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So de pensar que agora eu namorava, meu coração acelerava e um sentimento bom surgia. E eu não estava namorando qualquer pessoa, era ele. Era o garoto da biblioteca. Só de pensar que tudo começou na biblioteca, e foi por causa da irmã dele e do Fred que nos conhecemos. É tão surreal. Bom, não é muita surpresa pós tínhamos a consciência de que ambos sentia o mesmo, mas, agora era oficial. Estávamos namorando.

Agora estávamos voltando para o hotel novamente, ficamos acho que uma hora na praia e achamos melhor voltar pós estava ficando tarde. E amanhã mesmo vamos voltar para casa.

— agora é oficial. — comentei olhando para o anel rindo fazendo ele concordar

— sim, agora posso te beijar na hora que eu quiser, e onde eu quiser. — ele sorriu me apertando mais em seu corpo, ele estava me abraçando de lado

— como se não pudesse antes. — falei rindo e ele deu de ombro — afinal...— franzi a testa — você disse que só iríamos namorar, quando você conhecesse meus pais. Que enquanto isso não acontece — o mesmo me interrompe rindo

— eu iria ficar por perto. — me encarou — eu sei. Mas, foi eles mesmo que me deu a permissão. — o mesmo sorriu de lado me fazendo parar em sua frente

— sério? — o encarei

— sim, meu anjo. — ele alisou minha bochecha — todos eles sabem, Alícia, Sammy, Suzy, Gus, Simon, seus pais, e até sua avó. — ele riu me fazendo arregalar os olhos

— que traidores! Como não desconfiei? — comentei negando com a cabeça

— queríamos fazer surpresa, afinal, sua avó e sua mãe deu vários sinais. Até pensei que iria descobrir. — ele sorriu me puxando para continuamos andando, já estávamos perto.

— eu sou lerda! Henry. Lerda. — falei e ouvir sua risada e logo ele me puxou novamente passando seu braço por cima do meu ombro

— queríamos quarda segredo, não era pra você descobrir mesmo. — sorriu

[...]

Acho que a pior parte de voltar para casa, é porque todo o seu corpo parecia estar segurando uma barra de ferro enorme nas costas e que a sua rotina vai voltar tudo de novo. A parte boa era que, você tinha voltado para casa, seu lar. Seu cantinho.

O pessoal veio em carro separado obviamente, e falamos que iríamos se encontrar na escola amanhã. Hoje seria o dia inteiro para descansar e colocar as atividades em ordem. Já tínhamos chegado a algumas horas, Alícia estava no banho, vovó na cozinha como sempre, mamãe comigo na sala e papai estava no quarto.

— eu fico muito feliz por vocês. — comentou mamãe me abraçando de lado me fazendo sorri encarando a aliança no meu dedo, a aliança era simples, mas era muito bonita.

— obrigada. — sorri encarando a mesma — obrigada também pelo passeio.

— ah, não precisa me agradecer querida. O crédito é todo do seu pai. — a mesma riu bagunçando meu cabelo — porque não vai tentar dormir? A viagem foi longa. — sugeriu me fazendo concordar

Me levantei subindo para o meu quarto e no meio do corredor acabei esbarrando em Alícia que assim que me viu, abriu o maior sorriso dela. Me fazendo gargalhar negando com a cabeça. Desde que ela soube que eu aceitei o pedido de namoro não larga mais do meu pé.

— aaah! Quando eu vou encontrar meu cunhadinho? — perguntou sorrindo me fazendo revirar os olhos sorrindo — eu juro que eu não acredito que vocês estão juntos, para valer.

— nem eu. — falei abrindo a porta do meu quarto e logo ouvir sua risada — o que vai fazer agora? — perguntei

— tô indo para casa do Gus. — ela deu de ombro

— e depois fala de mim e Henry. —murmurei fazendo ela revirar os olhos

— "Gus"? — uma voz masculina soou atrás de mim fazendo Alicia engolir seco

Me virei vendo meu pai encarar Alicia, me fazendo sorri sínica para a mesma que quase me matou apenas pelo olhar. Sussurei um "pega leve com ela" no ouvido do meu pai, antes de entrar no meu quarto fechando a porta e fechando a cortina da janela. Eu sei que meu pai não vai fazer nada além de conversar com ambos.

O que eu mais gostava do meu pai, era que, ele não julgava ninguém sem antes saber da pessoa. Ele não iria nós proibir de falar com algum garoto e não iria ter aqueles tipos de ciúmes que todos os pais tem, bem pelo aocontrario. Meu pai iria apenas querer conversar e só pelo diálogo e observando como a pessoa nos trata, ele iria saber se é uma boa pessoa ou não. Julgar apenas pela primeira impressão não é o tipo do meu pai.

Eu nunca namorei, não em um relacionamento sério, no máximo que eu cheguei foi namorar um famoso sem ele saber, e um garoto do 7° ano fundamental que eu era apaixonada, até saber que ele era gay e se assumiu no 2° ano da faculdade. E também teve um garoto do prezinho que sempre andávamos de mão dada.

Sorri com meus pensamentos e me encolhi embaixo do edredom fechando meus olhos, rapidamente meu corpo relaxou e o sono veio. E logo eu apaguei.

~•~•~•~•~•~•~•~
Continua...

o garoto da bibliotecaOnde histórias criam vida. Descubra agora