Epílogo

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1 ano depois, Brasil

--- Porra, eu não aguento mais aquela garota chamando a Bea pela casa toda, meu Deus... --- Miguel coça as têmporas claramente cansado.

Eu rio arrumando os guardanapos.

Amanhã é o casamento da Bea e o Victor, ironicamente um ano depois no mesmo dia que ele pediu.

A garota ao qual meu irmão se refere é a organizadora, e o pior é que ela só fala inglês, minha mãe sempre fica boiando quando ela chega falando.

--- Ela tá fazendo o trabalho dela maninho, mais do que você está fazendo aqui.

--- Ei! Eu sou convidado, não tenho que fazer nada.

--- Ei senhor faz nada, pega aquela panela de macarrão e leva pra mesa, agora. --- Minha mãe manda.

Estamos todos em Angra dos Reis, na casa de praia dos Mirza, onde vai ocorrer o casamento amanhã, a mãe deles cedeu a casa já que Bea ama este lugar, é um local especial pra todos nós.

Como estamos no Brasil, Bea convidou meus pais para virem pra reunir todos, com o trabalho, é difícil eu e Kaio virmos visitar.

--- Por que a Lila não pôde vir mesmo? --- Bea pergunta fazendo beicinho, as duas se adoram.

--- Ela tinha que ficar pra estudar, ela ia entrar em semana de provas, o período letivo é diferente aqui no Brasil.

Saímos da casa para o deque externo onde uma enorme mesa está quase posta pro último jantar antes do grande dia.

Disponho os guardanapos e olho pra frente, descendo o deque tem a praia e a vista linda do mar, com a noite caindo, o reflexo do luar sobre a água está lindo.

Vejo a rodinha ao redor da fogueira no meio da areia e sorrio, ouço Kaio cantando em inglês daqui, os pais de Bea e Victor estavam o acompanhando junto com Erick e Júlia.

--- O que eles ainda fazem ali? Está na hora do jantar. --- Tia Elena reclama pondo as mãos no quadril.

As Elenas quando se conheceram se amaram de cara, mesmo o Helena de minha mãe sendo com "H".

--- Ei vocês! O jantar está na mesa! --- Ela grita alto o suficiente para eu fazer uma careta e os outros ouvirem bem.

Miguel, minha mãe e Bea saem da casa enquanto os outros sobem.

--- Huum, o cheiro tá uma delícia. --- A mãe de Victor diz em inglês.

Victor traduz o elogio para minha mãe e ela agradece.

Todos nos sentamos e sorrio quando Kaio senta ao meu lado, ela está tão despojado que eu quero passar mais tempo apreciando.

No quartel general da Holanda, o traje é sempre preto, branco, vermelho ou verde militar entre nós, sendo distribuídos em calças cargo, jaquetas de couro e camisas, além das botas e tênis.

--- 100 mil por seus pensamentos. --- Sussurra em meu ouvido fazendo seu hálito quente me arrepiar.

--- De onde vai arranjar 100 mil pra me dar?

Ele sorri de canto erguendo a sobrancelha.

A vantagem de ser general, o salário era muito bom.

Infiltrada - Em RevisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora