçou a nuca — eu preciso falar com você. — me olhou

— ah, tudo bem. Pode falar. — sorri descendo mais um degrau, Jay encarou Alícia e vovó e logo me olhou sem graça coçando a nuca

— a sós. — completou me fazendo assenti

Abro a porta de casa saindo e logo Jay faz a mesma coisa, mas antes de fecha a porta, encarei Alícia que estava com sua testa franzida, e voltei a encarar Jay a minha frente, fiz um gesto para ele falar mas ele apenas me encarou.

— É que...— era nítido vê que Jay estava nervoso — Anna, olha, me desculpa. — deu uma pausa me deixando confusa

— desculpa pelo o qu...

Sou interrompida com ele, foi tudo tão rápido. Derrepente ele deu um passo a minha frente deixando nossos rostos próximos colocando a sua mão na minha bochecha preste a me beijar quando eu franzo a testa dando um passo a trás, mas ele me puxa pela cintura fazendo nosso corpos ficarem juntos.

— eu gosto de você Anna, gosto mesmo. — disse me encarando nós olhos — eu sei que não é recíproco. — riu sem ânimo — já que você escolheu ele. — comentou — mas, eu precisava falar dos meus sentimentos para você. Mesmo que não seja recíproco, eu precisava.

— você...pode me soltar? — pergunto um pouco agoniada com sua mão na minha cintura

Mas Jay não soltou, ele me ignorou e colocou nossos lábios formando um beijo calmo, mas rápido. Não durou mais de 1 minuto. Ele apenas colocou e afastou os lábios, o que me fez dar um passo para trás enquanto encarava ele surpresa.

Antes de Jay ir embora, ele alisou minha bochecha e logo saiu dali, sem se despedir, apenas foi embora. Me deixando plantada na frente de casa. Suspirei passando a mão no meu cabelo, e assim que virei meu rosto me surpreendir quando vi Henry parado me encarando com suas mãos no bolço, o mesmo vem até mim parando a minha frente.

— quanto...— engoli um seco — quanto tempo estava ali? — perguntei e vi Henry negar lentamente com a cabeça alisando minha bochecha

— tempo o suficiente para saber que ele é um babaca. — soltou um pequeno sorriso de canto — Alícia me ligou. — completou me fazendo franzir a testa

— o que? — o encarei

— É, ela disse que você precisava muito da minha ajuda e que era pra eu vim até aqui o mais rápido possível. — ele riu

— ele disse que gosta de mim. — falei lembrando de suas palavras — disse que sabia que não era recíproco, mas que precisava contar, e depois...— deu uma pausa

— ele te roubou um beijo...— completou Henry travando seu maxilar — era pra me irritar. Ele me viu chegando. — me encarou

— e conseguiu? — sorri convencida fazendo ele rir

— acho que não. — o mesmo segurou meu queixo enquanto me encarava — você tem o meu coração, sabe disso. Alias, eu disse que ficaria por perto. —  lembrou me fazendo rir

— vem, vamos entrar. — segurei sua mão puxando ela enquanto entrava dentro de casa

Assim que entrei, encarei Alícia com o celular na mão e assim que me viu, abriu um sorriso, ela tinha que parar com isso. Encarei Henry e ele balançou a cabeça entrando na cozinha. Alícia me encarou com aquela mesma expressão que sabia que tinha feito burrice.

— já sei. — falou ela se levantando da escada revirando os olhos

— você não pode fazer isso! O Herny não tem nada haver com isso! Os meus poblemas cuido eu! — reclamei enquanto via alicia caminhar até o sofá

— eu só tentei ajudar, ok?!  — comentou pegando uma almofada

— alicia, qual é? Eu sei que você não gosta do Jay. Tudo bem, mas...— dou uma pausa — não precisava ter enganado o Henry. Aliás, eu já me resolvir com o Jay. — finalizei.

Pelo menos, era o que eu achava. Eu realmente queria ser amiga do Jay, ele é uma boa pessoa. Um ótimo amigo, mas eu não conseguia retribuí o mesmo sentimento que ele.

— eu...— falou num tom baixo enquanto mexia na almofada em seu colo — só tenho medo que te machuquem de novo, Anna. — finalmente ela me encarou me deixando confusa

— do...do que está falando? — perguntei dando um passo a frente

— você não tem muita sorte no amor, pelo fato de ficar no mundo literário. — disse se levantando enquanto me encarava — depois do acontecimento com o papai e a mamãe, você mudou. — exclamou me fazendo apeta a mão

— Alícia, não...muda de assunto. — pedi balançando a cabeça e a vejo suspirar frustada

— Anna! Não, deixa eu terminar. — a mesma faz um gesto para eu parar de falar — você mudou depois que o papai e a mãe se separou. Você acha que eu não ouvir você chorando nos primeiros dias a noite? — me encarou — eu entendo que tudo isso foi mais difícil pra você. — ela deu uma pausa olhando para baixo — e então, derrepente, apareceu o Henry. — ela sorriu fraco — eu comecei a ter certeza que era ele, quando a Sammy falou com você no primeiro dia. Lembra? Quando ela estava procurando um livro.

Alícia da uns passos em minha direção e por alguns segundos ela me encara e volta a falar quando percebe que eu não tenho palavras. Ela estava certa, totalmente certa.

— vocês ficaram próximos, e foi aí. Nesses momentos com ele. Que eu te vi sorrir de novo. Quando eu achei que Vocês finalmente iam ficar juntos, derrepente veio o Jay. — ela bufou — É por isso. Por isso que eu chamava o Henry, que eu chamei o Henry hoje. Porque, o Jay não te faz feliz como o Henry faz. Eu apenas não queria que você fosse enganada, e sofresse de novo.

Eu não soube o que falar, eu apenas abraçei Alícia que retribuiu de imediato, ela estava certa e apenas estava querendo me proteger. E eu sou eternamente grata a ela por isso.

— você é a melhor irmã que alguém pode ter. — digo baixinho para ela e a vejo rir

Olho para frente e vejo Henry e vovó na porta da cozinha nos encarando, vovó estava com suas mãos juntas do lado do rosto enquanto sorria, e Henry estava com os braços cruzados me encarando com um sorriso.

Ela estava certa, ele é a pessoa que me fez sorri novamente. E eu sou grata por ter ele.

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Continua...