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M I A  W A L S H  B E R N A D I

Meu despertador toca.

— Desliga essa merda, 153! — A 157 grita.

Desliguei.

Levanto, boto uma calça preta, uma regata branca, e uma jaqueta de couro preta, meu tênis. Uniforme básico padrão de qualquer agente. Pego minha arma, boto no cós da calça atrás.

É meu turno de vigilância.

Saio do galpão 1- 200 dos dormitórios e vou para fora do pavilhão de área comum. Enquanto caminho em direção ao meu posto já começo a olhar ao redor. São 04:05 da manhã, estou acostumada a estar acordada a esse horário.

Antes de virar uma espiã e ter qualquer tipo de noção, tive um namoro de criança com um garoto e ficava a madrugada inteira conversando com ele no celular.

— Está bem, 153? — Dean me acorda do transe depois de alguns minutos já de pé em meu posto.

Olho de relance para o homem moreno que me fita atentamente.

— Sim, senhor.

— É bom mesmo. Precisa ficar alerta quando estiver de guarda. Mas agora não, vou chamar outra pessoa pra ficar em seu turno hoje.

— Por que? Algum problema? — Já entro em alerta e Dean sorri negando.

— Nenhum, mas tenho uma missão pra você. Venha, 153.

Não me surpreender que uma outra agente já estava pronta um pouco mais adiante para ficar no meu lugar. Então apenas acenamos com um cumprimento de cabeça enquanto caminho com o general das agentes 1-200 para o grande prédio administrativo principal no meio de nosso quartel general da agência RTFD.

Depois de subirmos para o segundo andar, entramos na sala de Dean.

— Sente-se, 153. — Sentei.

Meu general senta despojadamente em sua cadeira e eu me permito afundar na minha com mais liberdade de ser relaxada na frente de uma das pessoas que mais me conhecem em toda essa vida.

— A sua missão é fichinha, 153. Apenas uma brincadeira externa. É para agora de manhã, onde você tem que interceptar uma foragida que fugiu da prisão, e roubou um diamante raro em um leilão de mercado ilegal. Estamos seguindo seus rastros há alguns dias, e sua rota está atravessando o meio oeste dos Estados Unidos. A foragida vai passar pela fronteira de Las Vegas. Seu jato sairá pelo amanhecer.

— Okay. Nada demais. Preferência por morta ou viva, ou apenas o diamante?

— A foragida e o diamante. Vai conseguir isso fácil, sempre confio em você, 153. — Eu sorrio agradecendo a Dean.

Saio da sala do general e parto direto de volta ao pavilhão dos dormitórios.

Quase toda nossa ordem de agentes está dormindo à essa hora, então eu tento fazer menos barulho possível. Qualquer minuto de sono que pudermos ter é precioso para nós.

Tomo um banho, separo um traje padrão que não passa de uma calça preta, uma camiseta preta e um colete de couro preto. Calço o par de botas e abro uma outra mala onde está nosso arsenal de armas padrão das agentes.

Enfio uma faca no coldre da minha bota, uma pistola no cós da minha calça e outra no bolso estofado por segurança em baixo de meu braço pelo colete. Faço um rabo de cavalo bem preso, passo uma maquiagem básica, afinal além de sermos algumas das melhores agentes secretas do mundo, também somos conhecidas por termos algumas das melhores belezas entre as organizações particulares de segurança global. Não deixo de lado minha marca registrada, o batom vermelho.

Infiltrada - Em RevisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora